É miserável a demagógica campanha em curso contra o cardeal Manuel Clemente, que não pediu para ter o seu nome numa ponte e que é uma pessoa honrada e respeitável. Lamento muito os silêncios comprometidos de quem tinha obrigação de já se ter pronunciado sobre isto. Não vale tudo!
30 comentários:
Não pediu mas também não recusou e já agradeceu "a lembrança". Tanta coisa com a humildade, a igualdade, o ser-se um mero servo de deus, etc. mas, quando toca a honrarias nunca dizem que não.
Entretanto, também querem que "Papa Francisco" seja o nome dado ao Parque Tejo.
E Francisco Seixas da Costa acha tudo isto bem. A mesma pessoa que zurziu na renomeação do aeroporto do Funchal para "Cristiano Ronaldo".
Afinal em que ficamos? Não se pode homenagear um futebolista que leva o nome do país a todo o mundo ao mais alto nível mas pode-se homenagear padres com nome de pontes, parques... o que vier?
Qual é, exatamente, o critério?
Qual é o critério? É deus nosso senhor que manda?
E quem é que deveria falar e não fala? Na minha freguesia havia muitas "pontes" a atravessar ribeiras e riachos e nenhuma tinha nome. Não me lembro de terem dado qualquer polémica.
É o "reverso" do êxito das JMJ.
O português manso deu lugar ao português mesquinho que tem em si, por as coisas terem corrido tão bem saíram da toca na primeira oportunidade, que lhes caíu do céu (!) muito mais cedo do que esperavam.
E quem tinha obrigação de já se ter pronunciado já ganhou o que tinha a ganhar com as jornadas, tenha tido muito ou pouco mérito.
Agora fica quietinho com medo de perder esses pontos, o habitual entre nós.
Não me espanta nada que se dêem nomes a pontes e ruas de figuras da Igreja. Não sou crente mas sei que um imenso número de portugueses é católico ou, pelo menos, intitula-se como sendo. O Estado ser laico não significa que persiga ou simplesmente ignore o fenómeno religioso. Caso contrário estará em dissonância com o povo. Como já há inúmeros muçulmanos também aceitaria de bom grado que uma avenida tivesse um nome associado ao islamismo.
Quanto a aeroportos com nomes de futebolistas não me agrada tanto. Dou menos valor ao desporto, talvez erradamente. Admito mesmo que não tenho razão mas quanto às minhas emoções não adiro tanto. Apenas admito racionalmente. As emoções não estão sob o meu comando total.
E dou muito pouco valor aos abaixo assinados que hoje se fazem pela internet. Sou do tempo (e colaborei nisso) em que recolher assinaturas dava muito trabalho e corriam-se riscos (no mínimo de perder o emprego como me aconteceu, obrigando à emigração). É muito fácil recolher muitas assinaturas a favor de cães e gatos. E se alguém se lembrar de começar um abaixo assinado a favor do nome Clemente para a ponte também consegue muitas assinaturas.
Zeca
É claro que o nome escolhido só irá ser usado o "petit nom" ou seja a Ponte Cardeal. E por que não "Ponte da Juventude". A Assembleia da República agora vai decidir. Veremos.
Bem, as tretas que se inventam "in one night".
Mais uma palhaçada para entreter a parolada do burgo.
Finalmente o cardeal fez aquilo que devia e pediu para não porem o seu nome à ponte. Oxalá lhe acedam ao pedido.
Em geral, não se deve dar o nome de pessoas ainda vivas a ruas, pontes, etc. Carlos Moedas deveria saber isso.
Em Portugal, um Estado laico, é normal dar-se o nome de uma ponte a um religioso que elevou o nome deste país a.... nem me lembro a quê!!!
Apenas recordo a sua posição no abuso dps religiosos às crianças e o seu comentario "eram apenas umas caricias..."
Exatíssimamente, Zeca!
Qualificar como "miserável e demagógica" a campanha - que existe de facto - contra a designação do nome do Cardeal Clemente para a ponte sobre o Trancão, parece-me excessiva. No mínimo, o Cardeal errou por omissão no caso dos abusos sexuais dos sacerdotes. Mas talvez não tenha errado apenas por omissão.
