sábado, setembro 05, 2020

América

 

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15 comentários:

Anónimo disse...

Concordo, nenhum dos (actuais) dois candidatos a PR dos EUA tem a vitória garantida.
A importante questão ainda é: qual de estes dois candidatos -entre as vantagens e as desvantagens que ambos sugerem- será o melhor PR para os EUA e para o resto do mundo?.
Dentro EUA, e fora, há quem tenha certezas. Bem fundamentadas?.

Anónimo disse...

Se Trump for eleito, ficarei muito decepcionado com o povo americano. Como é possível um tipo boçal e inculto, mentiroso declarado, manipulador, gestor desastrado da pandemia e dos fenómenos da violência policial, "diplomata" incendiário, ser Presidente dos EUA?! Eu sei que ainda não houve uma guerra mas as sementes de uma não estarão aí, lançadas por ele?

Joaquim de Freitas disse...

Senhor Embaixador : Sim, é cedo demais para prever a derrota de Trump em Novembro, uma vez que, como muito bem escreve, pode decidir o trunfo a jogar no momento oportuno.

Num país onde os eleitores, uma grande maioria, tem pouca capacidade de análise em politica, um país posto de pernas para o ar por um Trump e o seu ajudante Covid 19, ninguém se quer dar ao trabalho de ver que é uma certa América que explodiu. Graças a Trump…
Trump demonstrou o machismo profundo e o racismo do sistema americano, acordando estrodosamente em Minneapolis, Chicago, Nova Iorque e outras cidades do sul, a sociedade civil.
Demonstrou que nem sempre é possível financiar não importa qual politica: ex, o muro mexicano decidido há mais de trinta anos.
Demonstrou a influência mortal de Israel: embaixada em Jerusalém, indo ao encontro da regra internacional.
Demonstrou que não se pode ter confiança nos Tratados Internacionais assinados pelos EUA, que renegou um após outro, mesmo e sobretudo tudo o que diz respeito ao planeta e ao nuclear.
Demonstrou quanto os EUA dependem da China, da Arábia Saudita, da Europa, do Japão.
Coronavirus, por outro lado, dá o último golpe fatal ao sistema social e de saúde miseràvel da "potência líder mundial".
A grande questão é de saber se o namoro com Kim, da Coreia do Norte e com Putin , ele fez tudo isto por estupidez, inconsciência ou génio... ou mesmo que fosse apenas a boneca de um grande grupo de marionetistas., as oligarquias militaro financeiras que sempre governaram os EUA.
Mas tem razão, o Sr.Embaixador: “Les jeux ne sont pas faits!”
Permita que lhe diga que na minha opinião nada mudará, porque a "democracia" americana não é surpreendente: dois mandatos democratas, dois mandatos republicanos, dois mandatos democratas, dois mandatos republicanos... É nesta base, que questiona no plano democrático, que o sistema satisfez os americanos durante duzentos anos, convencendo-os a manterem-se calmos porque a sua vez de representação nunca é superior a oito anos.

Joaquim de Freitas disse...

Caro anónimo de 5 de Setembro de 2020 às 19:08: A sua questão é imensa:” quem será o melhor PR para os EUA e para o resto do mundo?”
É preciso dissociar os EUA e o resto mundo, porque para os americanos é “América First”. Sempre.
Em seguida há uma questão histórica: Um "detalhe revelador" de duas culturas diferentes. A palavra "Liberdade" aparece no frontão de todos os edifícios públicos franceses e, até à introdução do euro, de um lado de todas as moedas.
Enquanto Georges WASHINGTON deu o seu nome à capital dos Estados Unidos, um dos seus Estados, muitos sítios e monumentos e a sua foto, nas notas de 1 dólar. A revolução francesa foi iniciada pela burguesia e pelo povo para o povo, enquanto a dos Estados Unidos da América foi iniciada pelos e para os comerciantes. Estas são as consequências de duas visões de mundo que imperam na política americana.

Corsil Mayombe disse...

Como é seu apanágio,em matéria de USA, não podia faltar o "relatório" do Sargento Freitas.

Falcāo disse...

A opiniāo de Joaquim Freitas é uma réalidade,e nâo só !
C.Falcao

Anónimo disse...



Como é seu apanágio, em matéria de USA, Corsil Mayombe ganharia mais em ficar calado!

João Pedro

Anónimo disse...

Senhor Freitas

A sua sobranceria em relação aos cidadãos americanos é espantosa.
Como se nós europeus fôssemos automaticamente superiores aos americanos...

