Sente-se uma despropositada excitação em torno da deslocação de Zelensky a Portugal. A visita tem uma importância apenas relativa. Insere-se no périplo ritual do líder ucraniano aos países que têm apoiado a sua luta. E o que vai ser assinado será mais simbólico do que relevante para essa mesma luta.
17 comentários:
A visita de Zelenski a Portugal pode ser considerada em dois patamares: um moral e o outro pragmático e em ambos é um erro crasso. No plano moral, as mais altas instâncias vão receber um ditador, um assassino e um corrupto em solo pátrio. Para as mentes que se possam escandalizar, dada a lavagem cerebral de que têm sido alvo por parte de organizações não governamentais estrangeiras, nos últimos anos, como por exmplo a CNN Portugal, explicitarei mais uma vez o que é a criatura que dá pelo nome de Zelenski. Zelenski foi um comediante, um cantor cuja maior proeza foi a de dançar em saltos altos, tocar piano com o pénis e mais recentemente ter sido candidato à Presidência da Ucrânia, para a qual se fez eleger com base numa plataforma de Paz de anticorrupção. Chegado ao poder, traiu todas as premissas e enveredou pelo caminho da guerra e da corrupção. É publico (ver Panamá papers) que mesmo antes da Presidência já tinha amealhado cerca de 40 milhões de dólares em offshores. Desde então, amassou uma enorme fortuna no estrangeiro, nomeadamente no sector imobiliário em Itália e no Reino Unido. De facto, Zelenski e a sua senhora (conhecida pelas suas compras extravagantes nas lojas de luxo parisienses) têm actualmente uma fortuna brutal, fruto do roubo não só de Ucranianos, mas também de boas talhadas da ajuda internacional desviadas para Zelenski e para a sua clique. Na sequência ainda da eleição, este homem não só não diminuiu as tensões da guerra civil no Donbass, como as agudizou. Leis neonazis como a proibição do russo, o cancelamento da cultura russa e o intensificar das perseguições da minoria de origem russa (os Ucranianos pretos) ganharam novo e extraordinário fôlego. A isto somou-se a integração no exército nacional dos mais abjectos sectores paramilitares, como por exemplo os nazis de Azov. O regime prosseguiu nesta deriva adoptando símbolos profundamente ofensivos, tais como a reabilitação do traidor nazi Bandera. Então, começou a caça às oposições. Todos os partidos que se opunham ao regime foram ilegalizados, os líderes que não conseguiram fugir encarcerados, torturados e assassinados, a limpeza atingiu também a pouca comunicação social opositora existente, incluindo pelo menos um cidadão norte-americano, Gonzalo Lira, assassinado numa prisão ucraniana há menos de um ano. Na véspera da operação militar russa, Zelenski enchia a boca com afirmações perigosas sobre dotar a Ucrânia de armas nucleares e de fazer com que o país ingressasse na NATO. Isto era algo que a Rússia jamais poderia aceitar, como os EUA já mais poderiam aceitar que o México firmasse uma aliança militar com russos e/ou chineses. Em Abril de 2022, após a breve incursão de algumas (poucas) forças russas (e nunca a invasão em larga escala que as referidas “ongs” vendem) esteve quase a aceitar um acordo bastante razoável. No entanto, incentivado por outro criminoso de guerra, de seu nome Boris Johnson, que lhe fez chegar recados de Washington, não o fez e condenou o seu povo à catástrofe. Hoje, não passa de um ditador: recusou eleições e governa apenas porque controla o aparelho de Estado e os seus principais mecanismos de repressão: o SBU e as organizações afiliadas. Li vários argumentos que pretendem justificar o cancelamento da Democracia na Ucrânia. O mais “robusto” é de que o país está em guerra e que, portanto, não pode fazer eleições. A julgar pelo herói desta gente, um tal de Churchill, que se submeteu ao voto popular quando nada garantia uma vitória rápida sobre o Japão e que nas urnas foi apeado, passando pela própria Rússia (que também está em guerra e que também sofre bombardeamos no seu território pré 2014), é um argumento falacioso. Outro, muito mais ridículo, foi o que uma tal de Helena Ferro Gouveia (pessoa pela qual sinto um profundo desprezo) anunciou há poucos dias na ong CNN Portugal: eleições custam dinheiro e a Ucrânia precisa de todo o seu dinheiro para esforço de guerra. Assim, QED, no patamar moral, Portugal vai receber um ditador, um assassino e um corrupto. (cont)
