É extraordinário encontrar, numa terra como Caminha, uma variedade de oferta de imprensa como a da Tabacaria Gomes. Sem contar com a também clássica Tabacaria Atenas. Viva o papel!
Francisco de Sousa Rodrigues, ainda bem que o apanho, era mesmo consigo que queria falar.
Hoje vi por aqui um Ford Anglia do histórico modelo conhecido por cá como o “Ora bolas!”, este com matricula “EI”, portanto de 1962 ou 1963 (ainda que as letras tivessem sido usadas também mais tarde). Conta a tradição que a alcunha lhe veio do comentário que as pessoas faziam depois de o ver passar, primeiro bem impressionadas com a frente, depois decepcionadas com aquele vidro traseiro invertido (segundo a Ford para aumentar a visibilidade por escorrer melhor a chuva).
Este está impecável e é isso que me impressiona, o trabalho a ter e o preço a pagar por manter determinados carros para os quais já não há de certeza muitas peças aí pelo mundo inteiro e, se os forem vender, não valem grande coisa. Mas por amor faz-se tudo, são os tais vícios de cada um, este não é perigoso como o tabaco, o álcool, a lotaria ou a raspadinha.
Só para dar uma ideia de como estão as coisas, alguém roubou naquele meu “oldy brinquedo” aquela pequena peça que está na ponta da maçaneta da porta e que tapa a fechadura manual, permitindo assim abrir o carro quando o comando remoto não o faz, por avaria ou falta de pilhas. Aquilo sai nas calmas, é mesmo essa a ideia, basta enfiar discretamente ali um bico qualquer e fazer um mínimo de força.
A peça existe e está encomendada pela marca há uns dois meses, tem que vir do país de origem, o que também se entende, não é peça que justifique estar em stock. Só um pequeno pormenor: ninguém me sabe dizer o prazo de entrega.
Claro que o carro anda tão bem com aquilo como sem aquilo mas deve ser isso que pensou o simpático larápio que a levou para o carro dele, eu não ficava muito pior e ele ficava bem mais feliz. E eu fiz uma boa acção sem saber.
Bem giro o Anglia, consta que a alcunha tem essa origem, é verdade. O pessoal até se safa nos restauros e a arranjar peças, mas deve supor alguma procura, é verdade. A revenda de um oldie bem arranjadinho até rende uns bons tostões.
Esse tipo de peças, faço ideia, mesmo algumas mais vitais andam com atrasos, quanto mais.
7 comentários:
Que maravilha!!!!
De fazer inveja aí a muito local de Lisboa que se julga de referência.
Têm o "Economist"?
Assim que saio de Lisboa tenho muita dificuldade em encontrá-lo à venda.
a Gomes, claro...
Que categoria.
Aqui também temos dois ou três sítios com boa oferta de papel, também.
Francisco de Sousa Rodrigues, ainda bem que o apanho, era mesmo consigo que queria falar.
Hoje vi por aqui um Ford Anglia do histórico modelo conhecido por cá como o “Ora bolas!”, este com matricula “EI”, portanto de 1962 ou 1963 (ainda que as letras tivessem sido usadas também mais tarde).
Conta a tradição que a alcunha lhe veio do comentário que as pessoas faziam depois de o ver passar, primeiro bem impressionadas com a frente, depois decepcionadas com aquele vidro traseiro invertido (segundo a Ford para aumentar a visibilidade por escorrer melhor a chuva).
Este está impecável e é isso que me impressiona, o trabalho a ter e o preço a pagar por manter determinados carros para os quais já não há de certeza muitas peças aí pelo mundo inteiro e, se os forem vender, não valem grande coisa.
Mas por amor faz-se tudo, são os tais vícios de cada um, este não é perigoso como o tabaco, o álcool, a lotaria ou a raspadinha.
Só para dar uma ideia de como estão as coisas, alguém roubou naquele meu “oldy brinquedo” aquela pequena peça que está na ponta da maçaneta da porta e que tapa a fechadura manual, permitindo assim abrir o carro quando o comando remoto não o faz, por avaria ou falta de pilhas.
Aquilo sai nas calmas, é mesmo essa a ideia, basta enfiar discretamente ali um bico qualquer e fazer um mínimo de força.
A peça existe e está encomendada pela marca há uns dois meses, tem que vir do país de origem, o que também se entende, não é peça que justifique estar em stock.
Só um pequeno pormenor: ninguém me sabe dizer o prazo de entrega.
Claro que o carro anda tão bem com aquilo como sem aquilo mas deve ser isso que pensou o simpático larápio que a levou para o carro dele, eu não ficava muito pior e ele ficava bem mais feliz.
E eu fiz uma boa acção sem saber.
Manuel Campos,
Bem giro o Anglia, consta que a alcunha tem essa origem, é verdade.
O pessoal até se safa nos restauros e a arranjar peças, mas deve supor alguma procura, é verdade. A revenda de um oldie bem arranjadinho até rende uns bons tostões.
Esse tipo de peças, faço ideia, mesmo algumas mais vitais andam com atrasos, quanto mais.
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