terça-feira, setembro 24, 2024

Livraria Martins


O nome é simples, o conceito também. É uma livraria arrumada, pela mão de quem sabe da poda. É na Guerra Junqueiro, a dois passos da Mexicana (que agora se chama Tasca!). Tem o sereno ambiente de algumas livrarias de Londres ou de Nova Iorque. Pode beber-se um copo (saudades da "Opinião"!) e tem cadeiras no passeio, para por ali ficar um pouco. Passei lá há minutos. Ainda bem que a "Livraria Martins" fica muito longe de minha casa. Ia ser o bom e o bonito...

16 comentários:

manuel campos disse...

O problema é que não ficando perto da minha casa, essa “tasca” é um ponto de encontro fácil para almoçar com uma parte da descendência ao dia de semana, uns porque moram pela Avenida de Roma, os outros que vivem cada um em sítios diferentes da linha de Cascais porque se sentem nostálgicos da zona (a Avó, minha Mãe, também viveu por ali 50 anos até falecer).
Há estacionamento subterrâneo ao lado da igreja e à superfície no Bairro Social do Arco do Cego (que já tem pouco de “social” ao preço que estão lá as casas).
Portanto almoço lá nessa “tasca” com alguma frequência, não porque se coma bem (há um bife decente mas tem dias), mas porque nos sentamos à uma da tarde e nos levantamos às seis da tarde se nos der na gana, o que no caso particular de um dos meus filhos não é despiciendo porque é pessoa difícil de interromper (quando se é um empresário de algum sucesso não se tem horários, sendo ele o único trabalhador da própria empresa nem sequer pode ser acusado de ser um miserável explorador da classe trabalhadora, só se fizer manifs contra ele próprio).
Este meu filho é o tal que tinha uma reunião no Piso 44 da Torre 2 na manhã de 11 de Setembro de 2001, como chegou a Nova Iorque na véspera e telefonou a dizer que já lá estava disseram-lhe “então vem já, que despachamos os assuntos hoje”.
Não impede que estivemos 4 dias sem conseguir saber nada dele, foi simpático.

Isto tudo para dizer que a Livraria Martins é tudo o que diz e, no nosso caso, bastante mais porque é o bom e o bonito…


manuel campos disse...

Eu tenho que estar grato a muita gente por aqui, a começar pelo sr. Lúcio Ferro (vidé https://duas-ou-tres.blogspot.com/2024/09/e-assim-acontece.html).
É que há mesmo coincidências e bem boas.
Cada vez que estou sem saber o que fazer, o que é raro e nunca por minha culpa, lá me aparece alguém a resolver-me o assunto.
Hoje estava (e estou) aqui embrulhado naquele tipo de situações em que não se pode nem começar nada nem depois fazer nada de jeito, estão a montar-me um belo ar condicionado aqui na casa de campo algures, é só gente de um lado para o outro e brocas a furar paredes.
O ar condicionado não é para fazer frio, que a casa é fresca no Verão, é para fazer um calorzinho senão ficamos 4 meses sem poder cá vir no Inverno, os problemas respiratórios de um de nós não permitem ligar qualquer tipo de aquecimento e, para dizer a verdade, 8ºC não é uma temperatura confortável.

Portanto o tal sistema é montado nos corredores em locais estratégicos, um aparelho em cada, pois não pode haver em divisão nenhuma onde se esteja, com as portas abertas estimam os especialistas (eles) que a temperatura para a casa toda fique nuns 18ºC bem “cozy” com uma “petite laine” a ajudar.
A ideia e a concepção é de minha mulher, como aliás é tudo o que meta muita imaginação e bom senso ao barulho.
Pelo meio ainda fui almoçar uma chanfana regada com um Ribeiro Santo tinto do meu velho conhecido Carlos Lucas e deixar o W205 aqui na oficina de confiança cá da terra, há 15 dias estava eu naquele parque maluco do IPO de Lisboa onde minha mulher teve que ir tratar de alguns problemas burocráticos de um familiar idoso (mais idoso que eu), com o carro a trabalhar porque não há nunca onde o arrumar por ali, acende a infame luz amarela do motor (“infame” é como lhe chamam nos artigos da especialidade).
Ora a luz amarela do motor só não me deixa na mesma porque irrita qualquer um vê-la acesa, mas a correr para a Champalimaud e o IPO dia sim dia não, a ter que vir tomar conta desta obra já programada, trouxe o carro assim pois desde que, para quem está por trás do volante, o carro continue igual não é razão para deixar de andar com ele, a menos que acenda outra luz, aquela pisque muito ou apareça mensagem específica.
Aqui o meu mecânico também me disse “isso não é nada, já a apago” e fiz a digestão da chanfana nos 10 minutos a pé de volta a casa, já estou capaz de comer outra antes de lá o ir buscar.
Por isso agradeço a todos os que me ajudam a escrever, seja pelas boas ou pelas menos boas razões, gosto muito.
Mas acima de tudo à única pessoa que me deixa continuar a escrever, o Embaixador Seixas da Costa.

