Há mais de duas décadas, fui chefiar uma missão de “diálogo político” da União Europeia ao Irão.
Despedimo-nos do álcool no voo de Londres para Teerão. Nos dois dias passados por lá, cheios de reuniões, fiz uma cura de água mineral e sumos.
O regresso foi por Roma, em “executiva”, num imenso mas espartano avião da Iran Air. Quando as hospedeiras nos trouxeram o menu do almoço, ouvi, atrás de mim, um membro da delegação da UE pedir “a carta de vinhos”. Temi o pior. A senhora respondeu que, para beber, só havia água mineral, sumo e Coca-Cola. Nada que me surpreendesse. O nosso homem voltou à carga, num registo já provocatório: “E a Coca-Cola é de que ano?” Não ouvi a resposta.
Há poucas horas, Trump anunciou o agravamento das sanções ao Irão. Terá proibido finalmente a Coca-Cola por lá?
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