quinta-feira, maio 02, 2013

Jornalismo luso

Um ilustrado diário da nossa praça, traz hoje, na sua primeira página, o seguinte título:

Ex-colega do avô de Vitor Gaspar esteve na manif da UGT

Não li (nem tenciono ler) o texto da notícia, injustamente remetida para duas (!!) páginas interiores, mas posso presumir, sem dificuldade, a relevância informativa da mesma.

10 comentários:

ARD disse...

Eu, ao contrário, adoraria ler a "notícia".
É fabuloso...

Anónimo disse...

Também vi. É por este título e por outros assim que o jornal apenas vende, creio, 5 mil exemplares. Uma lástima de jornalismo.

Anónimo disse...

Vou tentar ler a notícia porque tenho interesse em ver como se consegue desenvolver esse título.

Nem que fosse o avó do próprio Vítor Gaspar todos têm direito à sua liberdade, mas também revela o quanto os portugueses gostam de dizer que conhecem "Fulano, Beltrano, Sicrano"...

O lado positivo da "notícia" é que os idosos portugueses são bem dinâmicos porque a pessoa em questão já deve ter uma bonita idade (pela lógica, muito próximo dos 100 anos!).

O lado negativo da "notícia" é que os idosos portugueses, volvidas quase quatro décadas da Revolução, ainda têm de lutar por uma vida melhor.

Inclino-me para a segunda...

Isabel BP

Anónimo disse...

Lembrei-me agora, qual é a novidade nesta notícia... se até o primo foi! :))

Isabel BP

Santiago Macias disse...

Ena, um scoop!
Sai Pulitzer.

Isabel Seixas disse...

Eu acho que era
"ex-avô do colega de Vitor Gaspar esteve na manifestação"
Ai não, pudera...

Fernando B. disse...

Compreendo que não queira ter dito qual era esse jornal ilustrado.. eu digo, é o " i "...
não compreendo é como a Ana Sá Lopes ainda não está a " sais de frutos"...

Helena Oneto disse...

LOL!!!
Sempre dá para rir ou chorar... Como tudo o resto!

FSC, como sempe, no seu melhor! LOL!
Bien à vous, très cher ami:)

Anónimo disse...

João Biscaia conheceu bem o avô de Vítor Gaspar. Cruzaram-se na década de 1950 numa fábrica de lanifícios em Manteigas. Elísio Gaspar era o chefe do escritório – “uma função muito importante” – e João um miúdo de 12 anos, recém-contratado e a aprender a medo as manhas e os caprichos dos teares. Nos primeiros três meses na fábrica não recebeu um tostão, para conseguir agarrar a vaga. Lá acabou por aprender o ofício, foi contratado e os anos foram passando.
A fábrica faliu, nasceu o pai do ministro das Finanças – que se formou em Economia – e outros sete irmãos. Mais tarde nasceu o próprio Vítor Gaspar, que acabaria a mandar nas Finanças dos portugueses. E o resto da história é conhecida. Já sobre a família de João Biscaia, agora com 81 anos e de bandeira da UGT em punho em plena Avenida da Liberdade, em Lisboa, não há muito para contar. Depois de se fazer tecelão chamaram-no para a tropa. Foi telefonista dos serviços militares e só depois arranjou o emprego que viria a ser para a vida, como contínuo no Ministério da Justiça. Casou, teve um filho, amealhou dinheiro para comprar uma “casinha” em Manteigas e pagar a renda em Benfica, formou o filho, licenciado em Economia, e reformou-se. “A vida passa por nós e tem muitos altos e baixos, estava era longe de imaginar que o pior estava para vir e já nesta idade”, conta. O pior, no caso de João Biscaia, é mesmo a reforma, que encolheu 400 euros.

Anónimo disse...

ou seja lendo entre linhas
o filho de biscaia é como o neto de gaspar economista...
e ha ainda louça o primo...

estamos perdidos...

é uma mafia... acudam!!!
oh europa ajudai!!!


:)

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...