Luís Lavoura disse...

Manuel Campos, folgo com o seu ar condicionado. Não considerou a hipótese de uma salamandra para queimar madeira (ou talvez pellets)?
Eu na minha casa da aldeia montei uma salamandra de fabrico chinês, que me custou uns módicos 300 euros há uns 15 anos. De então para cá nunca mais lá passei frio. E ainda dá para cozinhar o jantar em cima dela!

Luís Lavoura disse...

Manuel Campos

a Avó, minha Mãe, também viveu por ali 50 anos até falecer

Saudosos tempos em que se podia usufruir de uma renda congelada e vitalícia até se morrer. Alguns ainda usufruem... Deu muito jeito a muito boa gente, incluindo muita de classe média ou alta!

Lúcio Ferro disse...

Folgo em sabê-lo tão agradecido à minha humilde pessoa e em verificar que não deixou a tremenda angústia de uma luzinha amarela condicionar os seus planos de viagem.

Lúcio Ferro disse...

Não costumo frequentar a dita Tasca, nem sabia que tinha mudado de nome. Sempre a achei muito cara e snob demais para o meu gosto. Já a Livraria Martins, que também nunca visitei, parece ser interessante; quem sabe um dia destes não vou lá tomar um café, mais a minha boina.

manuel campos disse...

Ainda bem que ficou feliz com o meu ar condicionado, estava eu para aqui raladíssimo a pensar “Será que o Luis Lavoura aprova? Será que se não aprova vou me sentir infeliz e deitar tudo fora de raiva? Mas porque é que eu não me aconselhei antes com o Luis Lavoura, se calhar já fiz asneira da grossa!”.
Se não percebeu ainda que tenho “formação técnica obtida aí onde você faz por ganhar a vida” e “experiencia profissional de mais de 40 anos na indústria pesada” então é bastante menos capaz de entender do que eu julgava factos simples e aproveita para me vir dar conselhos sobre peletes (é assim que se escreve por cá).
Ó Luis Lavoura, uma salamandra tenho eu cá e não foi barata, uma lareira tenho eu cá e custou um dinheirão porque ainda foi preciso reforçar o chão com vigas metálicas porque pesa quase uma tonelada e ainda me ía parar à cave, um porradal de aquecimentos a gás tenho eu cá espalhados pelos 2 andares de 200 m2 cada.
Mas como você se está borrifando para os outros eu vou repetir o que já disse mais de uma vez: aqui em casa há uma pessoa que está proibida (repito: proibida) há uns 12 anos pela malta da Fundação Champalimaud (suponho que saiba qual o tipo de doenças que se tratam lá) a ter qualquer tipo de aquecimento ou arrefecimento na sala onde está, no quarto onde está, no carro onde está, portanto a solução passou por isto e funciona.
Não sei a que propósito continua preocupado com o dinheiro que gasto, a menos que lhe tenham ido dizer que eu estava quase falido.
Não lamento dizer-lhe que não é o caso.
Aí sim, espero que folgue com isso.

manuel campos disse...

Hoje estou feliz, é um dia de sorte, tenho algum dos meus melhores amigos a escrever-me com amizade e carinho.
Ó Lúcio Ferro, não descarrile (refiro-me ao texto das 18.58, o das 19.02 não conta).
O senhor não tem nada de humilde.
Alguém que nos vem com a tanga de que orgulhosamente “mandou outro para o desemprego”, mesmo que seja uma criancice, tem muitos adjectivos que lhe são aplicáveis mas “humilde” não é nenhum deles.
Eu escrevo sobre tudo o que possa também ser útil a outros e, ainda que admita de boa vontade que V. saiba o que vale a luzinha amarela, conheço um número muito grande de gente que entra em pânico e nunca fariam nem 10 kms quanto mais os quase 1000 kms que entretanto eu já fiz.
E os que não sabem que a 1ª causa provável é a tampa do depósito de combustível mal fechada ou partida, então isso nem se conta.
Os mesmos que levam um carro que pouco anda à oficina fazer uma revisão inútil porque acendeu o aviso de “serviço imediato”, algo que se desliga em 30 segundos custa-lhes 200€ pelo menos.
Foi só isso que eu vim aqui dizer, mais nada, como venho aqui falar de muitas coisas que admito possam ser úteis a muitas pessoas.
Há mais pessoas com problemas respiratórios muito graves à face da terra e que não perdem nada em pensar no assunto.
Se forem úteis a 5% das que aqui vêm já são 100, se forem úteis a 10% já são 200, por aí adiante.
Espero que o que escreve também seja útil a alguém.





manuel campos disse...

