Com exceção do MRPP, toda - repito, toda - a restante constelação de grupos marxistas-leninistas que viria a surgir em Portugal “descendeu”, por via direta ou enviezada, de um primeiro núcleo de dissidência “de esquerda” do PCP que foi o CMLP - Comité Marxista-Leninista Português.
Um dos companheiros de Álvaro Cunhal na fuga de Peniche, Francisco Martins Rodrigues, protagonizou essa histórica dissidência que, em Portugal, tal como aconteceu em outros países, refletiu a conflitualidade sino-soviética, que se estabeleceu após o XX Congresso do PCUS, que consagrou a desestalinização.
O organograma dos MLs, como então chamávamos a um conjunto infinito de organizações que por aí andava, era de uma imensa complexidade. Se isso já confundia, e muito, os cudadãos portugueses no pós-25 de abril, a quem era muito difícil perceber a diferença entre o PCP-ML “fação Mendes” e o PCP-ML “fação Vilar”, bem mais confusos estavam, nos tempos da Revolução de 1974, os estrangeiros que nos procuravam, fosse por mero “turismo” político, fosse para reportar profissionalmente a “Revolução dos Cravos”.
O José Rebelo, à época correspondente do “Le Monde”, em Portugal, recordar-se-á de uma longa e “pedagógica” conversa a que me chamou, num quarto do Hotel Mundial, com esse “monstro” do jornalismo político francês que era Marcel Niedergang, a quem eu procurei detalhar as diferenças e importância real de todas aquelas siglas. À época, eu era um “expert” autodidata nessa área.
E recordo-me bem da surpresa do celebrado autor dos “Les Vingt Amériques Latines” quando lhe expliquei que o grupo ML mais “na moda”, que era o MRPP, que enchia as paredes de Lisboa com vistosos murais, pouco ou nada tinha a ver com a origem dos restantes grupos, em especial que não recebia qualquer apoio chinês (nem da Albânia), nem político nem em espécie.
O MRPP (Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado) surgira por uma via diferente. Lembro-me bem de ter detetado, no auge das polémicas emergentes nas reuniões oposicionistas no Palácio Fronteira, no caminho para as “eleições” do “marcelismo” que tiveram lugar em outubro de 1969, uma linha política “de novo tipo” (para usar um termo leninista), cujo discurso já então me soava a diferente do dos MLs tradicionais.
Daí viria a surgir, como mais tarde se apurou, muito assente na Faculdade de Direito de Lisboa, aquilo que seria designada por EDE (Esquerda Democrática Estudantil), uma organizaçao que, durante muitos anos, o MRPP considerava insultuoso que pudesse ser identificado como sendo a sua origem. Mas foi.
Era gente que já tinha andado pelo PCP, com atividade nas lutas universitárias e anti-coloniais, na esmagadora maioria dos casos estudantes e alguns escassos operários, numa época em que ter estes últimos nas hostes de qualquer grupo dava imenso “cachet” revolucionário. O MR, como simplificadamente nos referíamos então ao grupo, lá acabaria por ter os seus operários, e até alguma residual presença sindical.
O PCP viria a ser o principal ódio de estimação do MRPP. Nisso não se diferenciava muito dos restantes ML, que igualmente contestavam que o partido de Cunhal pudesse reivindicar o estatuto de ser o “partido comunista”. Mas enquanto alguns MLs já se consideravam a si próprios essa mesma “vanguarda da classe operária”, o MRPP afirmava que ainda não estavam criadas as condições, “objetivas e subjetivas”, para dar o passo para a criação do “verdadeiro partido da classe operária”.
Após ter sido criado em 1970, o MRPP foi progressivamente ganhando força junto de jovens setores intelectuais, bem como de uma juventude universitária, e mesmo liceal, que, “à esquerda” do PCP, se opunha à guerra colonial. O movimento não apenas se tornou na “bête noire” dos comunistas de Álvaro Cunhal como entraria em rápido confronto com os restantes ML, um conflito que chegou a assumir aspetos fisicamente violentos, anos mais tarde. Tinha então o seu famoso jornal “Luta Popular” e, como órgão teórico, o “Bandeira Vermelha” (sou proprietário de um exemplar do seu nº 1). Além disso, as suas múltiplas declinações sectoriais mantinham outros órgãos clandestinos de propaganda.
