sábado, agosto 12, 2023

A guerra

Num dos finais possíveis desta guerra, a Ucrânia poderá vir a confrontar-se com o imperativo de se vergar a uma solução de compromisso, justa ou injusta, que talvez pudesse ter aceite, já há muitos meses, sem a perda de dezenas de milhares de cidadãos e uma cruel devastação.

32 comentários:

Anónimo disse...

Dezenas de milhares de cidadãos?! Os números neste momento já apontam para 300 mil militares ucranianos mortos e isto é uma estimativa por baixo... Pois há quem fale em 500 mil...

Anónimo disse...

Concordo.
Parece-me óbvio que a Ucrânia nunca poderá aderir à NATO. Enquanto não houver garantia disso a guerra não acaba ou só acaba quando a Ucrânia estiver tão destruída que nem com a apoio dos belicistas conseguirá continuar. E neste caso continuará a não ser membro da NATO.
Zeca

balio disse...

Exatamente.
E será isso mesmo que vai acontecer.

Anónimo disse...

Sem ironia: não faço ideia do que possa ser uma "paz justa".

MRocha

manuel campos disse...


Está aqui algo de evidente mas não de fácil aceitação pelos "guerreiros de sofá", os que cabeceiam em frente à televisão enquanto assistem às imagens de outros a sofrer e a morrer.
E depois, quando estão mais espevitados, lá se agarram furiosamente ao teclado antes de irem dormir a sesta ou passar mais uma noite do sono dos justos, pois já assumiram claramente na web as suas posições pró ou contra, a consciência acham eles que limpa.

Estive esta semana a acabar de ler o livro "Podia ter sido pior", escritos de 1953-2020 de José Cutileiro, que tinha em tempos interrompido por estar num período de mais difícil concentração, a nossa vida nem sempre são rosas.
Faltava-me toda a parte do "O mundo dos outros" em diante.

É muitíssimo interessante a leitura que ele faz de acontecimentos e factos ali entre 2005 e 2020, pois muito do que lá está podia ter sido escrito hoje com pequenas alterações nos intérpretes e em algumas situações que entretanto foram resolvidas, mais pelo tempo do que pelas pessoas (o que se começa a assemelhar com aquilo a que assistimos).

Há ali um ponto que me marcou, quando ele falava, a propósito das guerras da altura, que já eram muitas e não muito diferentes (anda por aí muita memória curta, se anda!) que não via como é que sociedades democráticas e, de um modo geral, anti belicistas pois em paz há 70 anos (o que nunca tinha acontecido na Europa, onde todos andaram sempre a guerrear todos) iam alguma vez aceitar que os seus filhos e as suas filhas fossem morrer longe em pleno século XXI, independentemente da justiça para uns e injustiça para outros da sua natureza.

As pessoas não acreditam que isso alguma vez aconteça, portanto nunca interiorizaram essa possibilidade, mas não deixa de ser uma possibilidade pois pela 1ª vez em mais de 100 anos os EUA não vão pôr tropas no terreno (já o declararam formalmente, o povo de lá nunca o aceitaria hoje, nenhum presidente se atreveria).

E eu ainda me lembro das situações vividas por cá quando do envio de militares VOLUNTÁRIOS e em MISSÕES DE PAZ (vai em maiusculas de propósito).


Unknown disse...

Era o que faltava, Sr. Embaixador! Mais vale morrer do que perder a honra, é o que eles pensarão. E eu apoio.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Vi-o na CNN a explicar esta ideia e faz todo o sentido.

Carlos Antunes disse...

Caro Embaixador
A minha dúvida é qual seria a solução de compromisso que a Ucrânia podia ter aceite há meses atrás sem a perda de dezenas de milhares de cidadãos e uma cruel devastação?