Luis Lavoura
Não me apetecia ser delicado mas lá terá que ser porque se lhe dissesse o que penso de si acabavámos (os dois) em maus lençóis.
Mas quem é que lhe disse que a minha Mãe usufruiu de uma “renda congelada e vitalícia” até morrer?
Mas não lhe passa pela cabeça que a casa fosse dela?
Ou os bens urbanos e rústicos que o Luis Lavoura herdou e de que passa a vida a falar não foram também adquiridos pelos seus avós e pelos seus pais?
Você não consegue fazer um esforço para não ser constantemente malcriado e incansavelmente intrometido?
Que tem pouco que fazer e com que se ralar todos sabemos.
Qual é afinal o seu problema é que eu gostava de saber, mas acho que nunca irei ter essa sorte.

Lúcio Ferro disse...

Meu bom amigo, o simples facto de lhe ter suscitado mais uma reflexão escrita de grande valor reflexivo sobre as virtudes das luzinhas amarelas e dos problemas respiratórios que as ditas possam ou não provocar, já me deixa muito feliz, pois tal significa que o estimulei a dizer de sua justiça, a botar discurso e a ajudar uma infindável quantidade de pessoas a quem por certo o amigo e as suas palavras são muito úteis. Por falar nisso (no ajudar), parece que o café na Livraria é carote, mas continuo disponível, na pior das hipóteses vê uma boina com uma cor diferente da sua, se ainda a tem, como já vai para bisavô.... Quer dar um ar da sua graça? Diga a hora que lá estarei. Saudações cordiais, desde a Avenida de Roma.

manuel campos disse...

Acabou a obra, o ambiente é "cozy" em toda a casa e ninguém está a levar com o calorzinho: acabou também assim o recreio por aqui.
Aos leitores meus conhecidos que me fizeram chegar rumores que estavam bem divertidos com as "espadeiradas" do dia apresento as minhas antecipadas desculpas mas vou jantar (mesa marcada no único local do restaurante que não apanha com AC nenhum) e depois tenho uma peça de teatro para ver, o Youtube tem magníficas peças de teatro francesas na boa tradição do "Theatre de Boulevard".
Ou então um filme do Lino Ventura ou do Jean Gabin, também no Youtube e normalmente com uma imagem (P/B) muito boa.

manuel campos disse...

Lúcio Ferro

Primeiro: não sou seu bom amigo, não está excluído que o venha a ser mas para já não sou.
Segundo: vá dar uma volta ao bilhar grande, ao maior que encontrar e a pé (o 156 está a reparar).
Se você não percebeu ainda que, quando falo de problemas respiratórios, falo de “cancros” então é porque é muito menos inteligente do que eu alguma vez poderia imaginar.
E com os “cancros” dos outros não é aconselhável brincar, não convém provocar os deuses, nem sequer os humanos que sofrem com eles, é mau demais como atitude.
Não sei se ajudo ou não alguém nem me interessa, aqui não há prémios nem sequer votações do “mais bonzinho” nem do “mais espertinho”, o que há é pessoas que falam de assuntos que podem interessar a outros (mesmo que falem também dos que lhes interessam só a eles, como eu) e pessoas que falam dos assuntos que só lhes interessam a eles (mesmo que não interessem a mais ninguém).
Se o número é infindável duvido, ainda há dias aqui fiz a estimativa e no máximo 25% dos leitores nunca daria mais que 500, questão básica de aritmética.
Mas se assim for é bonzito, mesmo que sejam só 250 é catita, 125 ainda uma multidão.
O café ser carote ou não pouco me rala, se fosse caso disso até o convidava para o Gambrinus.
E não tenho boina, tenho um chapéu italiano no Outono/Inverno e um panamá equatoriano (que é onde os originais são feitos) na Primavera/Verão.
É assim, o que é que eu posso fazer se gosto e posso andar bem ataviado?
Tenho que puxar os cordões á bolsa, está bem de ver.

