sexta-feira, setembro 20, 2024

Cisjordânia

Ao votar ao lado da maioria dos Estados que, na Assembleia Geral da ONU, aprovaram uma resolução condenando Israel pela sua ilegal presença com colonatos na Cisjordânia, a diplomacia portuguesa esteve do lado certo - do lado da preeminência do Direito Internacional. 

A União Europeia dividiu-se na votação sobre o fim dos colonatos ilegais na Cisjordânia - uns Estados a favor, outros contra, outros abstendo-se. 

Assim se confirma ser um perfeito mito a possibilidade de poder vir a existir uma política externa comum, como também fica claro que, para alguns Estados com os quais partilhamos o "clube", a legalidade é um pormenor mais ou menos despiciendo.

6 comentários:

Luís Lavoura disse...

Assim se confirma ser um perfeito mito a possibilidade de poder vir a existir uma política externa comum

Eu diria que é o converso: uma política externa comum não existe precisamente porque os Estados-membros não querem abdicar de ter uma política externa própria.

Anónimo disse...

Ah... o Direito Internacional! Ainda há uns dias os comentadores em barda ridicularizavam a pretensão de um ministro a que o Direito Internacional fosse aplicado com benefício para Portugal, não é?

Anónimo disse...

"... a legalidade é um pormenor mais ou menos despiciendo." A legalidade dá jeito para defender os nossos interesses ou os nossos amigos. Se for contra os nossos interesses ou os nossos amigos, e não a podermos alterar, então ignoramo-la.
Tudo dentro do maior respeito pela LIBERDADE e DEMOCRACIA.
Tony Fedup

Luís Lavoura disse...

"que, para alguns Estados com os quais partilhamos o "clube", a legalidade é um pormenor mais ou menos despiciendo" é coisa que já se sabia há muito. Lembremos por exemplo o selvagem bombardeamento da Sérvia em 1999, e a invasão do Iraque em 2003, ambos apoiados por uma boa parte dos Estados com quem partilhamos o "clube" (e também pelo próprio Portugal).

Carlos Antunes disse...

Sobre a aplicação do Direito Internacional já o eminente jurista italiano Francesco Carnelutti ironizava que “se assemelha a uma espingarda apontada ao infractor, ainda que descarregada".

Anónimo disse...

Invasão do Iraque com o alto patrocínio do nosso gradecíssimo Primeiro Ministro, Durão Barroso, na Cimeira das Lajes, que depois foi agraciado com o cargo de Alto Representante dos Interesses Americanos na U.E., nominalmente Presidente da Comissão Europeia.
E tudo dentro do maior repeito pela LIBERDADE e democraCIA.
Tony Fedup

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