Estou convicto de que aqueles que se extasiam perante a genialidade da ação israelita de armadilhamento dos pagers e walkie-talkies devem manter uma admiração infinda, embora quiçá discreta, pela ainda mais criativa inventividade que esteve subjacente aos atentados do 11 de setembro contra as Torres Gémeas.
5 comentários:
Lapidar. Cem por cento na mouche.E de consequências assustadoras para o mundo que aí vem.
A minha lógica é um bocadinho diferente, comparo mais o ataque às torres gémeas ao bombardeamento indiscriminado de Israel na faixa de Gaza com a desculpa de existirem membros do Hamas no meio da população. Os terroristas árabes poderiam ter argumentado que no meio de tanta gente nas torres gémeas existiriam certamente americanos envolvidos em acções prejudiciais à Palestina. E embora sacrificando mais uma data de civis inocentes dentro do avião e do Pentágono, atingiram em Washington os edifícios do comando militar americano.
A acção militar israelita usando os pagers e os walkie-talkies parece-me verdadeiramente cirúrgica pois atinge quase exclusivamente membros do Hezbollah que continuam, por variadas razões, a enviar projécteis contra o território de Israel. Ao contrário de Gaza, em que o exército israelita está fazendo uma limpeza étnica com laivos de genocídio, este caso dos pagers parece-me ser uma operação de legítima defesa, embora seja a precursora de ataques por bombardeamentos aéreos a analisar posteriormente.
O armadilhamento dos pagers e walkie-talkies pode ser legítimo. Mas deixou-me um travo forte a terrorismo, que não vai sair tão cedo.
Concordo em absoluto, só que a judiaria é mais slow.
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