quarta-feira, setembro 30, 2020

Quino


Confessados ou não, todos temos os nossos heróis. Eu tinha um, cuja foto não conhecia nem sabia por onde andava. Nem, ao certo, se ainda era vivo. Assim, nem queiram imaginar qual não foi o meu espanto quando, um dia de junho de 2009, num evento público na Comédie Française, em Paris, numa entrega de prémios sobre livros, ouvi ser chamado ao palco Quino, o inventor dessa magnífica Mafalda da banda desenhada. 

Devo ter sido das primeiras pessoas que, na sala, se levantaram, de imediato, a dar-lhe merecidas palmas. Não por aquilo por que era premiado, mas como agradecimento a quem tanto prazer me proporcionou. É que, para mim, se havia por aí alguns génios, Quino era um deles. 

Escrevi “era”, porque acabo de saber que morreu. A Mafalda deve estar muito triste. E eu partilho essa tristeza.

4 comentários:

Corsil Mayombe disse...

Quino inventor?
Criador!

Corsil Mayombe disse...

O mundo seria maravilhoso,se as bibliotecas fossem mais importantes que os bancos.

António Moreira disse...

Também uma das minhas referências. Quino era um humorista militante.

Anónimo disse...

A esta s horas já o Manelinho anda a ver como é que vai lucrar com esta situação ...
MB

Poder é isto...

Na 4ª feira, em "A Arte da Guerra", o podcast semanal que desde há quatro anos faço no Jornal Económico com o jornalista António F...