sábado, março 14, 2020

Assim não vamos lá...

Não quero dar notas pessimistas, mas ver hoje à tarde o relvado da Alameda Afonso Henriques com centenas de pessoas, juntas no relvado, crianças à solta, jogos de futebol, em registo de “business as usual”, com muitas esplanadas por Lisboa cheias de gente, dá-me uma sensação de inconsciência.

2 comentários:

Anónimo disse...

Forças da ordem servem para quê?
dispersar à traulitada nunca foi tão justificado
agora é que é chegar lhes a valer que creio q toda a gente compreenderá...

Renato Rodrigues Pousada disse...

A nossa sociedade tem que enfrentar uma situação que nunca enfrentou antes... A traulitada pode ser um sentimento imediato que todos pensámos e sentimos quando vemos comportamentos que pensamos serem graves na actual situação. No entanto não se pode sempre viver com a necessidade de um controlo exasperado dos comportamentos. Penso que o realmente seria necessário era fazer perceber que a situação é grave e que é necessário agir desta maneira. Um exemplo é usar como aqui um hashtag #Eu estou em casa (em italiano é #Io sto a casa) para o explicar. È preciso perceber que não é a nossa liberdade que está em risco mas a nossa vida... A província de Bergamo na Lombardia (a região da Itália com capital Milão) está neste momento a sofrer de uma subida exponencial da curva de infecção em grande parte porque esses preceitos não foram respeitados aqui há três semanas atrás quando já na mesma região havia uma província (Lodi) que sofria o problema em modo grave e que iniciava a ser submetida a uma quarentena. Esta última neste momento está na mesma situação que se encontra a China (ie uma reducção quase total de novos contagiados). A demonstrar que a quarentena é neste momento a única possível solução esperando que desenvolvam as terapias anti-virais ou as vacinas contra esta doença que possam reduzir os seus efeitos mais dramáticos. Como dizia um especialista na TV italiana no outro dia: quem foi infectado pelo HIV em 1985 morreu, quem o foi em 1995 tinha melhor esperança de vida. Diminuir a velocidade de contágio tem como objectivo dar tempo a encontrar uma cura.

Educar, educar, educar...

Renato

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