quarta-feira, setembro 25, 2024

"Raposo"


Não verifiquei se o nome vem (nem viria o menor mal ao mundo se não viesse) no Michelin, no Time-Out ou no Boa Cama - Boa Mesa (um dia falaremos dos mitos existentes a propósito disto e de alguns truques associados). Nunca é fácil estacionar por ali (o restaurante é na Passos Manuel, em Lisboa, perto do Jardim Constantino). Às vezes, o espaço interior torna-se um pouco barulhento. E, se não reservar, arrisca-se a ter de ir comer o sinistro bife da Portugália, ali perto.

Mas por que diabo será - a mim, que me gabo de conhecer imensas mesas por Lisboa e seus arredores, isto é, de Melgaço e Sendim a Sagres e Monte Gordo, da Camacha a Vila Praia da Vitória - que, quando me apetece jantar fora (cada vez me apetece menos, confesso), o nome do "Raposo" me vem logo à ideia? Por alguma razão será!

O ambiente é, por ali, desde que o frequento, o mesmo de sempre. Guardanapos de pano, "linha vermelha" que impus a mim mesmo, sempre que fora das tascas (e, em algumas, já exijo). O serviço é muito atento - mas, honestamente, tenho de fazer o desconto de me conhecerem há muito e de me tratarem sempre bem. A comida tem uma constância admirável. É cuidada, embora sem "efes e erres", honesta, no melhor sentido do termo - e tem outros. Além disso, a casa apresenta ótimos vinhos a preços bem razoáveis. A conta final esteve, como sempre está, na conta certa.

Voltei ontem ao "Raposo", como advinharão. Se acaso tivesse de regressar por lá amanhã sentir-me-ia feliz. Há melhor elogio que se possa fazer a um restaurante?

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"Raposo"

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