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Passemos então ao plano pragmático. Actualmente, Zelenski é um activo tóxico. Na sua última visita aos EUA nem convidado foi para discursar no Congresso. Aliás, muito provavelmente, o último pacote de ajuda norte-americano será mesmo isso: o último. No Sul Global e em largas partes do Mundo, Zelenski não é bem visto. Enquanto isso, a União Europeia está cada vez mais isolada, os seus cidadãos sofrem cada vez mais no bolso as consequências de uma guerra que está perdida. Portugal, que tem poucos ou nenhumas afinidades com a Ucrânia, tudo tem a perder com o apoio que lhe preste. A começar por África. Ficou o novel ministro dos Estrangeiros, Rangel, perplexo com o acordo São Tomé e Príncipe/Rússia. O Senhor Presidente da República disse que ia ler o tal acordo, como se o que Marcelo diz ou pensa fosse relevante para os países africanos de língua oficial portuguesa. A Guiné-Bissau, Angola e Moçambique afastam-se cada vez mais de Portugal e esse mercado gigante, no qual podíamos e devíamos ter uma presença significativa (língua comum, afinidades nos códigos jurídico-comerciais, afinidades culturais) muda-se de armas e bagagens para as esferas russa e chinesa. Não é nada de novo, se atentarmos ao que está a suceder a França nas suas ex-colónias, mas é um erro estratégico enorme. O Mesmo se passa com o Brasil, membro fundador dos BRICS cujo presidente não morre de amores por Zelenski; veremos o que sucederá nas parcerias estratégicas com a Embraer e outras. Recordo que o autor deste blogue, ainda há poucos dias publicou um vídeo em que menorizava a CPLP. Do meu ponto de vista e por parte de um diplomata experiente, foi um momento que revelou enorme falta de visão. Por último, regressando à Europa, uma eventual adesão à UE por parte da Ucrânia seria para nós, portugueses, uma catástrofe económica. Se a EU já se encontra centrada a Leste, essa adesão teria para a nossa capacidade negocial, já muito reduzida, efeitos dramáticos na alocação de recursos. Assim, QED, receber com honras e fanfarra Zelenski é, no patamar diplomático, outro erro crasso. (cont)
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Naturalmente, Portugal, sendo um estado vassalo dos EUA e apenas uma região periférica da UE, pouco pode fazer para se eximir do apoio ao regime ucraniano. No entanto, podia e devia fazer muito menos do que faz. Portugal deveria ter uma acção o mais discreta possível. Portugal não devia receber Zelenski ou, a recebê-lo, prometer o mínimo possível e prestar-lhe as mínimas honras protocolares. Mas não, como no caso da Cimeira da Guerra do Iraque, em que o mordomo Barroso se prestou a um papel asqueroso, ou como no caso do falar grosso de Augusto Santos Silva, ao reconhecer apressadamente a anedota Guaidó como presidente da Venezuela – colocando em causa e sabotando a relação privilegiada que tínhamos com esse país – vamos, mais uma vez, fazer o papel de bons alunos face a interesses que não são nem nunca foram os nossos. Pode dizer-se que, face às pressões e ingerências dos EUA, UE e de suas ong mediáticas, não poderíamos ser “discretos”. Parece-me que é falso, parece-me que, se até um ditador execrável, mas inteligente e astuto conseguiu navegar este pequeno jardim à beira mar plantado para longe dos horrores da II Guerra Mundial, seguramente que políticos e diplomatas democráticos, inteligentes e astutos também poderiam cumprir uma missão de muito menor significância. Infelizmente, conquanto muito democráticos possam ser, falta-lhes o resto.
Despropositada?! Até eu que não sou dado a endeusamentos não desperdiçaria a oportunidade de ver um dos poucos Heróis do nosso tempo, em carne e osso. Não podendo ser vejo-o ao menos em contacto com o nosso PR e com o nosso PM. Espero é que a nossa ajuda não seja pífia...
E eu que pensava que íamos doar à Ucrânia uns F-35, uns Patriot e outras coisas que tais. Vai-se ver e vamos enviar umas toneladas de sardinha Bom Petisco.
A importância é ele vir. É por isso que é importante e é por isso que há toda a excitação.