Por alturas do 25 de abril, o MRPP estava no auge das suas ações de rua. Manteve-se na clandestinidade, como algumas outras organizações congéneres, e confontrou-se com a ala do MFA que mais próximo estava do PCP. Fez então uma aliança tática com setores menos radicais das Forças Armadas e, sempre na sua lógica anti-PCP, assumiu uma prática política que o levou a muito polémicas ligações com setores conservadores (aliás, nada que o PCP-ML “fação Vilar” não tivesse também praticado). No período mais tenso do PREC de 1975, o MRPP esteve do lado do PS e do então PPD, “to say the least”.
Depois, ao ter sido impedido, por decisão política, de concorrer à Assembleia Constituinte, o MRPP iniciou o que viria a ser um percurso de crescente declínio. Daria ainda, no entanto, o passo político de se transformar formalmente em partido - o chamado PCTP-MRPP.
Desde 1970, o líder incontestado do MRPP, e do partido em que este se transformaria, havia sido sempre Arnaldo Matos, um madeirense, licenciado em Direito, que advogou em Lisboa. Chegou a estar afastado alguns anos do partido, mas acabaria por regressar à respetiva liderança. Até à sua recente morte, manteve um registo de expressão discursiva que se colou à caricatura que a história política portuguesa dele guarda.
Os antigos militantes do MRPP tiveram destinos muito diversos. Como regra que pode ter a suas exceções, mas que a meu ver resiste bem ao teste, pode dizer-se que quem entrou para o MRPP antes do 25 de abril, quando a prioridade da sua luta era a ditadura e a recusa da guerra colonial, está hoje politicamente à esquerda, como é, por exemplo, o caso de Fernando Rosas. Quem se ligou ao movimento após o 25 de abril, e nele foi aculturado na luta contra o PCP, acabou, em geral, à direita. O exemplo mais flagrante deste último grupo de pessoas será Durão Barroso.
Uma coisa é certa: dos partidos que por aí andam, ainda que alguns num registo quase apenas formal, só emergindo nos períodos eleitorais, aparentemente para poderem manter a subvenção financeira estatal anual, o PCTP-MRPP é hoje o segundo mais antigo, depois do PCP. O PS só viria a surgir em 1973.
18 comentários:
espero que alguém faça um livro, ou que guarde em museu,
essas fotos, essas siglas, dos murais, dos partidos,
que nasceram da liberdade do 25 de abril
de uma época em Portugal, repleta de sonhos e de euforia,
e que afinal muitos significados abrigavam ideias de juventude
que acreditava num mundo melhor
O Soba da Marmeleira tem esse arquivo .....
Muito interessante. Seguir especificamente o trajectória política individual de todos esses personagens ou criando, ou passeando-se e/ou abandonando o acolhimento que essas siglas lhes proporcionaram.
Não menos importante será a comparação entre condutas política dos partidos "fação determinado lider", nomeadamente dos que exerceram poder Executivo.
Mesmo tendo em conta as diferentes circunstâncias, ninguém duvída que o PSD "fação Sá Carneiro" é bem diferente do que o PSD "fação P. Coelho" ou "fação Rui Rio". Ou comparar polticicamente as práticas do PS "fação M. Soares" com as do PS "fação Sócrates ou A. Costa".
No PCP será difícil destinguir PCP "fações", a partitura é religiosamente seguida à letra.
No CDS, com ou sem "popularidade" o número de "fações" deve ser recordista. Porquê?. Medo de assumir e defender a sua pressuposta direita?. Indefinição programática transfomada em vacuidade?.
O #1 de uma agremiaçãp hierarquizada imprime sempre o seu tom. Veja-se a secular igreja católica fação "Francisco".
