Sou um assumido comodista. Sem o menor complexo por sê-lo.
Se acaso posso ir de carro a qualquer sítio, nunca vou a pé. Sempre fui assim. Lembro-me (com uma ponta de orgulho envergonhado) de que, quando entrei para o MNE, há quase meio século, tempo em que havia lugares para estacionar à vontade, chegava a ir de carro das Necessidades à Infante Santo, para almoçar num bar que por ali havia. Eram aí 200 metros... mas sempre evitava a subida, no regresso.
Dou conta do refinamento do meu comodismo na minha relação atual com a praia, ali ao fundo da rua. Cada vez encontro mais pretextos para evitar ir por lá, para regressar cheio de areia, misturada com creme solar. Opto pela piscina. E, nela, em vez de nadar (é uma canseira, concluí!), dou comigo por ali a chapinhar.
Nestas férias, como de costume, o meu "workout" é alternar entre a cama, o sofá, a espreguiçadeira e o banco do automóvel. E, vá lá!, a cadeira do restaurante. E não é pouco: se se somar, com rigor, a distância entre todos estes pousos, logo se avaliará o que são as minhas maratonas diárias.
Ah! E acreditem nisto ou não! A escolha é vossa!
11 comentários:
Eu acredito, tirando o andar a pé de que gosto muito e posso andar horas.
Quanto à praia nem pensar nessa besuntice toda dos cremes e da areia e na piscina nem chapinhar, nada como um cadeirão de esplanada à beira de uma e da outra.
Mas convenhamos que o exemplo da Infante Santo é um bocado extremo, aquela subida para as Necessidades nem aos 15 anos é coisa mole.
Para não regressarmos cheios de areia é fácil: Dar um mergulho, secar e regressar:)
Já há uns anos tive de ne habituar a entrar na praia só ao fim do dia, dar passeios pelo areal molhado pela maré, e ver o pôr do sol.
E até nem parece estar muito gordo, para quem come tão bem e se mexe tão pouco...
Já eu nado todos os dias cerca de mil metros (rio). Evito o carro, porque consome muita gasolina e à noite dou caminhadas com a minha Senhora Ferro. Mas, como muito bem durante o dia, regra geral carne ao almoço, mariscadas e afins ao jantar. Não vou ao restaurante, isso implicaria carro, gasolina, tempo de espera. Um bom dia. :)
De acordo, Sr. Embaixador. Um Pensionista fez-se para ter a grande prerrogativa de poder decidir descansar.
Na linha do que diz o nosso amigo Tony, costumo dizer que cheguei a uma idade em que pouco (ou mesmo nada) me ralo com o que os outros pensam sobre os meus hábitos de vida.
A pé gosto bastante de andar, mas tem dias. Coisa que não tenho paciência é para andar atrás de lugares de estacionamento, por isso passo bem a deixar o carro mesmo em "cascos de rolha".
Praia, adoro! O problema aqui são as nortadas, como para-ventos e afins nem pensar, porque gosto de liberdade de movimento e de quadrilhar, quando as ditas ventanias se impõem, aí ninguém me tira do meu logradouro e dos chapinhanços na minha Avenli.
A pé gosto bastante de andar, mas tem dias. Coisa que não tenho paciência é para andar atrás de lugares de estacionamento, por isso passo bem a deixar o carro mesmo em "cascos de rolha".
Praia, adoro! O problema aqui são as nortadas, como para-ventos e afins nem pensar, porque gosto de liberdade de movimento e de quadrilhar, quando as ditas ventanias se impõem, aí ninguém me tira do meu logradouro e dos chapinhanços na minha Avenli.
Francisco de Sousa Rodrigues
Já somos dois a não andar atrás de lugares de estacionamento e a preferir deixar o carro em cascos de rolha.
Claro que andar a pé tem dias mas antes isso do que aquilo porque eu passei durante anos.
Lembro-me que o meu record de voltas ao quarteirão ali na minha "área antiga", um dia que tinha ido a um concerto da Gulbenkian, foram 56 minutos e 17 kms.
Como entretanto até os poucos lugares foram desaparecendo com reabilitações do espaço urbano, lá arranjei lugares num estacionamento, não é barato nem é caro para mim, é um descanso e isso vale o dinheiro que pago.
Por que não acreditar ?
Manuel Campos,
17 km, quase uma meia maratona à procura de lugar. A "minha zona" em Lisboa é o Bairro Azul que também não nada simpática em termos de estacionamento, mas acho que as minhas familiares que lá têm casa nunca terão atingido tamanho record.
Uma avençazinha num estacionamento fechado dá muito jeito, dá.
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