J. Carvalho disse...

Concordo com o que diz. Contudo, anoto que não deixa de ser curioso ver como alguns comentadores da guerra começam a admitir, de mansinho, que estará a chegar o momento para a Ucrânia negociar… O que lhes escapa é que, provavelmente, o fará em piores condições do que as que decorreriam da aplicação do Acordo de Minsk (I e II), e com perdas irreparáveis.
O ponto positivo, não revelado, desta guerra é que os países da NATO se fortaleceram; a NATO ampliou o seu território; os países da UE passarão a afectar maiores dotações para as despesas militares; os países (e empresas) fornecedores de equipamento militar (de toda a natureza) terão um auspicioso futuro.
A questão que sobra é saber o que se seguirá. A oferta está em progressão. Importa criar a procura capaz de absorver tantos recursos bélicos.

vr disse...

Mesmo que o final venha a ser esse - como é provável que tenha de ser - não decorre daí que a resistência tenha sido em vão. Desde logo, porque uma cedência numa fase anterior da guerra poderia ser apenas uma trégua antes de a Rússia, daqui a um, a cinco ou a vinte anos, se lançar na conquista de pedaços adicionais da Ucrânia. Depois dos pesadíssimos custos que também sofreu, é muito menos provável que nas próximas décadas a Rússia se lance nessa aventura. Em segundo lugar porque, com a sua resistência, a Ucrânia comprometeu o Ocidente com o seu futuro. Na NATO, na UE, ou de outra forma qualquer, dificilmente poderemos deixar de nos responsabilizar pelo que ali se vai passar. Finalmente, porque a guerra criou certamente um sentimento muito reforçado de unidade e orgulho nacional. Vale isto as vidas que se perderam? Não sei dizer mas talvez valha.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

A Guerra é expressão mais tremenda da incapacidade em conviver com os seus semelhantes, é a posição esquizo-paranoide em ação dominada pelas emoções primárias negativas ANGER e FEAR (usando a nomenclatura de Panksepp), portanto os ganhos da gauerra são sempre ilusórios e nunca por nunca valem mais que a perda de vidas, uma que seja.

Francisco F disse...

Se há guerreiros de sofá, também há os pacifistas de sofá. Os pacifistas de sofá dão-se ao luxo de sentenciar nações, redesenhar mapas e decidir das vidas dos outros ao sabor dos seus inabaláveis princípios morais aplicados com a frieza de quem está refastelado no sofá gozando o conforto de casa e acha que "invasão" é quando alguém salta para um relvado para sacar uma foto com o jogador preferido.

Os pacifistas de sofá são perfeitos: sabem sempre o que é melhor para os outros e possuem a superioridade moral daqueles que nunca tendo tido que lutar - literalmente -, por nada, acham que quem é obrigado a fazê-lo é um selvagem a precisar de ser educado.

Os pacifistas de sofá, que nunca foram vítimas de violência extrema, que não concebem o que se passa na cabeça de quem acaba de ver os bens destruídos, a filha violada e o filho espancado até à morte e, para além disso ainda é obrigado a obedecer a uns animais que lhe entram casa adentro com armas apontadas exigindo fidelidade a um Estado estrangeiro - esses, os pacifistas -, não podem compreender o impulso básico, primário mas também nobre, de resistir, de dar luta, de não se render.

Os pacifistas de sofá guardam a sua combatividade para partilhas, reuniões de condomínio e discussões de trânsito. Aí, é vê-los erguerem-se que nem heróis prontos a levar tudo à frente para fazerem valer a sua razão, que homem que é homem não se deixa ficar.

No fim do dia, todos têm jantar e uma cama onde se deitar. Os guerreiros podem finalmente descansar que a vida é muito difícil. Há quem diga que é uma verdadeira guerra...

manuel campos disse...


Não sei bem a que propósito mas veio-me agora à lembrança que, ao longo de toda a minha vida, as pessoas que mais se gabavam de que faziam e aconteciam eram sempre as primeiras a meter o rabinho entre as pernas quando dava para o torto, nunca falhou.
É o "agarrem-me que senão eu mato-o" que nunca mata e nunca é agarrado.

