segunda-feira, setembro 30, 2024

Cobardia?


Que temor ou cobardia trava o Ministério Público de acusar de xenofobia e de óbvia incitação ao ódio e à discriminação os responsáveis por este cartaz?

12 comentários:

Luís Lavoura disse...

Ainda bem que o Ministério Público não faz tal coisa, pois seria incapaz de demonstrar em tribunal essas coisas. Seria mais uma das muitas acusações falhadas do Ministério Público...

Dizer não à imigração descontrolada é corriqueiro - praticamente todos os países controlam a imigração e se esforçam por limitar a imigração que foge a esse controle. Dizer não à insegurança também é corriqueiro - todos os governos procuram dar segurança aos seus cidadãos.

Lúcio Ferro disse...

Concordo com Luís Lavoura. Acrescento que as milhares de pessoas que ontem se juntaram ao protesto são regra geral pacíficas e bem educadas. Todavia, há uma percepção, pelo menos em Lisboa, de que há muita gente do Bangladesh, d muitos do Paquistão e do Nepal. A nível pessoal, tenho relações directas com membros da comunidade Nepalesa que posso até qualificar de bastante próximas, de amizade. No entanto, o que eu noto é que a maioria deste pessoal são homens, jovens, não aprendem português, não fazem qualquer esforço para ir ao encontro da cultura onde se encontram. Para além disso, na sua larga maioria possuem pouquíssimas habilitações literárias, entendendo-se connosco porque em Lisboa uma larga percentagem das pessoas ou fala relativamente bem ou arranha o Inglês. É complexo, no Martim Moniz e zonas adjacentes há o chamado fenómeno da "cama quente" e muitas destas pessoas são exploradas não só por portugueses mas e sobretudo por indianos e outros que vieram antes. Os seus costumes não propiciam muitas vezes empatia nossa para com eles. E regra geral estão-se nas tintas para isso. Ainda aqui há uns meses a Praça Martins, sagrada ironia, tinha cinco mil tipos de rabo para o ar. Enfim, não querendo aparecer como chegano, noto que é necessária uma normalização e um maior controlo. E a esquerda caviar, como os meninos todos lindos que ontem estavam sentados no chão a fumar charros no Intendente não ajudam. Se o Chega tem o apoio que tem é porque a população sente isto. Eu próprio, com toda a sinceridade, aqui há umas semanas fui ver as tendas, o consumo de droga, os cheiros e as "nacionalidades" e não me senti confortável. Mas fui ao terreno e à noite, sugiro-lhe que faça o mesmo, de preferência de dia.

Joaquim de Freitas disse...

A "Anschluss " està a caminho...

Anónimo disse...

Faço minhas as palavras de Luís Lavoura e acrescento:
- Em política não há "má publicidade"! O Chega agradece toda e qualquer publicidade. E então se vier de autoridades como o Santos Silva...
- Aprendi recentemente esta frase: "Os incêndios não devem ser afogados, devem ser mortos à fome". Isto aplica-se à política. Se os "grandes DEMOCRATAS" quisessem resolver os problemas sociais, "matavam os antidemocratas à fome".
Tony Fedup

manuel campos disse...

Estas coisas não são a preto e branco, são um pouco mais complexas, difíceis de explicar de forma simples numa caixa de comentários, muitos não as vivem nem as querem viver de perto, poucos as compreenderiam porque nunca entraram sózinhos e de gravata no Centro Comercial do Martim Moniz, o que eu já fiz algumas vezes.
E só venho aqui dizer isto porque já vim aqui dizer muitíssimas vezes que tanto vou almoçar ao Guincho no “espada” (aliás ultimamente são os únicos 100 kms que faz, duas vezes por mês), como atravesso a pé as vielas estreitas da Mouraria, uma vez por semana, dizendo “boa tarde” (e sendo retribuído) a toda aquela boa gente sentada à porta de casas miseráveis, eu vestido exactamente da mesma maneira como entro no “Porto Santa Maria” (até já contei aqui ter sido “pedido em casamento” na Rua do Capelão).
São maneiras de estar na vida e há que saber estar sempre da mesma forma, dar o mesmo aperto de mão ao carteiro (o que faço sempre) que daria ao PR (não o tenho visto).
Se assim fôr, se todos se sentirem iguais perante nós, todos nos olharão da mesma forma, as pessoas sabem distinguir muito bem esses pormenores.

afcm disse...

