sexta-feira, setembro 11, 2020

A desordem dos trabalhos

Faço parte de uma tertúlia que não existe. Eu explico. Há um grupo de pessoas que, desde há meses (com a pandemia pelo meio), se reunem com o propósito de pôr de pé um determinado projeto. Encontramo-nos num escritório ou almoçamos num restaurante. Como é da lógica destas coisas, a conversa começa por generalidades, com historietas e comentários divertidos pelo meio. Só que a “desordem de trabalhos” é, por ali, a regra do jogo. Isto é: 90% do tempo conversamos, rimo-nos, divertimo-nos e, nos 10% de tempo que, a muito custo, nos resta, vamos levando alguma água ao moinho comum que inicialmente nos juntou. Aquilo é uma tertúlia? Pelo tom dos encontros, é mesmo uma bela tertúlia. Mas, com os diabos!, não devia ser só isso. Que fazer? - como dizia o velho Ulianov, a fingir-se de modesto. Não sei, mas nós lá vamos andando.

1 comentário:

Anónimo disse...

A propósito, estou com cada vez mais medo de ir a restaurantes. É certo que há restaurantes e restaurantes. Receio, sobretudo, aqueles que deixam pouca distância entre as mesas, nem se certificam se o cliente tem febre ou não. Um dia há um azar e "comem" todos pela mesma tabela. Então tertúlias agora com vários " parceiros" parece-me muito arriscado. Faz-me impressão nestes tempos de pandemia.

Poder é isto...

Na 4ª feira, em "A Arte da Guerra", o podcast semanal que desde há quatro anos faço no Jornal Económico com o jornalista António F...