Quanto à sua afirmação sobre dois mandatos democratas e dois mandatos republicanos aprenda melhor a história. Carter (democrata) apenas teve um mandato, depois foram três mandatos republicanos (um deles o Reagan que derrotou o comunismo soviético).
Se o candidato democrata a estas eleições não fosse tão fraco seria provável que os republicanos fizessem apenas um mandato.

O Povo americano sabe o que é melhor para os EUA e muitas vezes também para o mundo.

Corsil Mayombe disse...


João Pedro mandatário de Joaquim Freitas?
Grato pela informação!

Joaquim de Freitas disse...

Anónimo de 6 de setembro de 2020 às 13:26 que escreve:
“O Povo americano sabe o que é melhor para os EUA e muitas vezes também para o mundo.”


Nesta frase o anónimo diz tudo:- subserviência ou submissão a outro povo. Submissão. A adequação. Farão de si o que não queria ser: uma criatura cúmplice. Mais um peão entre um povo de peões.

Qualquer poder, mesmo quando é imposto pela força das armas, como é o caso com os americanos, por toda a parte onde passam, não pode dominar e explorar uma sociedade de forma duradoura sem a colaboração activa ou resignada de uma parte significativa dos seus membros. Dos peões…

Eu recuso que um outro povo, qualquer que ele seja, saiba melhor que eu o que desejo. Mesmo que me ameacem de Guantanamo.

Permita que lhe conte uma história da minha família, da família de minha esposa, que residia numa pequena aldeia de Lorraine. : Numa manhã de 1940, eles chegaram, bateram à porta com as coronhas das armas, e gritaram : “Heraus”… Fora… Fora… 15 minutos para recuperarem 10 kg de objectos numa mala, por pessoa. Em seguida um camião militar e o comboio para direcção desconhecida. Os pais da minha esposa eram franceses. Não tinham nomes alemães…Estes mudavam simplesmente a população da Lorraine, como no passado.

Dois anos depois, expulsos para Aix-les-Bains , no Sul, como o meu sogro foi um combatente da guerra de 1914-18, piloto de caça, com Guynemer, o governo de Vichy concedeu-lhe alguns metros quadrados de terreno no campo de golfe, para cultivar alguns legumes. Entretanto falecido, era a minha sogra, filha de família burguesa, que trabalhava a terra como podia. Um soldado alemão de passagem, ofereceu-se para manear a enxada. A minha sogra olhou-o nos olhos e enterrando a enxada disse: “Um boche? Jamais ! E lá se foi o quintal… Livre e não submissa…

Em França há muitas histórias destas…Na América não existem, porque nunca fizeram a guerra na casa deles…

PS) Se leu os meus textos precedentes, saberia que nao acuso "todos" os americanos, que conheço muito bem, trabalhei com eles muitos anos là, mas detesto os seus politicos e os mafiosos das oligarquias militaro financeiras que nos impôem as suas leis pela força e ameaçam mesmo o os funcionarios do TPI e as suas familias se acusarem os GI's que cometeram crimes de guerra...Isto também é a América.

Enfim, o Senhor anonimo tem tanto direito de os apreciar,como eu de os detestar.

Anónimo disse...

Caro Embaixador,
por muito que me doa reconheço que é muito provável que o atual presidente seja reeleito. Na verdade, existe uma significativa diferença entre um Reagan e o seu vice e o atual Presidente dos EUA. Para minha grande surpresa neste presidente os EUA conseguiram ter alguém "pior" que o presidente da segunda guerra do Golfo (o tanto no seu tempo vituperado G.W. Bush), das inexistentes armas de destruição de massa no Iraque. Obviamente esta é somente uma minha opinião.
No que respeita ao povo dos EUA e da sua incapacidade não tenho juízos tão determinados. Acho que quem tem telhados de vidro não lança pedras... porque a ignorância não é um apanágio dos cidadãos dos EUA.
R. (em Roma)

Joaquim de Freitas disse...

" Caro R 'em Roma) que escreve: No que respeita ao povo dos EUA e da sua incapacidade não tenho juízos tão determinados. Acho que quem tem telhados de vidro não lança pedras... porque a ignorância não é um apanágio dos cidadãos dos EUA.”

Opinião respeitável. Mas há coisas que espantam naquela grande nação!!!