Não é a mesma coisa, Anónimo das 12:05. As “fações” desse tempo publicavam dois jornais com o mesmo nome, o “Unidade Popular”. Nós chamávamos-lhe “fações” mas, na realidade eram grupos muito distintos, apenas com o mesmo nome.
O partido mais chique era o PCdeP. Chique a valer, diria nosso Damaso
Fernando Neves
Grandes tempos em que "a dentadura do proletariado tinha mau hálito".50 anos passados , 46 anos de democracia e ainda não foi eliminado o dito cujo mau hálito, a despeito do SNS "universal e tendencialmente gratuito" Para quando?
«O PCP viria a ser o principal ódio de estimação do MRPP.»
E o contrário também é verdade. Na madrugada que os Comando da Amadora invadiram a Sede do MRPP na Av. Alvares Cabral e prenderam dezenas de rapazes e raparigas (Morgado & Cª.)estava numa reunião de Comissão de Trabalhadores, mistela de PCs, MRPPs, PCP(m-l)Vilar, UDPs e PSs, duma grande empresa nas proximidades do Rato quando alguém MRPP chega a gritar que os Comandos tinham invadido a Sede, prendido todos os ocupantes e andavam à caça dos que tinham fugido.
Arrancámos todos para a Sede do MRPP e por toda a Av. Álvares Cabral era uma confusão de chaimites e militares à procura de MRs. E coisa de arrepiar que nunca mais esquei;andavam nossos colegas de trabalho PCs juntamente com outros seus camaradas junto dos militares das Chaimites a indicar onde estavam escondidos os MRs e gritavam "prendam-nos todos", "prendam-nos todos" e outros mais raivosos gritavam "matem-nos todos".
Todos, não PC, gritavam o contrário e informavam erradamente os militares para os despistar e dar tempo para os MRs fugirem. Foi uma noite inesquecível e sua observação ao vivo e sinal sinistro do futuro que seria uma governação de Partido Único(m-l)foi uma vacina irreversível e vitalícia.
Até então, lia entusiasmado, Marx, Engels, Lenine, Mao, Althusser e outros filósofos da área marxista e, após tão funesta visão de tão repugnante facto anti-democrático, aquela certeza que adquirimos ao ler sempre o mesmo em diferentes versões ficou inteiramente abalada e comecei a ler os críticos do marxismo e desde logo Reymond Aron e, agora, via a outra face, aquela que me fora dada assistir naquela noite triste.
jose neves
José Neves. Conheço muito bem o processo de decisão que determinou a operação de 28 de msio de 1975, que pretendia desmantelar o MRPP. Acredite ou não, todo o “grupo dos nove” apoiou a execução da operação, e não apenas os militares próximos do PCP.
Caro Snr. Embaixador,
É uma informação nova que me dá pois desconhecia que os "nove" e, consequentemente, Melo Antunes, Vasco Lourenço e democratas próximos do PS alinhassem no "desmantelamento" do MRPP. Aconteceu, certamente, por pressão, exigências ou jogos de compensações com os PCs, pois, de facto o MRPP era mais folclórico e inofensivo e mais escola de educação política.
E, já agora, aproveito para completar a história dessa noite. Eu, nesse tempo, morava em Queluz e cerca das 6 horas(seis) da madrugada quando regressava a casa passei pela coluna dos Comandos e os MRs apanhados presos de pé sobre as viaturas.
Também aquando dos Comandos, igualmente ao serviço dos "nove", saíram para submeteram os Páras de Monsanto e os Polícias Militares de Lanceiros 2 (Mário Tomé), cerca das 3 (três) horas da manhã me cruzei com eles logo após a saída do quartel, indo para casa igualmente de uma reunião da dita Comissão de Trabalhadores.
Tempos de falta de trabalho, muita política e pouco dormir.
jose neves
Sr. embaixador Francisco Seixas da Costa: se conhece «muito bem o processo de decisão que determinou a operação de 28 de Maio de 1975, que pretendia desmantelar o MRPP», será que não quer refrasear a sua afirmação de que «todo o “grupo dos nove” apoiou a execução da operação»?
