Deixo aqui uma saudação à cidade de Paris onde, no final do dia de hoje, será posto um ponto final à circulação das famigeradas trotinetes elétricas de aluguer - uma decisão que Lisboa e a generalidade das cidades portuguesas deveriam ter a coragem de tomar, a bem do bem-estar coletivo.
18 comentários:
Senhor Embaixador,
por cá, também falta disciplinar os "tuc-tuc", a ocupar a via pública completamente sem regras, assim como fiscalizar as viaturas com indicadores de TVDE, muitas vezes, sem o minimo respeito pelo Código da Estrada em vigor.
Onde andará a PSP para fiscalizar ??
Só têm causado problemas.
Muito gosta o povo português de proibir
Não vejo o mal das trotinetes.
São veículos como quaisquer outros.
Se se proíbe as trotinetes, porque não proibir também as bicicletas?
O mal não está nas trotinetes, está em quem as conduz. E, como sempre, há bons condutores e maus condutores.
É ridículo proibir as trotinetes e não proibir as bicicletas. E é ridículo proibir as bicicletas, que são meios de transporte bem úteis.
Como tenho escrito muito aqui sobre estas "pragas" e com o fortissimo conhecimento de causa de quem vive no meio deles e da sua completa falta de cumprimento das regras a que estão sujeitos (o Código da Estrada, a que até os peões estão também sujeitos) não me vou repetir.
A situação tem-se vindo agravar a olhos vistos.
Há dias por aqui só o 16º tuk-tuk que vinha em fila teve a amabilidade de me deixar atravessar a rua numa passadeira.
Ontem na Baixa (lá tive que lá ír) um ciclista de entrega de comida (agora são todos lá das Ásias e não falam português) que descia a Rua Nova do Almada em contra-mão, perante a má vontade dos automobilistas, subiu para o passeio e veio por ali abaixo a apitar aos transeuntes.
E depois há gente que já nem deve sair de casa mas tem opinião sobre tudo o que se passa nas ruas que deixou de frequentar que acha que está tudo bem no melhor dos mundos.
Se a solução para os problemas fosse proibir as coisas, então há 50 anos, quando a mortalidade rodoviária em Portugal era de 2500 pessoas por ano, dever-se-ia ter proibido a propriedade de automóveis.
Hoje em dia a mortalidade rodoviária em Portugal é de 600 pessoas por ano.
O que acontece é que, à medida que os anos passam, as pessoas habituam-se às coisas e a ter com elas os devidos cuidados, em vez de as utilizarem a trouxe-mouxe.
O que se passou com os automóveis passar-se-á com as trotinetes. Os seus utilizadores passarão a utilizá-las de forma mais responsável e menos perigosa.
oh Luís Lavoura (II)...que raio de wishful thinking!
Os argumentos que o Manuel Campos utiliza contra as trotinetes são similares àqueles que eu poderia ter utilizado contra os carros estacionados em cima dos passeios há 20 anos.
Nesse tempo um peão, como eu, mal podia andar pelos passeios, de tal forma eles estavam atravancados de carros estacionados. A solução seria estourar com todos os carros à bomba???
O facto de as trotinetes serem mal utilizadas nalgumas ruas de Lisboa não significa que elas devam ser abolidas de todas as ruas da cidade.
Eu não gosto das trotinetes e jamais utilizei uma que fosse, mas parece-me que proibi-las é uma solução iliberal e irracional. Sei que elas são úteis para muita boa gente.
Manuel campos, tenho 27 anos e estou me a cagar para aquilo.q.as pessoas usam. Para mim até podiam andar a cavalo.. Agora proibir obviamente q não.. As terças e quintas quer são pelas energias renováveis e não sei mais o quê, nos outros dias querem proibir meios de transporte "limpos". Criem infraestruturas, regras e fiscalização , isso sim resolve se. O Luís lavoura tem toda a razão
Admiro o optimismo do caro sr. Lavoura.
Deixo o meu caro Luis Lavoura aí a perorar porque a alternativa era convidá-lo a passar um dia aqui comigo na minha varanda a olhar lá para baixo e assistir ao que eu assisto por aqui.