Lá temos sempre o Bernard Henri-Lévy e o seu famoso "ide" em vez do "vamos".

J Carvalho disse...

"sentenciar nações, redesenhar mapas"é a especialidade do velho continente. Exemplo: África.

JA disse...

Só agora é que lhe ocorreu tal, sr. embaixador? A partir de agora, espera-se coerência nos seus comentários nos meios de comunicação em que opina!

Francisco Seixas da Costa disse...

JA. Desafio-o a descobrir, em alguma coisa que eu disse ou escrevi desde o início desta guerra, algo que não "rime" com isto.

manuel campos disse...


E agora lembrei-me de outra situação curiosa.
Não vou alongar-me sobre temas de que já aqui falei, mas quem os tenha acompanhado e se lembre sabe que o que eu dizia a 24 de Abril de 1974 continuei a dizer a 26 de Abril de 1974, tendo alegremente passado de um perigoso comunista para um não menos perigoso fascista na boca exactamente das mesmas pessoas.

É também a isso que iremos assistindo a pouco e pouco, às pessoas que irão mudando de lado e, nunca o querendo admitir, irão acusando os que ficaram no mesmo sítio de serem eles a ter mudado de lado.
Sempre foi assim.

balio disse...

MRocha,
uma paz justa é um tratado de paz que enderece, de forma equilibrada, todas as razões e reivindicações de ambos contendores, satisfazendo parcialmente algumas de cada um deles.

balio disse...

Francisco, acredito ser um facto que Você nunca se tenha contradito sobre esta guerra. Mas é também um facto que, ao voltar agora a falar sobre negociações, está (o Francisco) a "rimar" com a muito recente perceção ocidental de que afinal elas provavelmente virão a ser necessárias, em face do cada vez mais evidente descalabro da tão celebrada "contraofensiva" ucraniana, e da inoperância e/ou limitações das ajudas à Ucrânia e das sanções a Rússia.
Volta-se agora a falar de algo de que nunca se deveria ter deixado de falar. E isto aplica-se também ao Francisco.

Carlos Antunes disse...

Francisco F
Gostei muito dessa malha aos “pacifistas do sofá”!
A solução que lhes proponho, é uma viagem de férias à Ucrânia onde poderão relaxar, descontrair e renovar o seu amor pela “paz russa”, assistindo ao vivo e não nos sofás pelas TV´s, à mortandade do corajoso e heroico povo ucraniano.
Vamos, coragem!

manuel campos disse...


Carlos Antunes

Bem desnecessária, de péssimo gosto e potencialmente muito injusta para muitos que por aqui andam o "empurrar" que faz da "paz russa", que ninguém aqui exige, para cima de quem nunca a defendeu só porque não defendem a "mortandade do corajoso e heroico povo ucraniano" que tanto o entusiasma.

A mim não me entusiasma mesmo nada, querer construir a paz devia ser um desiderato de todos, toda a morte adicional é uma morte a mais para mim, para si não sei e prefiro nem saber.
Afinal aconselha os outros a irem para a Ucrânia porque os alcunha a eito de "pacifistas de sofá" e V., que não se considera aparentemente "guerreiro de sofá", não se propõe também ir.

O que é que o Carlos Antunes e aquele outro senhor comentador que veio para aqui com as partilhas, as reuniões de condomínio e as tricas de trânsito, sabem da vida dos outros?
Em que guerras estiveram?
Quantos conhecidos nelas morreram?
Quantas viúvas e filhos órfãos viram sofrer?
Pelos vistos nada nem nenhum, zero, só conversa.
Tenham juízo!

JA disse...