- Em primeiro lugar porque, em Maio de 1975, não faz qualquer sentido referir-se ao “grupo dos nove”, já que ele só se virá a constituir dali por três meses.
- Em segundo lugar, porque nem «todo» o hipotético “grupo dos nove”, ou melhor, os nove membros que o vieram a constituir, estiveram presentes na reunião do conselho da revolução onde se decidiu «a operação (...) que pretendia desmantelar o MRPP». Faltaram quatro dos nove : Melo Antunes, Canto e Castro, Vítor Alves e Vítor Crespo.
- E em terceiro lugar, e consultando a acta da mencionada reunião do conselho da revolução, a 21 de Maio de 1975, pode ler-se no seu ponto 11:
«Em seguida, o Maj. Arruda, do SCDI fez um briefing ao conselho da revolução sobre os acontecimentos do último fim de semana.
A este respeito, e por proposta do brig. Otelo, reformulada pelo capitão Castro, foi resolvido levar a efeito uma operação de desmantelamento e consequente ilegalização do MRPP, a efectivar antes do dia 28 de Maio. Esta operação deverá conter em si um programa de informação da opinião pública, a desencadear imediatamente após o desmantelamento.
O conselho da revolução nomeou os conselheiros brig. Otelo e 1º ten. Ramiro Correia para dirigirem o planeamento e execução da operação.»
http://casacomum.org/cc/visualizador?pasta=02975.012#!3
- Donde se pode concluir que a resolução foi aprovada sem ser submetida a votação, e que nada se pode assim extrair das opiniões dos cinco membros do futuro “grupo dos nove” então presentes, à excepção do capitão Sousa e Castro, que «reformulou» a proposta de Otelo Saraiva de Carvalho. Eloquente é o facto de ser este e também Ramiro Correia, os nomeados «para dirigirem o planeamento e execução da operação», não concordará?
Por tudo isto, não quererá o embaixador refrasear aquela sua passagem em que envolve “todo” o “grupo dos nove” no apoio à operação de desmantelamento do MRPP? Para contentamento das «partes», como costumava fazer nos seus tempos de embaixador, mas também em prol da Verdade?
A. Teixeira tem razão formal quanto ao facto do “grupo dos nove” não existir ainda. Eu quis referir-me aos membros do CR presentes que, meses depois, acabariam por vir a integrar essa tendência. Nenhum deles se opôs e mais do que um, ao contrário da transcrição, deu o seu apoio expresso à realização da operacão, com cuja oportunidade concordou. Curiosamente, contrariamente à representação do SDCI, que deixou notas de perplexidade sobre a eficácia da mesma, não obstante, como lhe fora solicitado dias antes, a ter “desenhado”. O facto do brigadeiro Otelo Saraiva de Carvalho ficar co-responsável pelo planeamento e execução da operação parece-me natural, chefiando ele o COPCON, sendo que a parte operacional essencial ficou a cargo do Regimento de Comandos, chefiado pelo coronel Jaime Neves. Não recordava, francamente, o papel então atribuído ao comandante Ramiro Correia. Interessante...
Ora pois, caro Embaixador, o processo de planeamento e execuçao da operação "cairam" nas mãos de Ramiro Correia.
"Iteressnte" não é? Como aquilo que oficialmente foi "atribuído" aos homens que formariam o "Grupo dos Nove" afinal foi consumado a dois; Otelo e R.Correia e como Otelo estava ocupado no COPCON o Ten. Ramiro,e só ele, na prática foi o verdadeiro autor da operação "Desmantelar o MRPP"
Aliás nessa tal noite passada na Av. Álvares Cabral houve esse pressentimento, e alguém o referiu, de que os PCs teriam tido antecipadamente conhecimento da dita operação pois eram aos "grupos" e pareciam organizados na sua actuação.
Na política a matemática não é um ciência exacta. Como vê, neste caso, "Nove's fora um" e não zero.
josé neves
"PARA ANGOLA (…) RAPIDAMENTE E EM FORÇA"" Salazar 1963. Seguiu-se o "recrutamento" compulsivo de médicos, estudantes universitários e jóvens, "operários" ou não.
