quarta-feira, dezembro 28, 2022
Notícias do turismo
Busha ou Pidjiguiti?
Lições da estatística
terça-feira, dezembro 27, 2022
Obviamente, demitiu-se!
Um Mega discurso
Cada país com um pavilhão na Expo 98 tinha direito ao seu “dia”. Em geral, enviava um governante para chefiar a sua delegação nacional. Havia lugar à cena do hasteamento de bandeira, passava-se ao interior do Pavilhão de Portugal, Simonetta da Luz Afonso introduzia o filme que revelava a exposição e, subindo ao andar superior, avançava-se para o almoço.
Vox populista
Onde a porca torce o rabo
CD quê?
Óbvio!
segunda-feira, dezembro 26, 2022
António Mega Ferreira
Há semanas, acabei de ler um largo calhamaço, escrito por alguém que, num “name dropping” obsessivo, parece ter o mundo cultural português como o seu alvo crítico de estimação. A principal “bête noire” do prolífico escriba é António Mega Ferreira. Dei comigo a pensar que só o facto de alguém conseguir convocar tanta acrimónia acaba por revelar a sua real relevância e a enorme dor-de-cotovelo que a sua figura suscita. Mega Ferreira morreu hoje.
O tio de churrasco
O conceito de “tio de churrasco” é brasileiro (lá diz-se mesmo “tiozão de churrasco”). Trata-se de qualificar aquele familiar, normalmente mais idoso, que um dia cai numa reunião de família e se sente à vontade para soltar opiniões inconvenientes, sob o alibi da “autoridade” da idade ou do seu estatuto, dizendo coisas que já nem pressente como desagradáveis, mas que deixam as pessoas presentes constrangidas, ideias que confrontam “l’air du temps” ou o mínimo de bom senso.
O risco de cada um de nós se tornar num “tio de churrasco” é elevadíssimo, pelo que me policio sempre a mim próprio, antes que me “interditem”, quanto mais não seja pela criação de um embaraçante e penoso silêncio à minha volta. Mas, um dia, arrisco-me a ter esse infortúnio.
Ontem, contudo, tive imensa sorte. Numa jovial reunião de família, alguém sugeriu que duas das pessoas mais velhas, uma das quais eu, entrassem num jogo de debates: eram-nos propostas teses radicais, absurdas pelo seu caráter imperativo, cabendo a cada um dos dois, respetivamente, defender essa tese e atacá-la. Depois, essas mesmas pessoas colocavam-se exatamente na posição contrária, arrasando aquilo que tinham acabado de defender, supostamente com argumentos diferentes dos que tinham sido usados pelo interlocutor.
O jogo foi divertido, a dialética soltou-se e cada um de nós dois teve a possibilidade de levar até ao absurdo algumas ideias que, num ambiente de conversa serena, nunca defenderíamos. A vintena de assistentes, entre as quais eu tinha uma dúzia de sobrinhos, “desculpou-nos” o extremismo das nossas doutrinas, tanto mais que, no minuto seguinte, nos ouviram dizer exatamente o contrário, com a mesma enfática “lata”.
Mas por que é que lhes estou a dizer isto, com evidente prazer? Porque, lá no fundo, de algumas das barbaridades que ontem por ali deixei ditas, transpareceu-me intimamente, sem que os auditores pudessem suspeitar, o “tio de churrasco” que já habita escondido em mim…
Conselho
domingo, dezembro 25, 2022
Tanto fazia
Café duplo
A cena seria banal, não fosse o conteúdo das chávenas não coincidir. Uma delas era café. O líquido que vinha na outra era um tanto transparente. A minha mulher não tinha notado que o senhor João tinha discretamente colocado nessa segunda chávena uma dose de Bushmills. Vende-se por aí tanto café e poucos se dão conta de que um dos melhores do mercado acaba por vir da Irlanda.
sábado, dezembro 24, 2022
Almanaque
sexta-feira, dezembro 23, 2022
Evaristo Cardoso
À frente do Solar dos Presuntos esteve, por muito tempo, o seu fundador, Evaristo Cardoso, um minhoto de Monção, que agora nos deixou.
