Na última década, raramente a palavra Europa deixou de estar associada à ideia de crise. A “crise europeia” tornou-se uma expressão corrente, que, ao mesmo tempo, contribuía para absolver alguma impotência dos governos nacionais e associava as instituições comunitárias a um destino marcado pela irreversível incapacidade de estarem à altura daquilo que delas, dessa Europa, se esperava.
sexta-feira, setembro 11, 2020
Notícias de Fénix
Na última década, raramente a palavra Europa deixou de estar associada à ideia de crise. A “crise europeia” tornou-se uma expressão corrente, que, ao mesmo tempo, contribuía para absolver alguma impotência dos governos nacionais e associava as instituições comunitárias a um destino marcado pela irreversível incapacidade de estarem à altura daquilo que delas, dessa Europa, se esperava.
quinta-feira, setembro 10, 2020
Toponímia
Os que perderam o Norte
quarta-feira, setembro 09, 2020
As mentiras de Trump
Chega
Máscaras
Bielorrússia
Ainda o Avante
O modelo sueco
Presidenciais
Por algumas razões, achei que não devia escrever sobre as eleições presidenciais. Por outras, que sobrelevam as primeiras, entendi dever fazê-lo.
terça-feira, setembro 08, 2020
Vicente
Estou a sair de casa para o velório do Vicente Jorge Silva, com cuja notícia da morte acordei, esta manhã. Nunca fomos íntimos, longe disso, mas tratávamo-nos por tu, desde sempre, desde que, numa tarde de 1990 (caramba, já lá vão trinta anos!), o José Mário Costa me levou à Quinta do Lambert, onde então se preparava o “Público” e ele, Zé Mário, organizava o “livro de estilo” do jornal.
Os “números” do Avante
segunda-feira, setembro 07, 2020
Força!
domingo, setembro 06, 2020
A máfia lusa
sábado, setembro 05, 2020
sexta-feira, setembro 04, 2020
Saudades da Gôndola
A Gôndola nunca foi um marco gastronómico, longe disso, mas tinha uma indiscutível graça. Lembro-me de que, por ali, operavam umas empregadas de bata preta e avental branco, atavio de que, em Lisboa, só recordo usado em “A Quinta”, uma também “falecida” casa, situada no fim da ligação do alto do passadiço do elevador de Santa Justa para o Carmo.
Num belo dia como o de hoje, almoçar em boa companhia no jardim da Gôndola (lá dentro, o espaço era desinteressante, salvo o esconso bar à entrada) seria bem simpático. Mas nada de nostalgias: há hoje, por essa Lisboa, um mundo de sítios bem agradáveis para se almoçar ao ar livre.
quinta-feira, setembro 03, 2020
BB
Gonçalo Pereira Rosa lançou, num artigo no “Público”, a ideia de ser dado o nome de uma rua de Lisboa a Baptista-Bastos.
Saloios
Pudor
Covid
Cidadania
Venham lá essas teorias!
quarta-feira, setembro 02, 2020
Trás-os-Montes no Avante
Nunca como este ano a Festa do Avante se tornou tão polémica. Tendo o debate começado por boas razões, de ordem sanitária, logo se percebeu que o argumento acabou utilizado como arma de arremesso por quantos diabolizam o PCP.
terça-feira, setembro 01, 2020
De verde
Foi vestido de verde que conheci o António Franco, que nos deixou há algumas semanas e que hoje vai ser evocado pela família. Ele também estava de verde. Foi em Mafra, na Escola Prática de Infantaria, na segunda incorporação de 1973.
segunda-feira, agosto 31, 2020
Sérgio Godinho
Sérgio Godinho faz hoje 75 anos. Sem qualquer nostalgia pateta mas com um sincero reconhecimento pessoal, noto que a sua música me fez companhia serena por bem mais de quatro décadas. Alguns dos seus temas fazem parte da minha "playlist" íntima, interpretaram, às vezes na perfeição, sentimentos que fui tendo ao longo do tempo, das raivas às ternuras, das esperanças aos desencantos, confirmando-me que a sintonia geracional é uma realidade sem discussão. Godinho, porém, está mesmo um pouco para além disso, porque não ficou colado, como acontece com outros, a uma espécie de gueto etário. E não deu ares de ter feito um esforço especial para isso. A inteligência com que conseguiu fazer evoluir as suas palavras e melodias, dotando-as de uma contínua modernidade, nem artificial nem obsessiva, transformou-o num dos raros autores que mantêm hoje entre nós uma singular transversalidade de públicos. Sérgio Godinho tem 75 anos. Quem nos dera a todos envelhecer, e ver envelhecer aquilo que dizemos e fazemos, dessa mesma e alegre forma. Não conheço Sérgio Godinho. Se o conhecesse, dava-lhe hoje um abraço. Como se dá a um amigo.
domingo, agosto 30, 2020
Flagrantes da vida real
Vamos a isso!