A "rima" é uma coisa complicada, como os poetas bem sabem. Veja bem, em 11.05.2022, escrevia no jornal Expresso o seguinte:

"O mundo que Vladimir Putin conhece é o da força. Ora o ocidente tem hoje, nas suas mãos, dois instrumentos negociais que podem ser decisivos para qualquer compromisso: a sua capacidade e determinação em poder continuar a armar a Ucrânia, colocando-a em condições de ir “empatando”...". É verdade que nesse artigo defendia uma solução negociada para a guerra, num título bem sugestivo: "Ucrânia - é imperioso sair da caixa"!, Sem dúvida que destoava da opinião imposta oficialmente na comunicação social. Contudo, é notório que continuava a alinhar com a maioria, na necessidade de armar a Ucrânia, mesmo percebendo já que isso só poderia levar a maus caminhos... Nessa altura o senhor embaixador falava sobre o modo como se podia ir "empatando" a guerra, bem sabendo que tal estratégia levaria ao sacrifício de mais e mais pessoas! Para ajudar ao argumento e alinhar na retórica "permitida" até falava na "maldade" do Putin. Estávamos no tempo, sabe-se hoje melhor, em que a Ucrânia até pretendia negociar e terá sido impedida pelos EUA! E é precisamente aqui que a "rima" se complica". Aí, o mundo precisava de maior objectividade e da coragem de todos aqueles que, como V. Exa, sabem bem com que linhas se cosem as relações internacionais e os interesses das grandes potências.

Carlos Antunes disse...

Manuel Campos
Juízo tenha você.
Pode-se sempre argumentar sem recorrer ao insulto, e obviamente que não lhe reconheço qualquer legitimidade para me dar lições sobre o “meu juízo”. Era o que faltava!
Se ainda não compreendeu, quem tem legitimidade para decidir pela guerra ou pela paz é o Estado soberano da Ucrânia - ou seja a soberania de um Estado não pode sofrer qualquer subordinação por vontade de outros Estados, ainda que pelo recurso à guerra, mas pode sempre autolimitar a sua própria soberania - pelo que só o poder soberano e legitimo do presidente Zelensk está em condições de estabelecer os termos para a paz com a Rússia, e não os “especialistas/pacifistas de sofá” deste blog, por mais que o tentem.

Lúcio Ferro disse...

Senhor Carlos Antunes, o senhor é que insulta a inteligência alhia. Fique a saber que o senhor zelensky não passa dum corrupto, um criminoso, que vai ser corrido muito em breve ou então a ww3, a soldo de outro, chamado biden, cujo filho, um tal de hunter, lucrou dezenas de milhões de dólares com os negócios da ucrânia. É incrível como possa ser tão cegueta.

manuel campos disse...


Carlos Antunes

Estamos quites, eu insultei-o (!) e você devolveu-me o insulto igualzinho(!).
Insulto terrível e medonho, coisa nunca ouvida a ninguém, susceptível de afectar as almas mais sensíveis, mas mesmo assim e pela minha parte estamos quites.
E acho mito bem que não me reconheça qualquer legitimidade para lhe dar lições sobre o “seu juízo”.
Je dirais même plus: Era o que faltava!

Mas vamos ao resto.
Se ainda não compreendeu que eu já compreendi, então compreendeu pouco.
Eu não tenho qualquer dúvida de quem atacou e quem foi atacado, quem merece apoio e quem merece castigo, nunca o escondi por aqui, mas não adianta ter dúvidas quando não se segue rigorosamente a cassette dos que só têm certezas.

A frase "...- ou seja a soberania de um Estado não pode sofrer qualquer subordinação por vontade de outros Estados, ainda que pelo recurso à guerra, mas pode sempre autolimitar a sua própria soberania - ..." em que apoia toda a sua intervenção não é novidade nenhuma, já eu a conhecia bem, aliás está no Lexionário do Diário da República (vide "Estado Soberano") com pequeníssimas nuances.