O filósofo Bertrand Russell chamou a América de "nação de camponeses piedosos". A religião americana é primitiva e dogmática e tem seguidores que acreditam numa terra com 6.000 anos, na Arca de Noé e em outros contos de fadas sombrios. E que a Terra é plana.

O isolamento e o tamanho da América não ajudam. A maioria dos americanos não viajou e tem uma visão de um mundo "povoado por monstros". Acabei de ver um artigo onde um americano perguntou se a água britânica era segura para beber para os americanos.

O excepcionalíssimo americano não ajuda. Só Myanmar, Libéria e Estados Unidos ainda usam medidas imperiais. O resto do mundo mudou-se para o sistema métrico.

Um país que elege um presidente que acha que precisam de limpar as florestas para evitar que se incendeiem, faz-nos pensar...

Quanto ao imperialismo, um bando de sauditas ataca traiçoeiramente edifícios em Nova Iorque e invade-se o Iraque...

Espero que a classe instruída dos EUA, conseguirá a extrair-se desta mediocridade , para bem de todos.

Anónimo disse...

Senhor Freitas

Reconheço que em que tem forte consciência dogmática e por isso não há muito a fazer.

Relativamente aos EUA relembro que foram eles que ajudaram os europeus a ganhar duas guerras mundiais.

Tem que rever também as suas afirmações que são demasiadas vezes incorrectas. É falso que os EUA nunca tenham feito a guerra na sua casa, muito pelo contrário, tiveram uma brutal guerra civil para permitir o fim da escravidão e essa guerra interna causou dezenas de milhares de mortos e destruição incontável no território americano.

Felizmente que existem os EUA n mundo actual para destruir a ameaça totalitários do comunismo e de outros totalitarismos similares.

Joaquim de Freitas disse...

Anonimo de 7 de setembro de 2020 às 17:08:

Caro Senhor

a)-Claro que o bombardeamento de Pittsburgo ou Atlanta é comparável ao de Hamburgo, Dresde, Coventry, Berlim, Estalinegrado, Leninegrado, Varsóvia, Le Havre, Tokyo, e sobretudo Hiroxima e Nagasaki…

b)-A Guerra Civil Americana, ou Guerra de Secessão, que alguns chamam a Revolução Cultural Americana, o que foi?

A burguesia do Norte dos Estados Unidos opunha-se aos senhores de terras do Sul. Principalmente sobre a utilização do trabalho escravo. Pois, a burguesia do Norte defendia que o trabalho escravo deveria ser substituído pelo trabalho assalariado. Desse modo, os trabalhadores remunerados do Sul teriam como comprar os produtos fabricados pelos Norte. Lincoln tinha razão.

c)- Como tinha razão Lenine quando derrubou o feudalismo dos Czares, pior que a escravidão americana, no que resultou a Guerra Civil Russa, entre os “Vermelhos” , também chamados Bolchevistas e os “Brancos”.

Os exércitos brancos eram compostos por monárquicos que queriam o regresso dos czares. Os seus líderes militares eram compostos por ex-oficiais de alto escalão do Exército Imperial Russo. Os russos brancos eram anti-comunistas. Eram os aliados do Ocidente…claro..

A burguesia e a nobreza russa vieram parar, muitos, a Paris onde viveram folgadamente. Muitos eram menos ricos e acabaram taxistas..

Uma diferença entre estas duas guerras: a americana foi entre americanos. A russa foi entre russos, com interferência de 14 nações para apoiar os Exércitos Brancos na sua luta contra os bolcheviques.

E desde a vitória dos bolchevistas, nunca os americanos deixaram os russos em paz.

d)- E depois temos a Guerra Civil Chinesa que durou 22 anos, de 1927, ano em que houve o massacre de milhares de comunistas em Xangai pelo partido nacionalista chamado do Kuomitang, até o ano de 1949, quando foi fundada a República Popular da China. O Kuomitang é o partido chinês que assumiu o poder quando da queda da monarquia em 1911.

Em Janeiro de 1949, Chiang Kai-shek, os nacionalistas e a alta burguesia chinesa abandonaram o país e partiram na direcção da Formosa (actual Taiwan).

Wikipedia pode confirmar se não acredita nos factos ….

e)- “Escreve: Felizmente que existem os EUA no mundo actual para destruir a ameaça totalitários do comunismo e de outros totalitarismos similares.”

