Daqui a umas horas, milhões de pessoas vão ficar presas aos écrans, a ver o debate entre Donald Trump e Kamala Harris.
Muitos desses milhões serão americanos. A menos que haja um pouco provável cataclismo, a esmagadora maioria dessas pessoas não mudará o sentido de voto que já fixou num dos candidatos. E, como é da lei da vida e das regras do sectarismo político, essas pessoas vão acabar por achar o "máximo" a prestação daquele em quem irão votar e irão considerar "péssima" a do candidato do outro lado. No meio, há ainda uma América hesitante, movida por questões muito diversas, temas de nicho, interesses e crenças próprias. São eles quem pode fazer a diferença. E é a eles que, essencialmente, este debate se dirige.
Convém, contudo, ter presente que um candidato pode, no final da eleição de 5 de novembro (quase dois meses!), vir a obter mais votos do que o real vencedor. Isso é fruto do sistema de colégio eleitoral, onde as contas dos votos podem não bater certo com os números do que sairá da vontade política apurada em cada Estado. É um sistema pouco democrático? Os Estados Unidos são isso mesmo, são fruto do entendimento entre estados que se uniram para desenhar um país e isso levou a compromissos que também se refletem sobre o seu sistema eleitoral. Ah! E lembremo-nos: nós não temos nada a ver com isso, essa é uma questão entre os americanos.
Comecei por dizer que haverá milhões a ver o debate. E que a maioria será, naturalmente, de nacionalidade americana. Mas há um mundo, fora da América, que vai estar muito atento ao debate. Desde logo, os países que detestam os EUA. Mas também aqueles que gostam mais de uma América do que de outra. Nós não votamos nas eleições americanas, mas, queiramos ou não, vamos sofrer as consequências do voto dos americanos. É também por aqui que se mede a importância e a força da América.
5 comentários:
Nem sempre as pessoas acham que o candidato em quem pensam votar teve uma boa prestação no debate, como ficou provado recentemente no debate Biden/Trump, no qual muitos democratas acharam que a prestação do seu candidato tinha sido péssima.
Quanto à democracia nos Estados Unidos (que, à maneira deles e com as regras que eles escolheram, funciona) lembro a célebre frase de um americano que dizia orgulhosamente «America has the best democracy money can buy! »
Nós não votamos nas eleições americanas, mas, queiramos ou não, vamos sofrer as consequências do voto dos americanos.
Não tanto como o Francisco sugere: a política externa americana é, em larga medida, contínua e invariante, independente do presidente que estaja no assento.
Por exemplo, Biden seguiu a mesma política protecionista e de confrontação com a China e com a Europa que Trump iniciou.
Os Estados Unidos [...] são fruto do entendimento entre estados que se uniram
A maior parte dos 51 estados não se uniram, eles foram sendo criados, com fronteiras artificiais entre eles, à medida que os EUA se iam expandindo para oeste.
Por exemplo, a zona de Pittsburgh foi conquistada aos franceses na Guerra dos Sete Anos e foi atribuída à Pensilvânia, que era um estado originalmente centrado em Filadélfia, mas poderia ter sido atribuída a outro estado, ou ter constituído um estado separado.
«...Biden seguiu a mesma política protecionista e de confrontação com a China e com a Europa que Trump iniciou...»
Isso é mentira, o Presidente Trump jamais iniciou proteccionismo ou confronto com a República Popular da China (RPC), muito pelo contrário, garantiu o interesse nacional Norte-Americano, iniciou diálogos e promoveu acordos sendo de destacar a boa relação que tinha e mantém como o seu homólogo Chinês.
Foi esta postura que deixou em pânico o regime da Inglaterra e os seus aliados, o Estado Profundo nos Estados Unidos da América do Norte (EUA) que representa o primeiro.
«...confrontação (...) com a Europa que Trump iniciou...»
Não é verdade, o Presidente Trump não tem qualquer confronto com a Europa mas sim com a união europeia que não é nem representa a Europa e os Europeus.
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