Com todo o respeito, institucional e pessoal, que (com toda a sinceridade) me merecem o presidente da República e Marcelo Rebelo de Sousa, acho que ainda há muito de João Galamba no veto presidencial de hoje. O país assiste a um jogo Costa-Marcelo que só espero não vá a penaltis.
15 comentários:
Agora que o Governo deve estar a preparar o Orçamento para 2024,o Presidente deveria anunciar, desde já, qual o seu plano de governação do país, a fim de podermos participar melhor neste jogo de poderes.
Olha aí como o material da NATO arde em Rabotino, seixas da costa, os teus amigos nazis da Ucrânia, estão a ser completamente incinerados e destruídos pelas Forças Armadas da Rússia:
https://twitter.com/rybar_force/status/1693709962743013647
O VAR somos nós ?
Estas coisas lembram-me Paulo Portas, então jornalista, no "Parabéns"...
Senhor Embaixador, com todo o respeito, a grande maioria do país não está a “assistir”. Existe um problema real com a habitação e o tal diploma não resolve nada ou resolve muito pouco. Não seria melhor analisar o diploma, em si?
Todos nós conhecemos ao longo da vida pessoas que, toda a gente à volta tendo a certeza ou pelo menos as mais fundamentadas suspeitas de que "íam para a cama", faziam cenas ridículas de se pegarem um com o outro nas reuniões ou de mal se falarem nos corredores, julgando eles (ou fingindo julgar) que deste modo enganavam toda a gente ao mesmo tempo.
Totalmente de acordo com o "caramelo".
Como já tenho aqui dito, fora das "bolhas" políticas e mediáticas estas tricas entre eles não existem, não preocupam ninguém, o povo como um todo é suficientemente sagaz para perceber que não é esta "a guerra" dele ainda que acabe com frequência a ser vítima dela (e não colateral ainda por cima).
O que preocupa as pessoas são os problemas concretos com que se debatem no dia-a-dia, neste momento com enorme relevo para a educação (que os filhos não têm tido), para a saúde (que quem não tem seguro de saúde vê dificultada), para a habitação (nem toda a gente tem casa própria paga e os jovens nunca irão ter).
Faz-me muita confusão que quem nos governa se perca em jogos palacianos, quando a geração que é suposto pagar-lhes as reformas dentro do princípio da "solidariedade intergeracional" consagrado na lei ou se pira rápidamente de cá no caso dos mais bem preparados, ou fica cá sem educação, sem saúde e, ainda por cima sem casa nem vencimento condigno.
Com os rendimentos expectáveis destes últimos não há TSU que aguente um índice de envelhecimento que em 2022 foi de 183,5 (e a piorar), quando em de 2012 era de 129,6 (piorou 41,6% nuns simples 10 anos)
Nota- As informações são da Pordata.
O índice de envelhecimento dá-nos a relação entre os idosos com mais de 65 anos e os jovens com menos de 15 anos.
O mesmo índice era 27,5 em 1961 (hoje não haveria a guerra em África) e 34,9 em 1974 (hoje não haveria a Revolução), os velhos não vão à guerra nem fazem revoluções.
Habitação?
já nem temos gente para tanta casa desocupada.
Ou periodicamente desocupadas.
Claro que num país que está resumido a Lisboa e Porto e arredores, e o resto desertificado, nunca haverá solução.
A solução estará um dia nas mãos de asiáticos e africanos, que são os mais desabrigados.
E também se tornaram portugueses.
Este diploma “resolve muito pouco” ou mesmo “nada”, diz-se. Até pode ser que tenham razão, embora entre ter “nada” e ter “muito pouco” sempre deve haver algo que diferencie uma situação da outra.
Líderes partidários, jornalistas a entrevistar jornalistas, todos alinham pelo comentário simplista, não se esboça uma crítica às medidas, elogia-se o Presidente porque, desta vez, está do lado da oposição, ou seja, da minoria parlamentar.
O próprio Presidente não consegue melhor do que dizer o óbvio: “eles ficam na deles e eu fico na minha”. E o país como fica?
Todos criticam a falta de investimento público, mas não relevam que o PRR afecta 3 mil milhões ao parque habitacional. É mesmo muito dinheiro. Talvez fosse altura de começarem a procurar saber como, onde, qual o grau de execução dos projectos, e tudo o mais relacionado com o PRR.
O pacote +habitação e as declarações da jovem ministra são uma mistura de inépcia e demagogia. Os senhorios tem de arcar com 28% de imposto, uma inflação desmesurada nos custos de manutenção dos imóveis agravada com a "profissionalização" forçada da gestão de condomínios, mas ficam com as rendas quase congeladas mesmo que as rendas estejam abaico . Isto para não falar dos inquilinos desonestos que deixam de pagar renda e destroem os apartamentos - no mínimo 1 ano para concretizar o despejo sem falar nos custos de justiça e advogados.