Pela fúria organizadora com que me vejo a planear as próximas semanas, confirmo a velha perceção de que os anos começam em setembro e acabam em julho. Aquela coisa do início de janeiro, depois no Natal e no ano novo, é uma vigarice cronológica, sem a menor aderência à realidade. Nem imaginam as listas de coisas para fazer que estou a preparar neste fim de semana! Para mim, já “cheira a setembro”, como escreveu o Ary, embora falando de outra coisa.
sábado, agosto 29, 2020
Lídia Jorge
O prémio de Literatura em Línguas Românicas, da FIL Guadalajara, acaba de ser atribuído a Lídia Jorge.
Um caso sério
sexta-feira, agosto 28, 2020
Manel!
quinta-feira, agosto 27, 2020
Elogio do turismo
Andando pelo país, do Sul ao Norte, nos últimos dois meses, tenho-me apercebido muito bem do modo como os setores da restauração e da hotelaria estão a procurar reagir à muito grave crise provocada por uma pandemia que ainda não tem data marcada para atenuar os seus principais efeitos.
quarta-feira, agosto 26, 2020
“Reaccionaria” (também com “c”)
Andava há anos para lá ir. Tinham-me falado daquele restaurante galego em que a dona, franquista dos sete costados, cantava pelas mesas o “Cara al Sol” (ontem, só lhe ouvi o “Granada”) e alardeava que, na sua casa, não entravam socialistas (e, por maioria de razão, comunas e anarquistas, porque quem pode o mais pode o menos).
Reaccionário (com “c”)
A distanciação, em tempos de pandemia, colocou-me atrás dele, a uma boa distância. Foi ontem de manhã, na fila para os jornais, na Atenas, na praça central de Caminha.
terça-feira, agosto 25, 2020
Barto
segunda-feira, agosto 24, 2020
Cafés do Porto
Francesinha
domingo, agosto 23, 2020
MNE - os dias quentes da Revolução
Com um sexto e último artigo, Bárbara Reis conclui, no “Público” de hoje, uma série de textos, recheados de testemunhos, sobre o tempo que se viveu no Palácio das Necessidades, em 1974 e 1975, da ditadura para a democracia. Vale a pena ler.
Porto
sábado, agosto 22, 2020
A “minha” cozinha
Quando, em 1985, chegado de posto em Angola, fui viver para perto do Campo Pequeno, alguém me disse maravilhas de um restaurante que tinha acabado de abrir, na rua de Entrecampos - o Poleiro. Eram dois irmãos Martins: o Manuel, a chefiar a cozinha, e o Aurélio, a dirigir a sala, então minúscula (não chegava a 30 lugares; depois aumentou apenas um pouco mais). A oferta inicial era eclética: havia espetadas madeirenses e comida minhota, por exemplo. O Aurélio, nos vinhos, converteu-se num constante descobridor de coisas novas e excelentes.
Por muitos anos, o Poleiro foi um “caso” numa restauração lisboeta que estava então muito longe de ter o leque de diversidade que hoje tem. Havia filas à porta. Ao almoço, era o mundo da política, do jornalismo, das empresas. À noite, eram casais e pequenos grupos. As reservas eram feitas com grande antecedência. Havia dias “impossíveis”.
Vivendo a cinco minutos a pé, tornei-me, de um regular frequentador, num bom amigo da casa. E já lá vão 35 anos. Noites houve em que o Aurélio me dizia, pelo telefone: “Pode ir descendo, que a sua mesa está quase pronta”, depois da rodada anterior. E, lá chegado, sabia ter à minha espera os peixinhos da horta e um belo queijo amanteigado, que ainda hoje vejo figurar por detrás dos níveis de colesterol das minhas análises. Grandes noitadas, com a família e amigos, passei no Poleiro.
Quem me conhece sabe que fiz sempre, por todo o lado, imensa “propaganda” do Poleiro. Não por ter a sua gente por amiga, mas porque achava, e continuo a achar, que por ali se servia e serve uma das mais genuinas cozinhas de Lisboa. Sem quebras, sem cedências, sem recuos na qualidade dos produtos.
Hoje, como é da lei da vida, os dias do “Poleiro” não são os mesmos desse tempo, somada agora a pandemia a tudo o resto. Há muitos concorrentes, diversas ofertas gastronómicas, modas a prevalecerem. Mas o Poleiro ali está, impecável no que nos propõe, como ainda ontem tive ocasião de comprovar, numa visita que fiz à minha “cozinha”, como o Pedro d’Anunciação escreveu, há quase 15 anos, num artigo numa revista que encontrei por lá encaixilhado e de que aqui deixo imagem para memória presente.
sexta-feira, agosto 21, 2020
Giocondas e anjos-maus
Bebinca
Há já um tempo que não comia bebinca. Imagino que tenha sido por me ouvirem dizer que tinha saudades desse doce goês que tive o privilégio d...