Não serão de certeza os “especialistas/pacifistas de sofá” deste blog, por mais que o tentem, que irão resolver a terrível situação de sofrimento e morte que o povo ucraniano sofre.
Mas também não serão os “especialistas/guerreiros de sofá” deste blog, por mais que o tentem, que irão resolver essa mesma situação.
E se os "pacifistas" são gente imprestável porque não saem do sofá acontece que fico sem saber o que são os "guerreiros" dado que também não saem do sofá.
Com uma diferença (e grande), uns querem que alguém pense num travão, outros insistem em que se use o acelerador.
Não é ninguém da família deles que está a morrer e a sofrer nesta guerra.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Manuel Campos,

Essa metáfora do acelerador e do travão faz-me lembrar um "conselho" da Escola de Condução onde tirei a carta que vinha na capa do "livro do Código": "A prudência criou o travão, enquanto o orgulho criou o acelerador. Seja pudente!". Prudência que me parece avisadíssima nesta questão, como cabalmente explicou, mas para as luminárias cujo raciocínio está em "autoreverse", defender esta ideia é sinónimo de putinismo amoral, sedento da capitulação da Ucrânia.

manuel campos disse...


Francisco de Sousa Rodrigues

Muito bom esse conselho da sua Escola de Condução.
E sempre muito oportuno, seja em que situação da vida fôr.

Mas é o mundo que temos e que Umberto Eco bem definiu.
A imagem do "autoreverse" também é muito feliz.

As adjectivações aqui pela net, onde todos somos "anónimos" ainda que nenhum o seja, definem o carácter de quem as faz, não de quem as recebe.
Isso ajuda-nos a saber com o que podemos contar das pessoas.

Só que temos no blogue uma dúzia de comentadores assíduos, que já topamos e eles a nós, mas lá fora entre 1500 e 2500 leitores diários, tem dias e épocas e esses são um mundo.

Há dias um conhecido meu que vem aqui dizia-me "eu acho que nós conhecemos o (nome)" e, pelo sim pelo não, deixei de contar histórias da época em que convivi com esse mesmo, se for ele pode-se sentir retratado e não é pessoa com grande sentido de humor.


Anónimo disse...

Extraordinário haver gente apoiante desse traste e corrupto do Zelensky. Mas, há e não são poucas!
P.Rufino

Carlos Antunes disse...

Quo usque tandem abutere, Manuel Campos, patientia nostra?
Já não tenho idade para aturar as suas pretensas lições de moral … Era só o que faltava - já dizia um dia, a orgulhosa D. Berta, a D. (Camilo Castelo Branco “Contos e Textos”)

manuel campos disse...


Carlos Antunes

E V. a dar-lhe!
Mas quais lições de moral?

Mas pronto, quer ter a última palavra e levar a bicicleta, pois deixo-lhe a última palavra e a bicicleta.

PS- Ainda por cima não me chamo Catilina.


Anónimo disse...

Complicado. Qualquer coisa como: "Peace in our time" pois o Sr. Hitler, perdão, o Sr. Putin de seguida vai ficar satisfeito e manda os seus soldados para casa, os navios de guerra para os estaleiros para serem convertidos em Cruzeiros, os aviões de combate são metal para fazer janelas e os foguetes intercontinentais servem para levar uns bilionários de visita à Lua.

Unknown disse...

E depois, Sr. Embaixador, e se tal acontecer, o que é que isso quer dizer, que a imprevidente Ucrânia se devia ter rendido?
E se for ao contrário, se a Rússia for obrigada a solução de compromisso com a Ucrânia, que talvez pudesse ter aceite, sem a perda de milhares de vidas, de brutais prejuízos financeiros de vergonhoso opróbrio? Terá ganho alguma coisa?
É um comentário que, s.o.d.r, não resolve nada. A luta era inevitável: entre a megalomania do Putin e o desejo de liberdade dos ucrânianos. E vai continuar a ser dura, porque, felizmente, o "imperialismo americano" ainda está para defender a liberdade. A diplomacia ainda vai ter de esperar.

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