Tenho muita pena de não poder estar, na noite de hoje, na conferência que Jorge Figueira fará, no museu da Vila Velha, em Vila Real, sobre o tema "Imaginar Trás-os-Montes - Belém Lima e a Arquitetura Portuguesa".
António de Belém Lima, um arquiteto transmontano com expressão nacional e crescente divulgação internacional, integra uma magnífica geração que, durante as últimas décadas, ajudou a transformar a paisagem urbana do país e a prestigiar fortemente pelo mundo a arquitetura portuguesa - Portugal é o único país que, com o Brasil, hoje dispõe de dois "prémios Nobel" da arquitetura, os Pritzker, nas pessoas de Siza Vieira e Souto Moura.
A obra de Belém Lima, relevada hoje em livros e diversas publicações nacionais e estrangeiras, qualificou, muito em especial, Vila Real e a sua região, contribuindo fortemente para contrabalançar, no panorama da cidade, o brutal surto de construção que algum "patobravismo" desenvolvimentista, a partir dos anos 70, nos impôs e ainda hoje nos polui o olhar. Obras como o Conservatório de Música ou a Biblioteca de Vila Real, bem como o próprio Museu da Vila Velha, onde a conferência desta noite terá lugar, falam por si próprias, bem melhor do que tudo quanto eu possa dizer - no meu caso, com uma descomplexada "declaração de interesses" de quem é familiar e amigo daquele cuja obra Jorge Figueira vai hoje retratar.
A obra de Belém Lima, relevada hoje em livros e diversas publicações nacionais e estrangeiras, qualificou, muito em especial, Vila Real e a sua região, contribuindo fortemente para contrabalançar, no panorama da cidade, o brutal surto de construção que algum "patobravismo" desenvolvimentista, a partir dos anos 70, nos impôs e ainda hoje nos polui o olhar. Obras como o Conservatório de Música ou a Biblioteca de Vila Real, bem como o próprio Museu da Vila Velha, onde a conferência desta noite terá lugar, falam por si próprias, bem melhor do que tudo quanto eu possa dizer - no meu caso, com uma descomplexada "declaração de interesses" de quem é familiar e amigo daquele cuja obra Jorge Figueira vai hoje retratar.
Um abraço, António, extensivo ao Jorge Figueira, que encontrei algumas vezes pelo mundo no seu teimoso e magnífico esforço de divulgação da grande arquitetura portuguesa.
Em tempo: sei que o António não gosta do Acordo Ortográfico, mas o cartaz (oficial e que, por isso, deve cumprir estritamente as leis da nossa República) tem dois lamentáveis erros - nem "arquitetura" nem "projeto" têm "c". Aliás, é assim que se ensina em todas as escolas do país, não é? Não tem a menor graça, apenas para teimosamente disputar uma batalha já perdida, estar a criar desnecessárias confusões às crianças! Também eu sou do tempo em que, lá por Vila Real, a "Pharmácia Almeida" tinha o "ph"...
Em tempo: sei que o António não gosta do Acordo Ortográfico, mas o cartaz (oficial e que, por isso, deve cumprir estritamente as leis da nossa República) tem dois lamentáveis erros - nem "arquitetura" nem "projeto" têm "c". Aliás, é assim que se ensina em todas as escolas do país, não é? Não tem a menor graça, apenas para teimosamente disputar uma batalha já perdida, estar a criar desnecessárias confusões às crianças! Também eu sou do tempo em que, lá por Vila Real, a "Pharmácia Almeida" tinha o "ph"...
7 comentários:
muito gosta vossa excelencia de nos importunar com o seu accordo ortographico.
deixe-se de dithyrambos, homem,
nao seja caturra!
um portuguez
Sr. Embaixador: Anonimamente, associo-me ao reconhecimento de arquitecto António Belém Lima.Só queria dar uma achega:a capa do volume "Arquitectura Moderna e Obra Global a Partir de 1900", da coleçção, em 20 volumes, Arte Portuguesa - da Pré-História ao Século XX, publicada em 2009,é constituída por uma obra vilarrealense de ABL.É um reconhecimento. Mas quem se deu conta disso.
Permita-me que discorde do seu fundamentalismo sobre o Acordo Ortográfico. O que o Sr. Embaixador tripudia sobre o assunto, não é nada líquido; antes pelo contrário.Discordo em absoluto e permito-me perguntar-lhe se, numa língua, a escrita é o fundamental. E a semântica, e a construção frásica? Então por que não uniformizam (autorizando e proibindo)a terminologia? Nunca pensou nesse berbicacho absolutamente ignóbil que é a dupla grafia? O asneirame que por aí grassa já é muito grande. É o que dá pôr o carro à frente dos bois e nem sequer haver capacidade científica para elaborar um vocabulário segundo o AO minimamente bem feito. "Linces" e "Porto Editora" estão repletos de incongruências.Ou há critérios, ou não há critérios...Se o Guimarães Rosa cá viesse agora, rir-se-ia a
bom rir... E também o Aquilino.E um tal João de Araújo Correia,transmontano
Pois é:
O arquiteto Belém Lima com todo o empenho nos seus proje”c”tos a melhorar a paisagem urbana de Trás-os-Montes, enquanto outros estragam tudo com a construção de pontes horrorosas nas A(ns), das quais o último exemplar é em Vila Real. Começou com o “viaduto” da Régua, passando pela de Vila Pouca que, como sabem, atravessa o vale para “fugir” aos lobos. Só para focar as das redondezas. Não há paisagem que resista!
Os arquitetos bem podiam projetar as pontes… a OE (farta dos engenheiros) vai pensar nisso…com certeza…
Para ajudar a discussão entre linguagem escrita e falada sugiro a visão desta conferência de John McWhorter. http://www.ted.com/talks/john_mcwhorter_txtng_is_killing_language_jk.html
Declaração de interesses: eu também sou contra o acordo e acho que simplesmente não está em vigor porque uma das partes desse acordo não o aceitou ...
E o que é feito do Miguel Bombarda?
Torres, mais torres, só torres? ABL, respeite, por favor, a volumetria da zona. As torres, mamarrachos, só para dar aos construtores vil e mais vil metal. Será o espírito MRPP, de vermelhos e amarelos pós-1974, era Arnaldo Matos, engravatado? Poupe-nos, por favor. Antes modestas estações de correios... Antes pioledos... ou pioledozinhos... ou...
oh portuguez, nao seja sandeu!
excellência escreve-se com dois elles!
outro portuguez
Que me desculpem a velha senhora e os caros Autor e leitores deste caríssimo blogue, mas enganei-me no post a que se refere o comentário da senhora, pelo que o repito aqui.
"Sobre o acordo ortográfico, a 'velha senhora' não mudou de opinião:
se voltamos ao acordo
vexa tem toda a razão:
não as bordo nem as mordo
cumpro as leis porque leis são"
Enviar um comentário