Depois começaram a chegar às Universidades, em surdina, notícias de mortes, em combate, de ex-colegas ...
O ambiente que se vivia nas Universidades era o "como evitar o potencial recrutamenteo". A Suécia tinha uma certa preferência. Os mais politizados preferiam, para fugir a semelhante destino, paragens mais para leste. Não estavam preocupados, nada tinha a ver com uma mítica caricata "educação da classe operária" de tom polítiquês.
Os diferentes PCs e MLs conquistavam adeptos entre os que iam ficando e se agarravam a quem -com essa semi-sofisticada e obscurante escusa, tal como náufrago a madeiro- lhes prometia um meio de não irem para África, quiçá acabar oum curso.
Esse meio, salfífico, era derrubar o salazarismo. Quais operários qual carapuça?. Depois apareceram os bons lugares na política dita socialista, mas isso é outra história.
Ps. Sabemos claramente que os Capitães sofriam de um mal semelhante. Ia-se para a Acadenia Mlitar com forma de vida, não à procura da morte.
Salazar caiu da cadeira em 1968, mas o regime assinou o seu próprio fim com uma singela, completamente deslocada sobre vários angulos, bravata em 1963.
Exemplo do erros em que caiem sistematicamente regimes em que já vigora um poder político absoluto, sem qualquer possibilidade de moderação ou contraditório.
Ao Anónimo das 00:32. 1961, não 1963
José Neves. Esqueceu-se de Jaime (também) Neves, pelas suas contas um “factotum” de Ramiro Correia. Que o PCP sabia, antecipadamente, da operação, disso não tenho a menor dúvida. O SDCI tresandava a PCP e assim continuou, cada vez mais, até ao 25 de novembro. Por isso é que o major Arruda se afastou, com algum estrondo, daquele serviço. E mais gente saiu com ele.
«Esqueceu-se de Jaime (também) Neves, pelas suas contas um “factotum” de Ramiro Correia»
Realmente "esqueci-me" com a naturalidade que se esquece de quem não consta na lista nem consta da decisão e apenas se limita a cumprir as ordens superiores concebidas e decididas por ourem; nesse aspecto Jaime Neves foi sempre um autentico "factotum" como o designou.
E Jaime Neves foi sempre um militar guerreiro leal ás ordens do superior hierárquico como este caso do MRPP o atesta; cumpria toda a missão que lhe atribuíssem fosse qual fosse o risco, fosse qual fosse o sentido político da missão.
Era da mesma fibra militar do Cap. Rui Abrantes que comandou o Esq. Cav. 149 a caminho de Nambuangongo que respondeu ao reporter da RTP em Zala(respondendo aos superiores) que ia integrado na coluna connosco que atingiria Nambuangongo nem que fosse a pé e lá colocaria a bandeira portuguesa.
Claro, o Cap. Abrantes, além de militar "à Jaime Neves" fora profeesor de táctica militar na Academia, portando, de formação teórica e um estudioso. Este foi expulso do Exército por desobedecer cumprir uma ordem de âmbito civil dada pelo Governador de Macau (em pleno apogeu da Revolução Cultural maoista) ao qual respondeu que, como militar, só podia ir à China resgatar os seu soldados apreendidos e jamais 'parlamentar' com os chineses, que, para parlamentar enviasse um homem civil e não um militar.
Jaime Neves era também desta têmpera militar e, provavelmente, se quisesse ser interventivo nas decisões, também acabaria expulso do Exército como o meu Comandante do Esq.Cav. 149.
jose neves
Anotei o elogio a Jaime Neves. Sobre o seu “cumpria toda a missão que lhe atribuíssem”, relativamente àquilo de que foi incumbido no 25 de abril, haveria que conversar.
Anote, Senhor Embaixador, o elogio militar e apenas desde que ouvi falar nele como Comandante dos Comandos da Amadora.
Do antes não sei nada acerca do homem nem qual o seu papel no 25A.
jose neves
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