sexta-feira, setembro 04, 2020

Saudades da Gôndola


Hoje surgiu-me na net esta interessante imagem da frontaria do restaurante “La Gondola”. Naquele espaço, quase em frente à Gulbenkian, vão agora surgir escritórios. 

A Gôndola nunca foi um marco gastronómico, longe disso, mas tinha uma indiscutível graça. Lembro-me de que, por ali, operavam umas empregadas de bata preta e avental branco, atavio de que, em Lisboa, só recordo usado em “A Quinta”, uma também “falecida” casa, situada no fim da ligação do alto do passadiço do elevador de Santa Justa para o Carmo.

Num belo dia como o de hoje, almoçar em boa companhia no jardim da Gôndola (lá dentro, o espaço era desinteressante, salvo o esconso bar à entrada) seria bem simpático. Mas nada de nostalgias: há hoje, por essa Lisboa, um mundo de sítios bem agradáveis para se almoçar ao ar livre.

8 comentários:

Anónimo disse...

Nostalgias...
Lembro-me muito bem do la Gondola, com uma bonita esplanada de glicíneas à entrada!...
Lembro-me de ter sido aí, nos idos dos anos 70 do Século passado, a primeira vez que degustei espargos, por sugestão do meu anfitrião, um gestor alemão, na sequência de uma entrevista para emprego! E parece-me que nessa altura não os apreciei.

Também tenho muito boas recordações de "A Quinta" onde levava algumas vezes a minha namorada e futura mulher, para "impressionar"...

O Senhor tem um registo de fazer inveja! Bem haja e continue a brindar-nos com as suas pérolas.
Tomé Namora

Anónimo disse...

Nostalgias...
Lembro-me muito bem do la Gondola, com uma bonita esplanada de glicíneas à entrada!...
Lembro-me de ter sido aí, nos idos dos anos 70 do Século passado, a primeira vez que degustei espargos, por sugestão do meu anfitrião, um gestor alemão, na sequência de uma entrevista para emprego! E parece-me que nessa altura não os apreciei.

Também tenho muito boas recordações de "A Quinta" onde levava algumas vezes a minha namorada e futura mulher, para "impressionar"...

O Senhor tem um registo de fazer inveja! Bem haja e continue a brindar-nos com as suas pérolas.
Tomé Namora

AV disse...

É diplomático quando diz que nunca foi um marco gastronómico. Na verdade, comi bem melhor nalguns pequenos restaurantes ali ao pé, mas a Gôndola tinha um charme de outra era e, ao contrário de si, tenho algumas nostalgias em relação a algumas casa desaparecidas.

Anónimo disse...

Caro Francisco,

Fui pela primeira vez à Gôndola no dia 25 de Abril de 1974, com os meus pais e um casal amigo, e pela última consigo. Entre as duas, fui sempre bem tratado por esse notável conjunto de empregadas - a Gracinda foi a última a sair. Quanto à comida, era de facto variável mas havia sempre, quando se estava com pressa, uns ovos mexidos com tomate, herdados da anterior proprietária, e ainda umas gambas grelhadas muito bem feitas, tal como o era o bife do lombo. As azeitonas eram inesquecíveis. A Júlia, última proprietária, nunca conseguiu arranjar funcionários à altura da tradição da casa, nem na sala nem na cozinha. Foi uma pena ter fechado e não se ter “tombado” o prédio, com os belos azulejos de Maria de Portugal, anterior inquilina do andar onde ainda vive minha mãe, a duzentos metros de distância. Relembro com saudade as minhas centenas de refeições na Gôndola.

Um abraço

JPGarcia

Francisco Seixas da Costa disse...

Almoçámos os dois na Gôngola, a seu convite. Lembra-se?
Um abraço. Francisco

Anónimo disse...

Sim, caro Francisco, e escrevi-o na primeira linha do meu comentário anterior. Foi meu o convite mas sua a sugestão. Não correu bem e nunca mais lá voltei. Mais um abraço. JPGarcia

Francisco Seixas da Costa disse...

Tinha lido mal, João Pedro

Anónimo disse...

Chamava-se "A Gôndola" quando servia comida italiana e "La Gondola" quando passou a servir comida portuguesa, se bem me lembro.

Fui lá uma vez. Lembro-me de que a mesa era um "tesouro" de louça, com vários pratos, copos e talheres - coisa a que não estava habituado.

O espaço era bem agradável.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...