A advogada Carmo Afonso publicou hoje no PÚBLICO um artigo que, provavelmente, o senhor embaixador já leu, e que partilho parcialmente, onde deixa bastante tremida a imagem do Cardeal.
Escreve Carmo Afonso:
"Manuel Clemente é um nome ligado ao encobrimento dos casos de abuso sexual por parte de padres da Igreja. Esta ligação foi amplamente noticiada na Comunicação Social e chegou a ser relatado que a atuação do cardeal contrariou as próprias normas internas da Igreja Católica ao não comunicar um caso às autoridades civis e tendo deixado o alegado abusador continuar em funções."
Não batam mais no ceguinho. O Manuel Clemente, apesar do que já foi dito, é um homem impoluto (conheço-o desde a juventude), um intelectual e muito boa pessoa. A ideia do seu nome à ponte, foi, do meu ponto de vista precipitada e populista, com o balanço, da JMJ, cujo ator esteve em todas e sempre atrás de quem lhe garantia o lugar da frente. Claro que o MC, ao saber da intenção, agradeceu, como seria normal, mas também após saber da petição, iniciada pela menina dos cartazes, pediu escusa, e fez bem. Ele não precisa disso para nada.
Um muito bom comentário do Zeca.
E outro excelente comentário do Tony.
É cansativo aturar as pessoas que falam por ouvir dizer e nunca por nunca têm testemunhos pessoais.
Falam (mal) sobre todos e não conhecem (bem) ninguém.
A Portuguesada sempre a reunir assinaturas para aquilo que não interessa nada! Por isso é que havemos de ter sempre esta vidinha medíocre...
O que é que vale uma ponte de pau, sobre um rio que cheira mal, para lhe gravarem o nome de um Cardeal que esteve em função tão distinta, na Igreja Católica, e ao serviço de Portugal?! Fez ele muito bem não aceitar. Bem feito!
Ai de quem me gravasse lá o meu nome...
Sr. Manuel Campos,
Ia responder-lhe como o senhor merecia que o fizesse. Mas para o fazer iria ocupar mais espaço do que o que o senhor costuma ocupar com os seus vaidosos relambórios.
Na sua idade talvez já não precise de conselhos - se é que alguém tão dotado como o senhor alguma vez precisou - mas vou ousar dar-lhe, não um conselho, mas uma modesta sugestão: Vá chatear o Camões!
Pois bem: será que antes de se ter decidido dar o nome não fizeram um contacto com o "homenageado" a perguntar-lhe se , caso fosse aprovada a proposta, ele a aceitaria?
(Se a câmara de Lisboa, capital do meu país, não fez isso, então não prestam para a gerir os que lá estão]
Agora , depois da polémica levantada, o homem veio dizer que não aceita tal honraria...
Sou suspeito: ouvi um dia, há anos, na televisão, o senhor Manuel Clemente, formado em História e seguramente muito conhecedor da História da Igreja, afirmar que a igreja a que pertence sempre foi contra a escravatura; ora, ele bem sabe, e sabia, que durante séculos, enquanto a sociedade permitiu isso, os padres e dignitários e instituições da sua igreja tinham escravos ao seu serviço e os vendiam quando lhes interessava.
Ponham à ponte o nome de "da Juventude", pois que isso bem merece ser saudado...
MB
Sr. Carlos Fonseca
Muito agradeço as suas amáveis palavras ainda que ache que exagerou nos elogios que teve o cuidado de aqui deixar relativamente aos meus relambórios.
Vê-se que é uma pessoa educada e de fino trato, como já há poucas.
Pois faz mal em não me responder como eu mereço, bastante o lamento, pois era a única maneira de eu saber o que é que mereço e porquê.
Talvez não tenha reparado (acontece aos melhores) que é frequente eu gozar comigo próprio, o que não deixa de ser estranho vindo de um vaidoso super-dotado como é o meu caso.
