Os acasos das funções levam-nos, por vezes, a sítios inesperados. Saído de Lisboa às seis e tal da manhã, cheguei há pouco a Podgorica, capital do Montenegro, um jovem país que emergiu dessa complexa realidade que foi a ex-Jugoslávia. Basta dizer que se encontra rodeado pela Croácia, Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Kosovo e Albânia para melhor se entender o que a "balcanização" significa. E convém também não esquecer que o Montenegro tem duas "jóias" turísticas fabulosas - Kotor e Budva - na costa adriática e, lembrou-me o prolixo taxista que me trouxe do aeroporto, soberbas montanhas no nordeste do país.
Há quase uma década, eu havia passado, em férias, na periferia de Podgorica, ao viajar entre a curiosa antiga capital do Montenegro, Cetinje, e a cidade albanesa de Shkoder. Na altura, havia ficado com alguma pena de não visitar a moderna capital montenegrina. Agora, nos intervalos da conferência em que intervenho e dos contactos oficiais que vou ter, tenciono concretizar esse objetivo.
Contrariamente à mitologia "glamourosa" que rodeia a vida internacional, e no que me toca, devo dizer que há muitos países dos quais conheço apenas o aeroporto, o hotel, alguns departamentos do Estado e a paisagem do caminho entre tudo isso. Às vezes isso foi frustrante, outras vezes ter-me-á poupado desilusões. De toda a forma, e por mais caricaturais que acabem por ser as imagens que fixamos dos locais visitados, acabamos sempre por sair um pouco mais ricos de todas as experiências.
Contrariamente à mitologia "glamourosa" que rodeia a vida internacional, e no que me toca, devo dizer que há muitos países dos quais conheço apenas o aeroporto, o hotel, alguns departamentos do Estado e a paisagem do caminho entre tudo isso. Às vezes isso foi frustrante, outras vezes ter-me-á poupado desilusões. De toda a forma, e por mais caricaturais que acabem por ser as imagens que fixamos dos locais visitados, acabamos sempre por sair um pouco mais ricos de todas as experiências.