Nem é que seja simpatizante do PR ucraniano, mas quando leio coisas como o primeiro comentário - parece saído de blogs conhecidos de viúvos da ex-URSS - sou tentado a pensar que talvez Salazar não estivesse tão errado quanto isso quando pôs tais criaturas a meditar no Aljube e em Peniche anos a fio. Afinal de contas, eram contra uma ditadura mas se estivesse estado ao seu alcance tinham-nos enfiado noutra, como quase conseguiram em 1975. Não admira os 3% ou coisa que tal de votos.
Consta que um dia Edmundo Pedro foi à Roménia depois da queda de Ceausescu. Terá dito a alguns alunos, contextualizando, que no passado também tinha sido comunista. Uma aluna ter-lhe-á dito: foi comunista? Ainda devia ter estado preso mais tempo. Pelos vistos...não no caso de Edmundo Pedro, que tomou juízo e viu o que a casa gastava. Mas há quem continue a pôr velas aos santos soviéticos.
“The Beggar King” visita Lisboa. E assim cá temos o traste e corrupto do Zelensky a vir pedinchar apoio/cooperação militar (qual? Ridículo!), solidariedade e o que mais lhe viermos a oferecer.
O comentário do primeiro Leitor (anónimo) é interessante e oportuno. O “Die Welt”, em tempos, mesmo uns dias antes do início do conflito armado, já tinha mencionado as porcarias em que o “Zé Lenka” estava metido (ele e a mulher), mencionando essas aquisições de casas faustosas por esse Ocidente que agora o acolhe e acarinha (mas ignora os crimes de Israel na Palestina), dinheiros aos milhões em “Off-Shore”, etc. Vai acabar por ter um mau fim, mais dia menos dia. Ou, com sorte e alguma piedade das FA ucranianas (se forem elas a tirarem-lhe o tapete), ou russas, ainda acaba por ir viver nas Bahamas, regalado da vida, deixando a Ucrânia aos abutres.
É extraordinário o que faz uma propaganda bem montada e uma manipulação da informação bem oleada e insidiosa, dos “media”, aos diversos Poderes políticos. Com isso, conseguiu elevar-se Zelensky a uma espécie de Santo e Herói, a quem se deve solidariedade, respeito e por junto oferendas de muito dinheiro e armamento. Desprezível criatura.
a) P. Rufino
Repressão, censura, neoliberalismo ao estilo Pinochet…
Zelensky foi eleito por 73% dos eleitores prometendo paz, o resto do seu programa foi mais vago. No entanto, às vésperas da invasão, o seu índice de aprovação caiu para 31% porque ele havia seguido políticas profundamente impopulares.
Zelensky, le démocrate, assinou um decreto obrigando todos os canais ucranianos a transmitir um único programa, apresentando o único ponto de vista pró-governo sobre a guerra.
Alguns falam dum heroi...
Deviam questionar primeiro as razões que levaram Zelensky a embarcar na aventura do confronto directo com uma potência como a Rússia e, sobretudo, com o seu vizinho.
Não teria Zelensky sido basicamente levado à intransigência, abusado e até mesmo manipulado pelo Ocidente, especialmente pelos Estados Unidos?
O plano dos Estados Unidos não teria sido usar a Ucrânia numa guerra com a Rússia, onde, esperam eles, a Rússia ficaria atolada ao mesmo tempo que seria mortalmente atingida por sanções económicas sem precedentes.
Isto explicaria também a forma suspeita como os Estados Unidos repetiram, inicialmente, obviamente na direcção da Rússia, que não participariam nesta guerra. Mas para os cálculos, mesmo os mais maquiavélicos, a História reserva sempre surpresas.
No entanto, inicialmente a solução parecia simples e um resultado pacífico ao nosso alcance: a neutralidade da Ucrânia e a autonomia das regiões russófilas.
E impressionante a enorme desproporção entre os poucos ataques ao nacionalismo ucraniano que este compromisso poderia significar e o enorme custo pago hoje pelo povo ucraniano.
O amor pela Ucrânia, que o Presidente ucraniano proclama todos os dias, e que é claramente o sentido da sua vida, não teria exigido mais sentido de compromisso, mais sabedoria, mais sentido de responsabilidade, mais preocupação em poupar o sofrimento do povo ucraniano, em vez de do que envolver-se num confronto sangrento e aventureiro contra o seu poderoso vizinho russo, ao qual está ligado para a eternidade, pelo menos pela geografia.
Para mim, Zelensky que se deteriorou bastante: “de actor barato”, tornou-se um “fantoche, lacaio, traidor da sua pátria”, actualmente manipulado pelos seus mestres “ocidentais”.