Mas como só tenho 77 anos acho sempre útil receber conselhos, aprende-se sempre qualquer coisa.
Permitirá no entanto a indelicadeza de lhe apresentar algumas questões.
- Eu fiz-lhe alguma pergunta?
- Eu referi-me a si alguma vez?
- Quando alguém diz alguma coisa de forma genérica o Sr. Carlos Fonseca acha por princípio que lhe é especificamente dirigida no intuito de o chatear?
Sabe o que eu lhe digo, nem vou chatear o Camões como gentilmente me sugeriu nem o vou chatear a si, ainda que me pareça que já devia andar há uns tempos para me chatear e exclamou "É agora ou nunca!".
Faça-me no entanto um grande favor, se me é permitida a ousadia deste pedido.
Não me leia, salte à frente, faça de conta que eu morri (força de expressão, não tenho intenção de lhe dar essa alegria).
Na última semana vieram aqui 2369 visitantes dia 7, 1699 dia 8, 2192 dia 9,
2384 dia 10, 2416 dia 11, 1643 dia 12 e 2802 dia 13.
Se 1% destas pessoas gostarem de ler os vaidosos relambórios de alguém tão dotado como eu já me contentarei, poderei assim esconder a mágoa de saber que o Sr. Carlos Fonseca preferia que eu fosse chatear o Camões.
Sou leitor deste blogue desde sempre.
Quando aqui cheguei como comentador, há pouco mais de um ano, "queixei-me" de que havia pouco diálogo entre os comentadores pois sempre considerei que, para além do interesse (ou falta dele) dos comentários de cada um, um diálogo entre os "mais conversadores" podia ser útil a todos, todos somos ignorantes ainda que em assuntos diferentes.
Hoje estou particularmente contente, os deuses ouviram-me, diálogo não me começa a faltar e, mais ainda, precisamente o tipo de diálogo de que eu gosto, atento á diversidade de opiniões e esclarecedor.
É isso em especial: esclarecedor.
O mais importante neste post é perceber que Seixas da Costa manifesta para com os supostos "anticlericais" uma acrimónia e agressividade que não se lhe vê ter com os putinistas. Aliás, faz sempre questão de reiteradamente defender o direito e a necessidade destes últimos expressarem as suas opiniões.
Aparentemente, exigir bom senso na toponímia é pior do que elogiar ditadores e justificar invasões de países.
Anote-se.
@Carlos Fonseca, associo-me ao seu "conselho". Já farta, realmente.
Manuel Clemente encobriu durante bastante tempo a práctica de crimes de Pedofilia e só a pressão publica, com a cobertura da imprensa democrática que temos (desde o Expresso ao Observador, para só dar estes exemplos) o fez recuar e admitir a existência e práctica desses crimes. Num caso, apesar da denúncia da práctica desses crimes por um determinado padre, Clemente não só manteve o eclesiástico em funções, como não o denunciou às autoridades policiais e judiciais, como lhe competia, nos termos da Legislação Penal em vigor.
Clemente contou ainda, apesar daqueles seus comportamentos condenáveis, com a censura que a CM de Lisboa, por ordem de Moedas, que ocultou comentários sobre abusos sexuais na Igreja e bloqueou seguidores no Twitter. Como a pressão pública fosse elevada, a CM de Lisboa, a maior parte dos comentários ocultados (censurados) voltou a ficar visível.
Esteve mal a CM de Lisboa e o seu principal responsável, Carlos Moedas, mas esteve e está ainda muito pior Manuel Clemente. Por conseguinte, o Cardeal, agora retirado, não é “uma pessoa honrada e responsável”, muito pelo contrário. E a campanha contra ele não é “nem demagógica, nem miserável”. É correcta e justifica-se. Ninguém, num Estado de Direito e Democrático, está, ou deve estar, acima da Lei. Como deveria ser o caso de Manuel Clemente.
