quinta-feira, setembro 19, 2024

O periscópio

Portugal vai cair no ridículo pelo mundo quando se souber que pode surgir como candidato presidencial alguém a quem ninguém conhece uma singela ideia política e que ficou famoso por ter montado com eficácia um sistema de distribuição de vacinas. Quantas gargalhadas vamos ouvir! 

14 comentários:

aguerreiro disse...

Eu já me começo a rir mas é deste mundo, que não tem conserto!
Querem lá saber do almirante, do Nóias ou do Pinto de Sousa ou do Raimundo Mona Lisa. Faça-mos como este último vamos mas é ver o Sporting-Benfica e "calçar" o estômago com umas sandes de coiratos e uns copos de três!

Joaquim de Freitas disse...

"“a quem ninguém conhece uma singela ideia política e que ficou famoso”...


Claro. Tempo de eleições, tempo de grandes discursos, de grandes profissões de fé, de convicções mil vezes lançadas aos quatro ventos, mesmo de capacidades ou competências, que antes eram ignoradas dos cidadãos. A aproximar-se a hora da escolha tudo é bom, tudo serve, tudo é falsificado para melhor convencer.
Falam muito e falam mal, porque falam do que não sabem.
O problema é que nós não lhes interessamos, a esses mandões da política, excepto quando vem o dia do voto. O cidadão , hoje mais que nunca, é um numero de contribuinte e um consumidor que se deve depenar em permanência. Só assim se acumulam as grandes fortunas.

E quando se metem a falar da miséria, então é que é !
O tema da miséria será explorado até aos mais ínfimos detalhes.
Esquecendo que há vários tipos de miséria.
A sensação de miséria é algo que só se pode sentir e compreender quando se viveu.
Mesmo os melhores filmes, as melhores telenovelas, os melhores livros, escritos pelos escritores mais sensíveis à miséria humana, não podem explicá-la.
A miséria é um sofrimento, da qual se deve falar com infinito respeito. Aquele que está dentro, que sofre, espera sobretudo que alguém o alivie . A miséria, sendo um sofrimento é um aspecto da vida humana que faz parte da vida mesmo.
Muitos políticos, que fazem da política na sua botica, como um negócio, para o qual procuram avidamente clientes, mentindo-lhes . que lhes, estreitam o seu coração entre a botica e a digestão. Mas que vão viver com 400 euros por mês...ou menos, e verão o que é miséria.
A miséria é um sofrimento, da qual se deve falar com infinito respeito. Aquele que está dentro, que sofre, espera sobretudo que alguém o alivie . A miséria, sendo um sofrimento é um aspecto da vida humana que faz parte da vida mesmo.

Unknown disse...

Não creio. Portugal não tem assim tanta importância. E depois não é verdade que o almirante não tenha ideias políticas. Não tem é ideias político-partidárias, o que preocupa a "classe" política. Além disso, sendo conhecido pelo seu rigor e espírito de disciplina e de organização, representa o contrário da "liberdade" feita bandalheira. É outra cultura de que Portugal também precisa.

Anónimo disse...

não há ridículo nenhum . nos outros lados há também candidatos do mesmo tipo. e têm direito a ser candidatos.

Anónimo disse...

Para fazer selfies em todas as tascas, ir a correr quando cai um avião ou descarrila um elétrico, telefonar às apresentadoras de televisão e estar sempre a aparecer para dizer redundâncias, não serão necessárias muitas qualidades.
Tony Fedup

Anónimo disse...

Não é que tencione votar no homem, mas a lista dos nossos presidentes é tal, desde 1910, que eles, como um todo, são o melhor elogio da monarquia.

Tudo bem, Gouveia e Melo não. Quem são as alternativas? O papagaio dos domingos, Marques Mendes? O incompetente presidente da câmara de Lisboa? Centeno, que entretanto vai ler umas coisas de direito público e de outras coisas da vida pública? Ou é um prometido do PS? Santos Silva, esse génio da causa pública? Ou, à falta de melhor, o argumento é que um ex-tropa não pode ser?

A escolha não é farta nem promete.

marsupilami disse...

Um oficial da marinha no activo deve/tem o direito de ir aos jornais fazer considerações sobre as acções defensivas, ou de vigilância, em curso da marinha portuguesa? Ou alvitrar acerca do que Portugal deve fazer militarmente em resposta a eventuais cenários de guerra que envolvam a Nato?

Um militar no activo não tem um dever/obrigação de reserva sobre estes temas? Ficam as perguntas.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Já tivemos o Dr. Fernando Nobre, cujos os vapores etílicos de um bom resultado nas Presidenciais o levaram para o colo do PPD para ser Presidente da AR, ao arrepio do grosso dos seus apoiantes que se situavam globalmente numa esquerda à esquerda do PS.

De vez em quando lá temos uns personagens que empolgam a malta que está farta do "chiqueiro" dos partidos e dos políticos (profissionais), malta essa que se arvora em impoluta, detentora da solução para todos os problemas do burgo e que se junta nos célebres "movimentos de cidadãos" (com aspas, para os distinguir do verdadeiro exercício de cidadania).

Luís Lavoura disse...

É o chamado "populismo militar", que teve como anteriores grandes expoentes em Portugal Sidónio Pais e Humberto Delgado. Aparece um tipo de farda, não diz nada de muito concreto mas tem um ar sério e ordenado, as mulheres votam todas nele e muitos homens também.
Mas está a ficar fora de moda, tal como os militares em geral. Não acredito que o almirante vá longe.

Luís Lavoura disse...

Na Argentina Eva Perón também teve enorme adesão popular apesar da total vacuidade do seu pensamento político.
Mas, lá está, Portugal não deve querer comparar-se à Argentina.

Anónimo disse...

Faço minhas as suas palavras!
Tony Fedup

Anónimo disse...

Fazer afirmações redundantes, repetir chavões amplamente divulgados e aceites, louvar intelectuais e futebolistas, não me parece ser grande pensamento político.
Tony Fedup

Anónimo disse...

Oh Sr. Embaixador, que mauzinho!...
Portugal cai no ridículo or muitas outras coisas, algumas bem mais mundanas como, por exemplo, ouvir relatos de futebol através da televisão, com camara fixa em dois tipos dos clubes em contenda. Se por acaso o sr. das vacinas for candidato presidencial é mais um a juntar ao pagode. As ideias políticas do Almirante estão lá... implícitas, é certo, mas bem visíveis. E o que ele dirá, porventura, é que será o presidente de todos os portugueses. Uma coisa será certa: é um candidato fora do circo do comentário televisivo. A moda pegou com Marcelo e parece que fez escola. Outra coisa será certa: não terá, obviamente, o meu voto (e que se têm vindo a autoprojetar também não, já agora).

Anónimo disse...

Militar ou não é coisa que não me preocupa. Nunca percebi o que leva um político a pedir a participação da “sociedade civil”. Como não percebo os comentadores que insistem que o partido A ou B se deve abrir à “sociedade civil”, como se “aquilo” fosse algum aquartelamento.

Lembro que ninguém conhecia grande pensamento político ao Ramalho Eanes, que eu contestei, mas que se revelou um excelente Presidente da República, com grande carácter e seriedade.

Quanto a este Senhor, se for só pelas vacinas, o melhor é manter-se em águas de bacalhau.
J. Carvalho

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