quinta-feira, setembro 05, 2024

Michel Barnier


Barnier foi a agulha no palheiro descoberta por Macron: um nome que garanta que o primeiro governo francês pós-dissolução não será censurado de imediato à chegada à Assembleia Nacional. Com a esquerda fora de jogo, Barnier vai necessitar da "neutralidade colaborante" de Le Pen.

11 comentários:

Joaquim de Freitas disse...

Dia trágico para a França. Que me leva a pensar como Raymond Aron lembrou àqueles que acreditavam que o futuro do mundo caminhava inexoravelmente para a democracia e o progresso, “a história é trágica”.

Desde o ano passado, que assistimos ao deslize de uma crise política para uma crise de regime. Macron está a acelerar este processo, numa negação da democracia vergonhosa.
Insultar o povo francês impondo-lhe uma escolha que não corresponde ao voto soberano, terá consequências graves. A rua e o caos vão-lhe responder.

Macron despertou imensa esperança entre a grande maioria dos franceses, mas infelizmente, sete anos depois, os resultados não apareceram. Aquele que a média chamou de “Mozart das finanças”, “Júpiter”, “o líder da Europa”, o “salvador do planeta” explodiu a dívida e os deficits franceses, foi incapaz de evitar o rebaixamento da França em quase todas as áreas – economia, educação, internacional, etc.

Programado para desaparecer em 2027, já não tem maioria na Assembleia Nacional.

Júpiter desce de Olímpia.

Luís Lavoura disse...

Barnier vai necessitar da "neutralidade colaborante" de Le Pen

Que engraçado. Isso seria mais ou menos equivalente a, em Portugal, Montenegro governar com a "neutralidade colaborante" do Chega. Quantas cobras e lagartos não diria o Francisco se tal coisa viesse a acontecer...

Francisco Seixas da Costa disse...

Luis Lavoura. Faça as contas. Ss isso não acontecer, o governo Barnier cai. Ponto

Francisco Seixas da Costa disse...

Luis Lavoura. Faça as contas. Ss isso não acontecer, o governo Barnier cai. Ponto

C.Falcão disse...


Homem de poucas letras, não sendo a prosa um predicado meu, arrisco uma palavra após a outra para simplesmente vos dizer, como alguns já sabem: A FRANÇA é um grande país.
Dado a situação inédita e paradoxal em que esta se encontra – e não sabemos toda a verdade - a tarefa de Michel VARNIER novo primeiro ministro, vai ser rude.
Para já, formar o governo e esperar que os escolhidos aceitem em participar à "remontada".
A vêr vamos !

C.Falcão disse...

Lire svp, Michel BARNIER

Miguel disse...

Macron ainda pode descer mais baixo. É um caso puro como não conheço outro: tem todos os defeitos dos alunos das "grandes écoles" e nenhuma das qualidades.

Nuno Figueiredo disse...

...final, parágrafo.

sts disse...

Un pays bien organisé est celui où le petit nombre fait travailler le grand nombre, est nourri par lui, et le gouverne." Voltaire

Anónimo disse...

Macron, Barnier, Le Pen ou Le Pen, Macron, Barnier ou Barnier, Le Pen, Macron, combinações que em nada alteram a lógica do exercício do poder nesta democracia neoliberal. Le Pen será a Belloni francesa, a neofascista que virou pomba, uma pomba mansinha, para o bem da Europa e das liberdades, .
J.Carvalho

C.Falcão disse...

20% 80%. C’est une règle économique !

"Deixar África" (1974 - 1977)

Em 2013, apresentei no Porto o livro de Alexandra Marques "Segredos da Descolonização de Angola".  Era um retrato muito frontal so...