Zelensky parece ter apostado tudo desde o início, e durante muito tempo, na intervenção da NATO e do poder económico e militar ocidental. Aparentemente, ele até levou uma grande parte dos ucranianos a esta crença.
Hoje, ele recusa a realidade de que são os ucranianos que devem lutar e mais ninguém.E este é o drama do povo ucraniano.
Um povo, quando a sua luta é justa, não tem necessidade de ser liderado no seu lugar. O Vietname, sobre o qual a força aérea dos Estados Unidos lançou mais bombas do que durante toda a Segunda Guerra Mundial e as mais horríveis armas químicas, não precisava que ninguém viesse e o libertasse.
O mesmo se aplica à Argélia, apesar dos horrores e crimes de guerra de um exército colonial de mais de meio milhão de soldados no final da guerra e do apoio da NATO.
O mesmo se aplica ao Afeganistão na sua luta contra a URSS, primeiro e depois, mais tarde, contra a coligação ocidental em torno dos Estados Unidos.
Joaquim de Freitas
Não teria Zelensky sido basicamente levado à intransigência, abusado e até mesmo manipulado pelo Ocidente, especialmente pelos Estados Unidos?
No seu recente livro La défaite de l'Occident, Emmanuel Todd levanta a suspeita de que muitos líderes europeus adotaram o ponto de vista dos EUA porque têm dinheiro pessoal depositado em offshores, os quais estão todos sob a proteção e vigilância dos EEUU. Segundo Todd sugere, esses líderes têm consciência de que, caso não sigam o guião americano, os EUA podem divulgar publicamente as formas tortuosas como eles depositaram milhões nas Bahamas ou nas Ilhas Virgens Britânicas, e esses líderes terminarão a sua vida ou na miséria ou na prisão.
Se Zelensky fôr, ele próprio, um desses líderes, é compreensível que também ele esteja a ter medo de desobedecer ao papel que os EUA lhe reservaram.
Joaquim de Freitas
Um povo, quando a sua luta é justa, não tem necessidade de ser liderado
Isso não é bem assim.
O povo precisa sempre de armas eficazes com as quais se defenda do, e ataque o seu opressor. E precisa de homens que o façam.
O Vietname dispunha de armas fornecidas pela URSS. O Afeganistão de armas fornecidas pelos EUA. A Argélia, provavelmente também as recebia do Bloco de Leste.
O problema da Ucrânia é duplo:
(1) O Ocidente não é capaz de produzir tantas e tão boas armas quanto a Rússia. Por mais dinheiro que o Ocidente dê à Ucrânia, não há no mercado armas suficientes para ela se poder defender eficazmente.
(2) A Ucrânia tem uma população muito inferior à da Rússia e, por isso, não tem suficientes soldados para lutar.
O contraste disto com as situações da Argélia, do Afeganistão e do Vietname é enorme.
Li o texto do Lúcio Ferro e acredito que o nome lhe foi assim outorgado por lapso manifesto: Lúcido Ferro é que seria então a sua devida graça. Ainda assim e por entre uma prosa que tinha tanto de lúcida (vinda de um Lúcido, poderia ela ser de outro modo?) como de elegante, anotei uma breve e quase inconsequente nota de discórdia: referir-se assim a uma voz como a H. F. Gouveia, não será mesmo um excesso de cavalheirismo? É que, sabe, como muito menos elegância do que aquela que o ilustre Lúcido Ferro (insisto em chamar-lhe assim, porque só assim se dá testemunho de essência, que não de meros rigores identitários) aqui testemunha, testemunhei eu junto do nosso amável anfitrião deste blogue, a minha, agora sistemática e recalcitrante tendência para a repugnância quando, razões fundadas, a isso conduzem, independentemente da sua fonte.
Luis Lavoura : Tem razão. Não me exprimi bem quando escrevi “Um povo, quando a sua luta é justa, não tem necessidade de ser liderado” . Não pensava nas armas, claro, apoio vital, mas na estratégia e na direcção da luta. Não vejo Võ Nguyên Giáp e ainda menos Ho Chi Minh, por exemplo, receber “instruções” sobre o que havia a fazer no terreno.
De acordo com os pontos 1 e 2. Mas eu pergunto a mim mesmo como é possível Zelensky e os seus mestres imaginar que poderiam levar a Rússia à beira do abismo, sem reacção violenta, com todas as armas que possuem. Qando Putin considera que no caso de ameaça “existencial”, … (Temos uma expressão francesa “à bon entendeur, salut”, que diz tudo!) …
Ao anónimo das 12.19.