A oposição em especial o PSD e a IL acham que a mão invísvel do mercado vai resolver o problema e negam à evidência a espiral especulativa fomentada pelos intermediários, a ganância de alguns proprietários, as falhas de mercado resultantes da falta de investimento publico e o impacto estrutural das receitas pseudo-liberais da troika na fileira da construção civil/habitação.
Entretanto, o sector da construção civil confronta-se com falta de mão de obra (não ha mais formação digna desse nome), aumento dos fatores de produção e falta de financiamento e uma regulamentação que implica sobrecustos de 25% (licenças, infraestruturas, "investigação" arqeológica, seguros, policiamento, etc.) sobre o custo de real da construção.
Quantas casas foram construídas nos últimos 5 anos? Quantos imóveis camarários foram recuperados para habitação? (por exemplo, a transformação do edificio da 5 outubro em residência universitária em que ponto está?).
Nem era preciso Marcelo dizer que o tempo lhe vai dar razão sobre a ineficácia do pacote legislativo inspirado pela ala "nunista" do PS ... a evolução do mercado imobiliário fala por si!
Sobre as 700 mil casas inocupadas seria bom parar de vez com a mistificação. É que á força de repetir ainda acabam por se convencer que é verdade.
No passado fim de semana tive oportunidade de passar junto de umas dezenas de habitações em estado de semi-ruína que faziam parte do bairro anexo ao antigo posto emissor de onda curta de São Gabriel. Património do Estado que daria habitação a muitas famílias. Estamos a cerca de 20 Km de Alcochete onde o preço por m2 é de 3200 EUR (o preço médio em Lisboa é de 3800 m2). É sobretudo este tipo de habitações que estão desocupadas por esse país fora!
Realmente, este jogo, não é bonito. A natureza humana por vezes, é tramada. Mas tenho a convicção que vai dar empate (1/1), e com 1 cartão amarelo, para cada lado. Sem necessidade de intervenção do VAR. Um é mais Sotavento; o outro é mais Barlavento, mas no final, inevitavelmente, terá de acabar sem mais problema. Já nos habituámos a este estilo de "Dérbis".
A guerra de Marcelo contra o governo de AC mudou realmente de terreno, das selfies e dos banhos filmados no areal de Monte Gordo para o comício de hoje em Varsóvia onde num arrazoado prolongado explicou o veto político sobre “o pacote + Habitação” afirmando que a “lei é má, tendo a convicção de que o diploma não é suficientemente credível quanto à sua execução a curto prazo”, qual Zandinga que consegue adivinhar que uma lei que ainda não entrou em vigor, não vai produzir resultados!
Diante de jornalistas embevecidos e sem contraditório, a imaginação de Marcelo conseguiu transformar o poder constitucional de promulgação de leis e decretos em notícias e comentários, antes e depois, pelos analistas de serviço.
Com o conluio das TV´s, consegue transmitir à generalidade dos portugueses, a vontade de obstruir a acção do governo, remodelar ministros, enquanto não consegue substituir António Costa por alguém do seu partido (PSD).
O problema é que tal só pode resultar de eleições livres.
Mas pelos vistos, o povo continua a não lhe fazer a vontade.
Dois excelentes comentários de "Carlos".
Quanto à conversa sobre as casas devolutas, vagas, vazias, abandonadas ou desocupadas é de facto uma conversa minada, pouca gente sabe quais são as diferenças reais entre aquelas diversas condições, misturam tudo no mesmo saco e da boca saem-lhes tiradas populistas e não raciocínios de bom senso.
Sr. Embaixador
Permita-me só mais um breve comentário desta vez sobre o a guerrilha institucional PR vs PM. É claro que está para durar e o PR está a aproveitar todas as oportunidades para se diferenciar do governo, do PM e do PS. O novela do Ministro Galamba foi o ponto de partida e o decreto dos professores deitou mais gasolina na fogueira. Todavia, esta guerrilha não assumiria as atuais proporções se houvesse um módico de sensatez e de competência da parte de alguns ministros.
A habitação é um problema óbvio mas a ignorância de muitos ministros sobre como funciona a administração pública, os seus vícios e (algumas) virtudes, uma percepção da vida real da generalidade dos cidadãos e o funcionamento da economia está a descredibilizar o governo. Chega a parecer que estão de tal forma intoxicados pelos gurus da comunicação e a corte de "yes-men" que só contam aos ministros o que acham que eles querem ouvir que quase não conseguem distinguir a propaganda da realidade.
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