O Polígrafo/Expresso publicou um excelente artigo sobre este assunto, para ajudar a "refrescar as memórias esquecidas, ou demasiado tolerantes”, perante os comportamentos atrás descritos. Encobrir um crime, sobretudo com uma moldura penal severa e no caso da Pedofilia particularmente chocante, constituiu um crime punido pelo Código Penal em vigor.
Nesse sentido, por mim tenho zero consideração por Manuel Clemente.
P.Rufino
Ao Senhor Francisco F
" faz sempre questão de reiteradamente defender o direito e a necessidade destes últimos expressarem as suas opiniões."
Acha que não, que estes não devem poder dizer o que pensam? E os que defendem Zelensky e a NATO? Podem falar à vontade? Pode falar-se do Donbass?
Parece-me um bocadinho exagerado chamar putinista a quem não diz que a Ucrânia não vai ganhar a guerra. Apesar de ser óbvio que não vai mesmo ganhar. É quase certo que para ganhar as tropas da NATO têm que pisar o terreno. Mas isso é um risco terrível. Isto pode dizer-se?
Zeca
Faço parte dos que lêem com prazer as contribuições de Manuel Campos que, na minha modesta opinião, vieram elevar de maneira notória a qualidade desta caixa de comentários. Aprecio também a extrema correção com que se dirige aos outros participantes, concorde ou não com eles.
O Sr. Francisco F., que à mistura com diatribes variadas está quase na fase de tratar por tu o nosso anfitrião, tudo isto em casa dele, proporciona-me a dose diária de boa disposição que a todos nós faz falta.
Bem haja.
PS- Diatribe: teor acusatório ou crítico contra algo ou alguém.
Anote-se.
Caro Sr. Carlos Cardoso
Muito agradeço o que veio aqui dizer e quando o veio aqui dizer.
Os tempos estão difíceis para quem tenta não os ver a preto e branco, o período da pandemia não ajudou nada, as pessoas isolaram-se, as posições extremaram-se e assim ficaram e vão continuar, o “quem não é por mim é contra mim” afinal não era tão salazarento como se imaginava, está aí bem sólido pelas mãos dos que o diziam abominar.
Como já aqui contei tenho uma estranha - para os tempos que correm - noção da democracia, que pouco passa pela discussão da política real e muito pelo diálogo construtivo e sério do dia-a-dia, mesmo que (e muito em especial se) não estivermos em acordo com quase nada, quanto menos concordarmos mais podemos aprender, pelo menos aqueles que quanto mais sabem mais dúvidas têm.
Reconheço que por vezes me é mais difícil manter a compostura.
Mas considero que só perde o respeito “pelo outro” quem já não tem respeito “por si próprio”, daí a completa incapacidade de se porem no lugar do outro pois já nem no seu próprio se conseguem encontrar.
Tenho muito tempo livre, no passado recente por razões que alguns por aqui conhecem, no presente porque deixei de ver televisão e durmo pouco, isso dá-me o tempo necessário para fazer muita coisa na vida, entre as quais vir aqui com os meus “lençóis”, expressão que eu próprio utilizei desde o primeiro dia e parece ter sido agora descoberta por aí como coisa nova.
Tenho-me dado conta que várias pessoas gostam das croniquetas de vida ou dos “avisos à navegação off topic” que eu sempre aqui trouxe e isso é o que me interessa.
E não estou impedido pelo embaixador Seixas da Costa de o fazer, única pessoa aqui que é obrigada a ler-me para me aprovar (não vá eu estar a coisa e tal fora do penico) e única pessoa aqui que pode ficar farta de mim com consequências.
No entanto não dá sinais de estar, pus-lhe a questão em tempos (por causa dos links) se também não acharia melhor que eu escrevesse textos mais curtos e a resposta foi clara.
Eu não estou farto de ninguém, todos me ensinam mais alguma coisa todos os dias, nem que seja sobre a natureza humana, algo que é sempre mauzote nos outros e nunca em nós.
Caríssimo companheiro, e por que não, amigo, Manuel Campos, afinal, só agora percebi, que somos da mesma "fornada de ouro" (1946). Quero só dizer-lhe que, para mim, além dos magníficos e didáticos textos do "Patrão", gosto, igualmente e leio com agrado, todos os seus educados e cordatos comentários, que por aqui traz, mesmo os mais extensos. São, para mim, além de outros, como lenitivo, para mim. Um caloroso Bem-haja.