Fica aqui a minha sincera homenagem a alguém que recordo que sempre me recebia com o seu proverbial e amável sorriso.
quinta-feira, dezembro 22, 2022
“A Arte da Guerra”
quarta-feira, dezembro 21, 2022
terça-feira, dezembro 20, 2022
Também
Portar
Libé
“She”
segunda-feira, dezembro 19, 2022
Vistoria
ps - o príncipe (por definição encantado) de penugem na cabeça que percorre o parapeito do castelo (na imagem), à porta de uma loja comercial da Rua Direita, há muito que perdeu o braço. A idade dos vila-realenses tem, aliás, um belo critério de medida: os que ainda se lembram do braço do príncipe e os que nunca viram tal coisa. A questão agora é outra: será que o príncipe, mesmo amputado, vai sobreviver às obras que por ali detetei, na minha “vistoria” de domingo?
domingo, dezembro 18, 2022
É isto, desculpem lá!
Pensando bem…
sábado, dezembro 17, 2022
Casa do Baixinho
Não nos queixemos!
Itamaraty
Esplendor no verde
Se os proprietários deste café do Porto tivessem visto as tacadas de um bilharista que eu cá sei, na segunda metade dos anos 60, nas mesas do primeiro andar, não teriam fechado a casa. Ou talvez o fizessem, porque o bilharista, a bem d’zer, nunca foi grande coisa… A sério: não tenho saudades, só tenho pena.
sexta-feira, dezembro 16, 2022
País da aletria
Contradição
Nomes…
quinta-feira, dezembro 15, 2022
Santos
Lá vai Fernando Santos à vida! Nada que surpreenda, depois da eliminação do Mundial. É dos livros que nada fica igual após um desaire, neste caso contra muitas expetativas otimistas. Há muita gente que acha que, com o “material” que tinha à sua disposição, ele deveria ter feito muito melhor. Não sei de futebol o suficiente para me pronunciar. Apenas direi que me pareceu ser um treinador para quem a cautela estava sempre à frente da ousadia. Agora, só peço que não ponham lá o Jorge Jesus!
"A Arte da Guerra"
A corrupção no Parlamento Europeu, a estranha tentativa de golpe na Alemanha e a crise política no Perú foram os temas abordados na conversa com o jornalista António Freitas de Sousa, no podcast do Jornal Económico, “A Arte da Guerra”. Ver aqui
quarta-feira, dezembro 14, 2022
Quando a Guerra Fria parecia ter acabado
A Guerra Fria, que durante décadas opôs os ocidentais, sob a liderança dos Estados Unidos, à União Soviética, atravessou, a certo passo, um período de alguma distensão, conduzindo à laboriosa negociação de um “modus vivendi” que tentou reduzir os riscos existenciais e estabelecer alguns canais de regular comunicação.
Caídos na rede
Português de lá
Na cidade de Niemeyer
… e, depois, há Messi!
terça-feira, dezembro 13, 2022
Agenda muito doméstica
segunda-feira, dezembro 12, 2022
12.12.12
Apreciei muito os convites, o terem-se lembrado de mim. E aceitei-os. Sentia-me particularmente à vontade para o fazer, porquanto essas entidades estavam a convidar alguém que, no plano político, era público e notório nada ter a ver, em termos de proximidade, com o governo que, no nosso país, chegara ao poder, pouco mais de um ano antes. Aliás, muito pouco, no trabalho que eu iria fazer, tinha a ver com as atividades dessas mesmas entidades em Portugal.
Tinha conhecido muitos colegas diplomatas - noruegueses, britânicos, espanhóis, franceses, brasileiros, etc. - que, após se terem terminado o seu serviço público, tinham ingressado, com naturalidade, no setor privado, para iniciarem uma nova carreira, que pudesse aproveitar a sua experiência de décadas. Em Portugal, contudo, salvo uma meia dúzia (se tanto!) de casos, de que tenho o privilégio de fazer parte, não havia nem há essa prática de reaproveitamento profissional dos diplomatas. É pena. Acho que o setor empresarial português perde bastante com isso, embora eu seja suspeito ao dizê-lo. Por essa ausência de oportunidades, brilhantes colegas meus, acabados de sair de postos e de experiências valiosíssimas, passaram, de um dia para o outro, de uma atividade intensa para o passeio quotidiano do seu cão. No meu caso, eu nem sequer tinha cão.
Nos dias de hoje, continuo ligado, em pleno, a duas das entidades que me contactaram, faz hoje uma década. Com a terceira, concluí, há meses, nove anos consecutivos de agradável colaboração. Quem me está a ler compreenderá agora melhor a razão pela qual a data de 12.12.12 me diz bastante.
E o resto?
Dia 25 deste mês
Helena Pereira, no editorial do "Público" de hoje, a dizer o que precisa de ser dito sem meias palavras. Já agora: à atenção do P...