O jantar naquela embaixada tinha terminado há pouco. À volta da mesa já se serviam os cafés e as bebidas brancas. A embaixatriz lembrou então ao mordomo a necessidade de trazer a caixa dos charutos. Minutos depois, o homem aproximou-se da dona da casa, informando, em voz baixa, que, infelizmente, os charutos tinham acabado. A senhora estava desolada e desculpou-se junto do convidado principal, um diplomata sentado a seu lado, o qual, com imensa subtileza, logo menorizou a falta:
- Não tem a menor importância, senhora embaixatriz. Aliás, é muito raro eu fumar um charuto. Só às vezes, no final de uma grande refeição...
7 comentários:
Que sublime e refinado charuto.
Sir Churchill deve estar a rir-se...
Guilherme.
Ah, ah, ah
Pior a emenda que o soneto.
Esse não voltava para jantar...
Isabel BP
Ah que subtileza cáustica...
Um jantar sem um bom cohiba não é um bom jantar! deve-se reconhecer!
Aliás, uma embaixada que deixa acabar os charutos deixa muito a desejar…
Sobre charutos dizia o dono da Tabacaria ao seu cliente milionário: V.Exa. deveria comprar, de preferência, esta marca topo de gama de "Havanos", pois são destes que o seu filho consome. Pois é, mas ele tem um pai rico...
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