Manuel Campos,
Apenas para exprimir que já aprendi com os seus comentários.
Os ataques "ad Hominem", na maior parte das vezes, dizem mais - muito mais!- de quem os profere do que de quem os recebe.
Como diz o nosso Presidente, só é ofendido quem quer ( embora outros digam que quem não se sente não é filho de boa gente...é tudo relativo).
De qualquer forma, acho que se nos ouvirmos uns aos outros, com calma e atenção, temos sempre algo a aprender e aprender enriquece-nos.
Meu caro Tony
Fornada de platina, meu caro, de platina!
Nunca esquecerei o texto em que o meu amigo fala da sua amizade com Orlando da Costa, pai do nosso actual PM, um texto que em muito poucas linhas diz muito mais do que em qualquer dos meus extensíssimos textos alguma vez eu disse.
Ainda hoje ao jantar, aqui algures no país, a propósito destas "espadeiradas" que por aqui vêm animando as tardes e noites de Verão, o citei como um dos raros exemplos de coerência, bom senso e noção da realidade que escrevem por aqui.
Há muita gente aqui a escrever bem, mas se reconheço a coerência a uns, o bom senso a outros e a noção da realidade ainda a outros, é raro reconhecer todas essas vertentes num só, tal como essas mesmas pessoas, gostem ou não do que eu escrevo, farão juízos de valor do mesmo tipo sobre mim.
O que eu não aceito (nem compreendo) são aqueles que se arvoram em donos de todas as verdades, arvorando uma superioridade moral ou intelectual auto consentida e que, as mais das vezes, os factos desmentem.
E que, postos perante outras ideias, saltam fora, tergiversam, mudam de assunto, disparatam e, cereja no topo do bolo, tornam-se agressivos.
Aí talvez não perca a compostura mas solta-se-me o teclado.
E sai de rajada.
Felizmente vou rever e chego a cortar metade.
Muito obrigado pelas suas palavras e um abraço para si
afcm
Muito obrigado pelas suas palavras.
Os ataques são precisamente como diz, se não forem acompanhados de razões e argumentos são simples actos de insegurança e, no limite, de algo que eu classificaria com algum cuidado como o desespero de não conseguir “dobrar” outrem pela palavra.
Não há absolutamente nenhuma razão para que não se possa trocar argumentos de forma firme e convicta sem descambar na agressividade sem sentido, muitas vezes basta uma graça honesta sem segundas intenções para descontrair um ambiente mais pesado, assim as partes o queiram descontrair.
No mesmo sentido do que diz, só aprendemos com quem pensa de maneira diferente e nos explica porque pensa assim, sem dogmatismos nem frases feitas mais ou menos pomposas.
Quem pensa como nós ensina-nos o quê, se isso tudo já nós sabemos?
Mais uma vez obrigado e uma boa noite para si
Caro Francisco:
Só agora vi este teu post. Concordo que a campanha contra Manuel Clemente foi demagógica pelos motivos que expôs, claramente enunciados no texto da petição pública contra o seu nome. Clemente portou-se bem: não pediu para ser homenageado e, perante as reacções negativas, pediu para retirarem o seu nome.
O caso começou com uma decisão controversa de Moedas, que, sem consultar o colectivo da autarquia, contrariou uma das regras da atribuição de topónimos da CML, que diz que os novos topónimos não devem homenagear pessoas vivas (a regra manda esperar pelo menos 5 anos após a morte). Note-se que o texto da petição pública, focada na demagogia, nem sequer falava disto.
Mas a decisão de Moedas foi também inoportuna e imprevidente, dada a proximidade temporal do escândalo dos abusos sexuais na Igreja, independentemente da honradez e respeitabilidade de Clemente. Um Moedas mais democrático, legalista e previdente teria evitado este triste episódio.
Um abraço
Zé B.
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