terça-feira, agosto 08, 2023

MBWay


Nenhum dos dois catraios tinha mais de sete anos. Estavam a vender porta-chaves artesanais, no caminho para a praia. É um hábito, há anos, ver crianças por ali, com estendais de artefactos, como pulseiras e colares. Os preços são muito baixos, quase simbólicos. À oferta, anunciada à passagem, saiu-nos, desta vez, um "obrigado, mas não trago dinheiro trocado". A resposta foi extraordinária: "Não faz mal! Nós temos MBWay!" O mundo mudou muito. Nós é que, às vezes, nem damos por isso.

4 comentários:

manuel campos disse...


Quando há pouco mais de 10 anos a legislação em vigor me transformou num só dia do jovem que eu me considerava no idoso que passei a ser considerado, eu já tinha um neto e uma neta no liceu.

Nessa altura, tirando um único caso, todos os meus amigos e conhecidos ainda andavam a levar os netos ao jardim infantil ou a empurrá-los nos carrinhos pelos jardins (alguns ainda andam).

Ora se todos eles e mais todos os outros, aos 65 anos, já tivessem passado as vergonhas que eu tinha já passado nos últimos 4 ou 5 anos com os meus netos da "primária" cada vez que nos sentávamos à frente de um computador, decerto que já teriam dado conta (como eu dei) de que o mundo mudou muito.

Flor disse...

Teve graça!!!!! Mas para próxima é melhor levar uns trocos.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Mudou mesmo! Ainda há um bocado reclamava com saudades dos bons e velhos cartões de consumo de bares e discotecas, por conta das agora usuais "pulseiras eletrónicas" (no pun intended) que acho uma chatice tremenda.

manuel campos disse...


Lido por aí.

"A nota de zero euros existe, é verdadeira e reconhecida pelo Banco Central Europeu (BCE), mas não dá para comprar nada."

Se saber que a nota existe é uma curiosidade, saber que não dá para compras nenhumas é uma grande novidade, nunca imaginei!

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