quinta-feira, maio 23, 2013

Cenadores da República

Alguém me comentava, há pouco, que as televisões estão cheias de comentários de figuras políticas que, tendo embora um passado algo "light" em termos de responsabilidades e cargos políticos assumidos, passaram, por uma espécie de "usucapião mediático", a ter um estatuto de "senadores" do país, sendo ouvidos a propósito de tudo e de nada.

Uma outra pessoa, presente à conversa, teve uma boa sugestão: que essas pessoas, as tais que nos enchem os écrans e estão permanentemente em cena dando-se ares de guardiões (e guardiãs) críticos do regime, passassem a ser designadas por "cenadores da República".

Não me parece mal!

9 comentários:

São disse...

A mim também não me parece mal, mas apreciaria muito mais a sua desaparição!

E também não entendi muito bem o motivo de António Passos Coelho dar uma entrevista com tanta contradição e, que me perdoem, bastante cinismo.

Saudações.

patricio branco disse...

uma epidemia de comentadores que me enjoa pelo que não os vejo nem escuto, abro uma excepção para os debates da quadratura do circulo e para o governo sombra, este cheio de humor e originalidade. o resto, considero me feliz por ter o bom senso dos ignorar, desprezar...

Anónimo disse...

Noutros paises quem faz o comentario politico sao politologos.
No nosso condado portucalense sao os condes...



Anónimo disse...

É também por isso que desliguei em definitivo a minha televisão. Só se perde tempo e não se ganha conhecimentos.

Um Jeito Manso disse...

Se mal pergunto, Embaixador: estes cenadores aqui amesendados a seguir ao tema do desbocamento total a seguir ao Conselho de Estado foi coisa acidental ou uma feliz coincidência...?

:))

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro Um Jeito Manso: foi coincidência, por acaso.

Anónimo disse...

Concordo. O mais apropriado seria "ceadores" da República !, ceiam, todos os dias á custa de quem lhes deu a importãncia que nunca tiveram no seu trabalho profissional. Todos, com raras excepções, que inclui Marcelo Rebelo de Sousa, não passam de diaristas da espuma dos dias.

Existe um que levou o país á bancarrota e ainda por cima faz propaganda no canal pago pelos contribuintes !....

E esta eh?!!!!!!!

Alexandre

Anónimo disse...

Com a devida vénia do Blog "Portugal dos Pequeninos":

«Não deixa, por fim, de causar enorme perplexidade que os responsáveis editoriais de todas as televisões tenham achado que as melhores pessoas para comentar a crise em que estamos sejam alguns dos responsáveis por essa mesma crise. Uns mais, outros menos, mas poucos podem escapar a essa responsabilidade. E ainda menos dizer, como Medina Carreira, que avisaram a tempo e horas. Mas nunca ninguém lhes lembra como têm telhados de vidro. Só temos a perder com este afunilar do debate público, com a sua captura pela agenda dos partidos e pela gerontocracia do regime, com a repetição ad nauseam de argumentos e falácias, com esta corrida dos comentadores pela popularidade. Numa altura em que a opinião pública procura explicações e respostas, a preguiça dos jornalistas serve-lhe frases feitas e rostos gastos e cansados. O que se passa, é bom dizê-lo com clareza, não é culpa de muitos destes comentadores. É sobretudo culpa de todos os jornalistas que abdicam de o ser, que vivem na ilusão das audiências (quando estão a destruí-las) e que se alimentam do mesmo tipo de intriga e do mesmo catálogo de certezas que a corte partidocrática. Apesar de tudo há melhor e mais estimulante nas elites portuguesas do que o cardápio que nos servem as televisões.»

José Manuel Fernandes, Público

Isabel Seixas disse...

Mais uma vez o reflexo do macaquismo de imitação, um interplágio revelador da falta de criatividade e da capacidade de inovar sabendo evoluir e aproveitando as audiências para mostrar a inteligência da cultura e da pedagogia para fomentar o desenvolvimento comunitário.

Valia mais nem se darem ao trabalho de construir projetos e planos de ação quando o objetivo concertado é se este canal faz isto e tem audiência, nós faremos o mesmo a seguir, basta ter binóculos diversificados.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...