Vai para oito anos que a Petra e o Robert "agarraram" o "Solar dos Duques" e, com grande dedicação, souberam dar continuidade a uma casa que tinha já um nome firmado no mercado. Tenho visto novos proprietários destruirem, em poucos meses, a fama um restaurante. Aqui, isso não aconteceu. Os novos proprietários souberam deitar mãos à obra e consolidar o prestígio da casa. A melhor prova é o facto de muitos dos velhos clientes terem continuado a frequentar a casa.
Ontem, como quase sempre me acontece, comi por lá muito bem. Que assim continue, é o meu voto, que assumo com o egoísmo de quem é cliente habitual.
2 comentários:
Campo de Ourique continua a ser (como sempre foi) uma zona muito especial e, em certos aspectos, quase única em Lisboa.
A Avenida da Igreja e a Avenida Rio de Janeiro lutam por ser algo do género, estas conheço melhor pois um neto meu tem casa mesmo ali e almoçamos com ele por lá quando dá jeito a todos (e ele não anda em bolandas).
As zonas histórico/turísticas são para esquecer, na minha zona sobrevive um restaurante “sério”, de alguém que conheço bem, amigo de um dos meus filhos, sempre cheio e com fila à porta, apesar de bastar marcar e terem sempre mesa raramente os clientes fiéis há dezenas de anos lá continuam a ir, perdeu de todo o "ambiente" e agora é quase igual os outros todos (a comida continua boa).
Como não sou de nostalgias e me posso meter num carro e ir a outros sítios não me incomoda muito, mas pessoas com menos facilidade de se mexer, ainda que algumas bem mais novas, ressentem-se, pois tudo o resto não tem comida que se coma, turista ali não come em restaurantes, vai ao supermercado e compra uma Coca-Cola de litro e meio, um pão de forma bimbo, umas fatias de queijo e fiambre, ocupa os bancos destinados aos reformados jogarem à bisca lambida e está feito.
Claro que depois são pizzarias e lojas de empanadas em todas as esquinas, nessas o turista entra (mas eu não entro, não desgosto de pizzas mas não é bem aquelas "a martelo").
Disseram-me que o tal restaurante está nos livritos para turistas (não sei), é um problema que quem vive em Campo de Ourique ou ao fundo da Avenida de Roma nem imagina que existe, uma coisa é passar como “turista” pelos bairros antigos da capital uma ou duas vezes por ano e comentar que “isto é giro, tenho que vir cá mais vezes” (e não voltar tão depressa) e outra é estar lá todos os dias.
Por exemplo, por lá (hoje estou cá algures) fechou a última mercearia de portugueses, agora são todas de nepaleses e indianos, facto que não me incomodaria obviamente nada se os produtos fossem bons ou, pelo menos, razoáveis.
Um vizinho meu italiano anda ali a negociar um aluguer para abrir uma, é homem muito empreendedor e simpático, a ver se temos alternativa a mandar vir ou a ir buscar frutas e legumes de outros sítios.
PS- 02.40 da manhã e ainda estou aqui a acordar quem tem que se levantar cedo, não é bonito. Boa noite.
Também´e sempre que vou a Campo de Ourique, é no Solar dos Duques que almoço. Ouvi de um amigo que reabriu, noutro local, após 10 meses de obras, o restaurante o Magano (comida essencialmente alentejana). Maior espaço e com luz de dia, ao contrário do primitivo. Irei experimentar, pois, tenho boa impressão do serviço e comida.
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