Com todo o respeito, acho que o cartaz e os dizeres do cartaz, por si só, não contém qualquer elemento típico de crime.

Francisco Seixas da Costa disse...

afcm. Ligar a imigração à insegurança é criminoso, porque é uma falsidade que é um estigma sobre pessoas. Ligar um traje muçulmano a armas e figuras de terror é alinhar na islamofobia - que é um crime.

Francisco Seixas da Costa disse...

afcm. Ligar a imigração à insegurança é criminoso, porque é uma falsidade que é um estigma sobre pessoas. Ligar um traje muçulmano a armas e figuras de terror é alinhar na islamofobia - que é um crime.

AV disse...

Francisco Seixas da Costa tem razão pelos motivos que enuncia. O cartaz faz uma série de associações que são estigmatizantes, discriminatórias e perigosas.
Assenta em mensagens que não são verdadeiras. As contribuições dos imigrantes para a segurança social subiram 44% no ano passado. Muitas das comunidades imigrantes contribuem mais do que beneficiam. A criminalidade desceu nos municípios onde on número de imigrantes mais cresceu (Público, 29/09).
A retórica anti-imigração começa a ficar tão normalizada que as pessoas não questionam as as bases nem as suas consequências.

AV disse...

Francisco Seixas da Costa tem razão pelos motivos que enuncia. O cartaz faz uma série de associações que são estigmatizantes, discriminatórias e perigosas.
Assenta em mensagens que não são verdadeiras. As contribuições dos imigrantes para a segurança social subiram 44% no ano passado. Muitas das comunidades imigrantes contribuem mais do que beneficiam. A criminalidade desceu nos municípios onde on número de imigrantes mais cresceu (Público, 29/09).
A retórica anti-imigração começa a ficar tão normalizada que as pessoas não questionam as as bases nem as suas consequências.

Joaquim de Freitas disse...

Direito Internacional?

Se a ideia proporciona alívio durante algum tempo – por exemplo, ver a cabeça de Bernard-Henri Lévy na ponta de uma lança brandida por uma criança líbia – é, humanamente, pouco viável.

É que n como muito bem escreve, inventámos a lei e institucionalizámos a justiça há vários séculos, certo?

Mas Senhor Embaixador, que fazer, num mundo onde as mentiras são a regra? Manipular os manipuladores?

Mas mais uma vez, não nos vamos queixar. Pensemos nos palestinianos e nos libaneses que vivem diariamente o pesadelo do terrorismo israelita. Hassan Nasrallah disse de Israel que é o “cancro da humanidade”. A doença espalha-se inicialmente de forma insidiosa, depois surge com os seus ditames assassinos, o seu ódio obsessivo, e nenhum médico qualificado pode fazer nada a respeito.

A humanidade procura um remédio para a loucura exterminadora de Israel, mas para além da cumplicidade criminosa dos governos mundiais sujeitos à sua chantagem, Israel tem estado fora da humanidade há demasiado tempo.

No meio disto tudo, hà certamente quem sonhe duma Praça Maidan, na Martin Moniz. Mas quantos serão que o vêm? Quando penso nos milhares de portugueses que foram rezar por todo o lado, pelos nazis de Azof, que pariam no seu sujo ventre o palhaço Zelensky, que custa tão caro...aos ucranianos, em vidas e património, e, por ricochete, a nous mesmos, que os alimentamos em armas e dinheiro...que não temos !

Quando os católicos de Lvov, não podiam ver os ortodoxos de Donbass, que falavam o russo…

Luís Lavoura disse...

Francisco,
as ligações que você vê no cartaz são subliminares e não explícitas. No cartaz não se diz que a insegurança é causada pela imigração descontrolada (e mesmo que se dissesse, tal não seria crime), somente se fala das duas coisas. Também há uma figura que pode ser interepretada como uma mulher com um véu - mas pode ser interpretada de outra forma - e um homem com uma arma, mas não se diz que uma e outro estão intimamente ligados.
Em suma, no cartaz somente há indícios, mas não há qualquer crime evidente. É algo tão frágil como grande parte das acusações do Ministério Público, ao fim e ao cabo.

Queijos

Parabéns ao nosso excelente queijo!  Confesso que estou muito curioso sobre o que dirá a imprensa francesa nos próximos dias.