sábado, janeiro 12, 2019

Os jornais e a net

A mudança que teve lugar nos últimos anos, da leitura de jornais para a visualização dos textos na net, acabou por ter uma consequência curiosa. Ao ler um jornal em papel, só a meia dúzia de maduros passava pela cabeça enviar algo para as Cartas ao Diretor. Com a net, cada um reage de imediato nas caixas de comentários, às vezes só “porque sim”, mesmo que não tenha nada de interessante para dizer. 

A facilidade com que as redes sociais abrem espaço à espontaneidade, à reação a quente, reduz a reflexão, a maturação das coisas, simplificando e caricaturando as ideias. E aumenta o potencial de contraste de posições.

Note-se: não estou a tomar partido contra ou a favor de nada. Estou simplesmente a constatar o que me parece ser um facto.

8 comentários:

Nuno Soares disse...

E bonno. E trabalhos? Nao trabalhos em portugal.

Anónimo disse...

Dá para ver que FSC vai dar trela ao maluco lusófobo. Mais um comentário. Isto, agora, vai ser todos os dias.

António disse...

Grande verdade. Quando era preciso pegar em papel e caneta, colocar num envelope e selar, havia tempo para pensar. Hoje vai a frio. Em assuntos sérios tenho por hábito escrever primeiro no Word, deixar uns dias a marinar, reler, e só depois enviar.

Anónimo disse...

Em que idioma se expressa Nuno Soares? parece que as 5 horas nao sao a melhor altura para expor qualquer ideia!

Cícero Catilinária disse...

Caro anónimo das 17:04, nem as cinco horas nem hora nenhuma. O "relógio" deve-lhe ter-se avariado de vez.

Cícero Catilinária disse...

Caro anónimo das 17:04, nem as cinco horas nem hora nenhuma. O "relógio" deve-lhe ter-se avariado de vez.

Cícero Catilinária disse...

Ou "deve ter-se-lhe avariado de vez"? É que às vezes, o relógio também parece que se me atrasa.
Caso para o especialista Cabral do AO deslindar.

Unknown disse...

Atenção que alguns jornais exclusivamente online têm tendências notoriamente ideológicas e só permitem ao leitor acesso publico ao espaço comentário quando a pratica da sua liberdade de expressão não colida com as suas tendências politicas. O escrutínio é minucioso e a censura faz parte da normalidade quotidiana neste jornal, mesmo quando os comentários nada têm de desrespeitoso. Exemplo máximo do que acabei de escrever é o jaornal «O Observador»

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...