Vamos lá a ver quando fazem a limpeza na Coreia do Norte, na Arábia Saudita, na Turquia, na Colômbia, nas Filipinas, em Israel, na Bielorrússia, na Ucrânia, na Líbia, onde graças à Hillary se vende de novo escravos negros nos mercados de Tripoli…

Espero que Trump não vai conseguir impedir o voto postal de milhões de americanos, porque senão será preciso ir pedir a alguém de fazer o mediador na futura guerra civil americana…

Joaquim de Freitas disse...

Caro Senhor anonimo de 7 de Setembro de 2020 às 17:08:

O “dogma” sendo um princípio imposto como uma certeza, a minha posição em relação aos EUA é tão dogmática que a sua…e por isso não há muito a fazer Caro Sr. Anónimo.

“a)- Relativamente aos EUA relembro que foram eles que ajudaram os europeus a ganhar duas guerras mundiais.»


Segunda Guerra Mundial:

Ajudaram é o bom termo. Vítimas francesas = 567 600, Britânicas 460 000, EUA-420 000, URSS-26 900 000

Guerras das quais os EUA saíram imensamente ricos, sem nenhuma destruição execpto Pearl Harbour…

b)- Escreve: “É falso que os EUA nunca tenham feito a guerra na sua casa, muito pelo contrário, tiveram uma brutal guerra civil para permitir o fim da escravidão e essa guerra interna causou dezenas de milhares de mortos e destruição incontável no território americano.”

Claro que o bombardeamento de Pittsburgo ou Atlanta é comparável ao de Hamburgo, Dresde, Coventry, Berlim, Estalinegrado, Leninegrado, Varsóvia, Le Havre, Tokyo, e sobretudo Hiroxima e Nagasaki…

A Guerra Civil Americana, ou Guerra de Secessão, que alguns chamam a Revolução Cultural Americana, o que foi?

A burguesia do Norte dos Estados Unidos opunha-se aos senhores de terras do Sul. Principalmente sobre a utilização do trabalho escravo. Pois, a burguesia do Norte defendia que o trabalho escravo deveria ser substituído pelo trabalho assalariado. Desse modo, os trabalhadores remunerados do Sul teriam como comprar os produtos fabricados pelos Norte. Lincoln tinha razão.

c)- Como tinha razão Lenine quando derrubou o feudalismo dos Czares, pior que a escravidão americana, no que resultou a Guerra Civil Russa, entre os “Vermelhos” , também chamados Bolchevistas e os “Brancos”.

Os exércitos brancos eram compostos por monárquicos que queriam o regresso dos czares. Os seus líderes militares eram compostos por ex-oficiais de alto escalão do Exército Imperial Russo. Os russos brancos eram anti-comunistas. Eram os aliados do Ocidente…claro..

A burguesia e a nobreza russa vieram parar, muitos, a Paris onde viveram folgadamente. Muitos eram menos ricos e acabaram taxistas..

Uma diferença entre estas duas guerras: a americana foi entre americanos. A russa foi entre russos, com interferência de 14 nações para apoiar os Exércitos Brancos na sua luta contra os bolcheviques.

E desde a vitória dos bolchevistas, nunca os americanos deixaram os russos em paz.

d)- E depois temos a Guerra Civil Chinesa que durou 22 anos, de 1927, ano em que houve o massacre de milhares de comunistas em Xangai pelo partido nacionalista chamado do Kuomitang, até o ano de 1949, quando foi fundada a República Popular da China. O Kuomitang é o partido chinês que assumiu o poder quando da queda da monarquia em 1911.

Em Janeiro de 1949, Chiang Kai-shek, os nacionalistas e a alta burguesia chinesa abandonaram o país e partiram na direcção da Formosa (actual Taiwan).

Wikipedia pode confirmar se não acredita nos factos ….

e)- “Escreve: Felizmente que existem os EUA no mundo actual para destruir a ameaça totalitários do comunismo e de outros totalitarismos similares.”

Vamos lá a ver quando fazem a limpeza na Coreia do Norte, na Arábia Saudita, na Turquia, na Colômbia, nas Filipinas, em Israel, na Bielorrússia, na Ucrânia, na Líbia, onde graças à Hillary se vende de novo escravos negros nos mercados de Tripoli…

Espero que Trump não vai conseguir impedir o voto postal de milhões de americanos, porque senão será preciso ir pedir a alguém de fazer o mediador na futura guerra civil americana…

Poder é isto...

Na 4ª feira, em "A Arte da Guerra", o podcast semanal que desde há quatro anos faço no Jornal Económico com o jornalista António F...