Para além do seu anti-comunismo primário e aparentemente belicoso (fica a saber que eu nunca fui comunista),importa-se de concretizar de que maneira quando lê "coisas como o primeiro comentário - parece saído de blogs conhecidos de viúvos da ex-URSS - sou tentado a pensar que talvez Salazar não estivesse tão errado quanto isso"? Concretize, explique, porque se é só para achincalhar por achincalhar mais valia o caro anónimo não ter escrito nada.
Ainda corre o risco de ser acusado de russofilia, senhor embaixador...
O texto do Sr. Lúcio Ferro merece ser lido e não serão críticas primárias que nos devem afastar, aliás quanto mais primárias as críticas mais depressa eu vou ler os textos.
Portanto calma.
Um Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) revelou os Panama Papers em 4 de abril de 2016.
A partir daí, como sempre nestes casos, houve quem esfregasse as mãos de contente porque o vizinho estava lixado e houve quem se borrasse todo porque era o tal vizinho.
O facto é que, também como de costume, o assunto foi morrendo, mas não tão depressa que quem se interessasse pelo assunto não tivesse podido constituir uma pasta com a informação que considerasse relevante.
Não uma pasta com as ligações para os artigos que iam saindo por todo o mundo (no ICIJ estavam 190 jornalistas de 65 países), porque os artigos desaparecem com frequência numa espécie de “direito ao esquecimento” por vezes forçado, mas uma pasta com o copiar/colar de de artigos publicados.
Assim torna-se evidente que enquanto umas pessoas lêem ”A Bola”, outras lêem os Panama Papers, entre os dois estes últimos são decerto mais instrutivos.
E entre os vários jornais mais activos estiveram alguns que no fim de 2021, 4 meses antes do início da guerra, não punham as mãos no fogo por ninguém e não o escondiam, situação que entretanto se alterou, como era de esperar.
Como no fim de cada artigo de que fiz copiar/colar deixei a ligação respectiva, dei agora uma volta rápida, uns desapareceram e outros não, o que esperava menos encontrar porque vinha de onde vinha ainda lá está (!).
E por aqui me fico.
PS- Como já não tínhamos consultas desde ontem e hoje tínhamos outra, o que me interessou hoje foi não ficar atascado em algum corte de transito por causa da comitiva.
A Luis Lavoura , que escreve: "Se Zelensky fôr, ele próprio, um desses líderes, é compreensível que também ele esteja a ter medo de desobedecer ao papel que os EUA lhe reservaram."
Exactamente! «Em Abril de 2019, Zelensky, recém-eleito presidente imediatamente fornece deveres governamentais para os membros da sua empresa, Kvartal 95.
Ivan Bakanov, já o CEO da empresa, torna-se o chefe dos Serviços Secretos, enquanto o vice-diretor Serhiy Shefir torna-se o porta-voz oficial do presidente.
O oligarca Igor Kolomoysky, padrinho e financiador de Zelensky, tem fortes interesses econômicos no Donbass, razão pela qual o seu exército privado de organizações neonazistas, em parte dentro do exército ucraniano, exterminou desde 2015 cerca de 16.000 dos russofones no silêncio da comunidade internacional.
Esta é também a razão pela qual Zelensky nas conversações de paz recusa os pedidos russos de reconhecimento das Repúblicas Popular de Donbass e está disposto a continuar a guerra por qualquer meio, tentando de todas as formas envolver a OTAN e estendê-la ao resto da Europa .
Segundo a Pandora Papers e relatado pelo "The Guardian" em 3 de Outubro de 2021, Zelensky detém acções em três empresas offshore, tem ligações com vários oligarcas dos quais recebe financiamento ilegal e receitas bilionárias e está directamente envolvido numa ronda de armas e dinheiro em neonazistas.
À luz disto e do seu interesse declarado em colocar a Ucrânia na OTAN, colocando bases de mísseis americanas ao longo da fronteira russa, invocando a zona de exclusão aérea e o uso de bombas nucleares, faz-me pensar se o presidente ucraniano é o herói que os meios de comunicação de massa europeus estão representando.
E se os políticos e os meios de comunicação ocidentais realmente percebem o monte de negócios e corrupção que estão a apoiar este tipo vergonhoso e o quanto nos colocam em risco ao cedermos aos delírios de guerra desta desequilibrado. "»
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