Mas como isso me obrigava a ouvir as teorias dele um dia inteiro, acho que prefiro ir trocando por aqui uns galhardetes.
O Anónimo das 16.08 já tem 27 anos mas ainda não tem nome, nem sequer ali uma letrita que nos permita conhecer uma linha de pensamento nas vezes que cá vem.
Assim pode ser qualquer pessoa no mundo que escreva em português mas não é por isso que não tem direito a resposta.
Eu não sou às 3ªs e 5ªs pelas renováveis nem quero proibir meios de transporte "limpos" (que não o são assim tanto, mas enfim, o Anónimo é que sabe).
Portanto só lhe agradeço uma resposta simples e perfeitamente ao seu alcance, se é que sabe interpretar o que lê.
Onde é que no meu texto de "desabafos" está uma única palavra sobre proíbir o que quer que seja (uma única, não peço mais)?
E onde é que alguma vez no que tenho escrito sobre o assunto eu alguma vez falei em proíbir o que seja (também uma única me chega)?
Que raio de ideia esta de se dirigirem a alguém que não disse nada daquilo.
Quer desabafar desabafa, eu quando me dirijo a alguém não é para "vender o meu peixe" a seguir.
Detalhe: proibição de trotinetas de aluguer, de aluguer e, não, proibição do uso de trotinetas.
Solução para os "antics" dos utilizadores dos ditos meios, fiscalização e devida punição de infrações, o problema é que a fiscalização rodoviária neste país faz-se em part-time, o resto é vista-grossa.
Seguro obrigatório também seria bem-vindo.
Observações judiciosas do Francisco de Sousa Rodrigues.
Claro que ser trotinetes de aluguer as que estão sujeitas a esta medida faz toda a diferença, dificilmente um proprietário de uma trotinete envolvido numa situação mais complicada a deixa ali ni chão e desaparece.
Tenho naturalmente lido sobre o assunto porque o "mandar bocas" sem um mínimo de conhecimento de causa é fácil mas pouco útil, o próprio fica muito orgulhoso porque "disse coisas", mas não trouxe nada de novo à discussão nem de particular interesse para a sociedade que quer saber disso.
Verifico assim que no que respeita à fiscalização rodoviária a questão põe-se em toda a parte na Europa, trotinetes e bicicletas não têm matrícula, em caso de acidente em que não fiquem ali espalhados no chão, vão-se embora dali o mais depressa que possam e não é um agente a pé que os apanha, como é óbvio, muito menos um carro patrulha pois a trotinete enfia pele 1ª rua de sentido proibido que encontrar (já assisti a isso várias vezes).
São assim inúmeros os casos de acidentes pouco ou muito complicados "sem culpado" se provocados por trotinetes ou bicicletas, pois "só têm culpado" quando o próprio também acabou por ser vítima dele ou teve um improvável espirito cívico.
Portanto nada mais correcto do que existir um seguro obrigatório, que como no caso dos velocípedes, não é obrigatório e durante algum tempo nenhuma seguradora queria fazer (o que é sintomático para mim), hoje já não é bem assim.
De facto esse seguro existe e os operadores estão obrigados a ter um seguro de acidentes pessoais e de responsabilidade civil (alínea 2 do artigo 11.º-A 47/2018 de 20 de Junho).
Só que há faltas de cuidado na utilização das trotinetes que podem inviabilizar a cobertura em caso de acidente, situações que "podem levar os utilizadores destes veículos a perderem o benefício da cobertura do seguro de acidentes pessoais e podem também ser usadas pela seguradora para se recusar a pagar indemnizações no âmbito do seguro de responsabilidade civil contra terceiros por danos causados por acidentes com esses veículos”.
E isto porque "o smartphone serve como chave e aí dá-se o assentimento à utilização de uma série de condições", conforme é deixado claro por especialistas legais na matéria.
Aí é só adivinharem para quem vai sobrar a conta: têm uma oportunidade só de o fazer e deve chegar.
A PROTESTE tem um muito completo "Trotinetes elétricas: guia para circular em segurança", é só googlar, tem lá muito do que eu venho dizendo desde que escrevo sobre o assunto e de vez em quando é aqui pseudo-rebatido em 4 linhas de "wishfull thinking porreiraço" pelos que não sabem nem metade do que ali está (não estudam!) e vivem na base de que só acontece aos outros e o que é preciso é viver (até bater em alguém ou ficar batido).
