segunda-feira, maio 13, 2013

OCDE

Gostei de ver a "inflação" de notícias que, nos últimos dias, surgiu sobre as projeções e recomendações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE) sobre Portugal. Fico muito confortado com a importância que Portugal dá às atividades e os pareceres desta relevante organização.

Resta-me, contudo, uma interrogação que, pelos vistos, não suscitou nunca a menor perplexidade à nossa atenta comunicação social: a razão pela qual Portugal deixou a sua representação junto da OCDE sem titularidade, de maio de 2011 a fevereiro de 2013.

7 comentários:

Helena Sacadura Cabral disse...

Excelente questão para a qual, creio, saber a resposta...

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro Rilvas: por razões óbvias, não posso publicar o seu comentário. Neste caso, as pessoas não importam muito, até porque desfocam o "sujeito" da oração.

Anónimo disse...

Bom, compreendo.
Deixo cumprimentos,
a)Rilvas

EGR disse...

Senhor Embaixador: que chamada de atenção tão interessante.
Na verdade existem factos, que escapam a generalidade das pessoas, mas são tão simbolicos que dispensam comentarios.
E a proposito do relatório da OCDE permita-me que lembre alguém a quem já ouvi esta referencia: então o governo encomenda um relatorio a uma organização internacional e o senhor primeiro ministro desloca-se a sede desssa mesma organização para o receber?
Pela minha parte espero que o senhor primeiro ministro ostente na lapela aquele emblema demonstrativo do orgulho de ser quem dirige o Governo de Portugal.

Anónimo disse...

Espera-se que por ocasião dessa visita alguém da imprensa se lembre de perguntar a razão porque Portugal não esteve representado ano e meio na OCDE

Anónimo disse...

Meu caro Embaixador,
Todo este folhetim OCDE deixa muito a desejar. Portugal é membro fundador da OCDE (no inicio só OECE) no após II Guerra Mundial. Atravessámos períodos difíceis dentro dessa Organização, nos anos 70. Participei, como jovem economista e então funcionário público, nas delegações portuguesas em dois exames sobre a situação económica do nosso País, no início da década de 70 do século XX. Não era fácil ver alguma agressividade de alguns Estados-membros, dada a nossa situação política de então. O debate era renhido, com argumentos técnicos e conseguia-se que nos respeitassem, dada a firmeza dos altos funcionários que integravam as delegações, que não eu, naturalmente. Passados este anos, confesso que fico perplexo ao ver que o Chefe do governo do meu País se desloca à sede da OCDE para assistir à apresentação de um estudo encomendado pelo Governo português, onde, certamente, seremos alvo de algumas reprimendas e, talvez, de exigências quanto ao comportamento futuro. Apetece-me citar um Ministro dos Negócios Estrangeiros do final da Monarquia que afirmou, num jantar presidido pela Rainha Vitória, face a uma piada de menos bom gosto do futuro Rei Eduardo VII, que sabia que era embaixador de um pequeno País mas não gostava que lho recordassem. Ao que consta a Rainha repreendeu o seu Augusto Filho, em público... Outros tempos.
Será que esta situação poderia ter sio evitada se houvesse já um Representante Permanente de Portugal junto da OCDE? Apetece-me citar uma piada que ouvi hoje na televisão, dita por uma figura madura da vida política e social portuguesa: o Chefe da diplomacia portuguesa deveria preocupar-se mais com a política externa, incluindo a da UE, do que andar a vender chouriços na Índia, naquilo a que está na moda chamar-se de diplomacia económica!
José Honorato Ferreira

Anónimo disse...

Não foi ano e meio...foram quase dois. E o Senhor Primeiro Ministro foi recebido em Paris por um dos seus antigos assessores, ele próprio muito ligado a um dos líderes da Troika. Espero enganar-me mas isto, entre outras coisas, leva-me a prever que o relatório será rapidamente metido numa gaveta, fechada a sete chaves, por não corresponder exactamente aos desejos do Governo e da Troika...

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...