Sou um feroz apoiante do uso de capacete em bicicletas e trotinetes, tenho boas (e fatais) razões na família para o ser, mas claro que aí também não há como fiscalizar um objecto que não é obrigatório.
Quando os cintos no banco de trás já vinham com os carros mas ainda não eram obrigatórios, eu punha-o sempre e alguém no banco da frente ma dizia "aí não é obrigatório" ao que eu respondia "não é na lei mas é para mim, é a minha segurança", a esse hábito devo estar vivo.
Numa bicicleta ou numa trotinete o pára-choques da frente é a testa do utilizador e o pára-choques de trás é a nuca do utilizador.
Percam assim alguns minutos da vossa vida quando saem à rua e vão fazendo uma estatística simples de quantos utilizadores destes meios encontram com capacete, eu faço-o de vez em quando quando estou parado nos sinais à espera que o carro da frente arranque terminada a consulta ao Facebook.
Bom desenvolvimento aos meus borrões na parede, Manuel Campos.
O capacete é essencial.
Por falar em cinto de segurança atrás, há uns anos que é obrigatório usar cinto nos autocarros que os possuam (normalmente indicado nas costas das cadeiras e nas janelas) e, está quieto, quase ninguém os usa, nem há noção de que em caso do colisão violenta é o pessoal a voar por cima uns dos outros.
Francisco de Sousa Rodrigues
Gostei dos borrões na parede.
Boa chamada de atenção à situação nos autocarros, é isso mesmo, se não voarem pelo menos enfiam pela cadeira da frente ou saem pela janela, nos carros há airbags para toda a gente, no meu mais recente até há um que abre entre as pernas do condutor o que, no caso dos homens, me parece uma muito feliz ideia.
Continuo sem notícias da tampa da ponta da maçaneta da porta que virá da Alemanha um dia, é como o Francisco comentou, nem peças vitais quanto mais estas.
Uma situação parva que anda por aí, em determinadas marcas, são as avarias nos depósitos de AdBlue, que não há para entrega.
Qualquer carro anda sem o AdBlue, o problema é que sem aquilo não pega sequer.
Sei de quem esteja sem carro há 6 meses por causa de uma avaria que, não impedindo o carro de andar, também não o autoriza a andar.
Manuel Canpos,
Adblues, filtros de partículas, etc, coisas fundamentais para o ambiente, mas que quando dão chatices é um problema.
Às tantas até se encontra mais facilmente no ferro-velho.
Francisco de Sousa Rodrigues
Pois o que diz é verdade, também já pensei no "ferro-velho".
Mas como se meteu este período do ano estou a dar um tempinho, aquilo é daquelas coisas que só nós é que damos pela falta, quem não saiba até pode julgar que é mesmo assim.
Um dia destes que vá para aqueles lados de Sacavém bato lá a umas portas, foi lá que há 8 anos encontrei uma mais que improvável chapeleira para o Honda Civic, quando a original se desfez vítima de 21 anos de sol (ainda não tinha garagem).
Assim pode ser que fique com duas, pelo preço vale a pena estar prevenido para a próxima vez que mo levarem.
Aqui há 40 anos ali por Sacavém era um mundo de armazéns manhosos, agora aquilo são quase lojas.
Por essa altura um amigo meu foi lá à procura de um tampão para o carro.
Disseram-lhe que esperasse um bocado, que o iam buscar a outro sitio, lá o trouxeram, ele pagou todo contente.
Quando chegou ao carro faltava-lhe outro tampão, quase de certeza o que ele levava na mão.
Pois são um problema, o filtro de partículas não é conta pequena.
Outra boa é o catalisador, ainda por cima fácilmente "roubável" e valioso.
Há dias um conhecido meu encontrou um CLK da série W208 invulgarmente barato e não com excessivos quilómetros e fez 200 kms para cada lado para o ir ver.
Tinham roubado o catalisador, o vendedor particular tinha feito uma "ligação directa" e estava então a vendê-lo assim.
Há cada um!
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