Quanto a ir para bisavô, tendo em conta que pelo que sei temos os dois a mesma idade mais coisa menos coisa, só quer dizer que fui pai cedo e os meus filhos não tão cedo mas muito a horas, pelo que ser bisavô aí pelos 80 anos não é para todos, pelo menos para si não será.
Tendo em conta que não tenho que sustentar ninguém e não se antecipa que alguma vez venha a ter, muito (muitíssimo!) pelo contrário, não se pode dizer que isso seja mau.
Não vejo porque é que antecipa que a boina, no caso de eu a ter, fosse de uma cor diferente da sua mas, se leva a de paraquedista, é capaz de não ser grande ideia, há muitos paraquedistas desconhecidos de si por aí.
Não, não quero dar um ar da minha graça, pois o Lúcio Ferro não apareceria, nunca aparecem as pessoas que se armam em valentões na internet com este tipo de "convites", por isso mesmo é que se armam em valentões porque não têm a intenção de aparecer.

Conversa de miúdos parvos, eu bem sei, mas não resisto.
Resisto a tudo menos às tentações.
Mas diverti-me por aqui esta tarde, obrigado pela companhia.

PS- Já estou a suar mas é do AC novo.
Aviso no entanto quem tiver problemas respiratórios, mesmo pouco graves, que não deve poupar (se puder) pois os sistemas de filtração são obviamente melhores com o preço mais alto.
Outra coia útil neste é que há uma aplicação que permite ligar o sistema quando estivermos ainda a uma boa distância daqui, pelo que a casa estará mais quentinha ou mais fresquinha quando chegarmos.

Lúcio Ferro disse...

Bom, eu diria que dos 54 para os 80 ainda vai uma distância. E estava a ser genuíno no desafio que lhe fiz; a boina era para me pudesse identificar e, se não lhe apetecesse dirigir-me a palavra, não o fazer. Ademais, nada tema, dada a minha formação e a educação que os meus paizinhos me deram, seria incapaz de ter qualquer atitude menos digna para com octagenários, quaisquer que fossem as circunstâncias. Um bom dia, acautele-se com isso dos AC's.

manuel campos disse...

Lúcio Ferro
Remeto para o que me escreveu às 18.53 aqui
https://duas-ou-tres.blogspot.com/2024/09/e-assim-acontece.html
que é o único modo de enquadrar o que tenho a dizer-lhe, pois poucos vão lá atrás nos textos.
Que não se chama Lúcio Ferro não é novidade nenhuma, já o admitiu em tempos quando andaram para aí a propor-lhe outros nomes alternativos baseados em profundas e complexas pesquisas na internet e ligações a sítios vários (nem sei como acabou).
Foi precisamente por isso que não mostrei interesse no amável convite que me fez, não me encontro não sei com quem, mas não pus aqui que não se chamava Lúcio Ferro, só disse que o senhor não morava na Avenida de Roma, o que não quer dizer que não more perto, vá ao “Central” – eu também o conheço bem – na Guilhermina Suggia).
Não sou “octagenário”, primeiro porque ainda não cheguei aos 80 anos (espero ser bisavô por essa altura, o que é diferente) e depois porque se escreve “octogenário” com “o” e não com “a”.
Mas houve uma evidente falta de cuidado sua ao não se lembrar que uma muito significativa quantidade das pessoas que aqui vêm estarão ali entre os 70 e os 80 anos, o que é claro através das memórias que nos trazem e das análises da vida que fazem, pelo que a sua precipitação de me chamar “octagenário” a uns anitos dos 80 é capaz de não lhe ter trazido grande número de admiradores, senão mesmo ter-lhe retirado alguns.
Sempre me referi a mim próprio como velho aqui, o CC não mente mesmo quando o espelho e a saúde sem mácula vão disfarçando e, se não fosse velho não poderia ser bisavô, o que me pode dar direito a que na passagem do ano 2099 para 2100 ainda haja alguém a dizer aos bisnetos que teve um bisavô do mais chato que se pode alguma vez imaginar, é a fatia de “eternidade” que me pode calhar, não é grande coisa mas é.

Quanto aos AC’s.
Não me constipo desde Abril de 1984 precisamente porque tenho cuidado com os ACs, as correntes de ar e o sol na moleirinha, o que para quem passou metade do dia a dar a volta a pé a instalações industriais de alguma dimensão durante anos e anos não é nada mauzote.
Acontece que eu falei apenas dos problemas de minha mulher, a sua recomendação é assim digamos que infeliz, ainda que eu saiba que os problemas de saúde que se tratam na Champalimaud e no IPO, como é do conhecimento público, só acontecem aos outros.

Uma não menos boa tarde para si como o dia foi bom para mim, deitei-me às 3 da manhã, às 9 já estava a pé, só parei agora.
É o bucolismo a que tenho direito.
No estacionamento do restaurante ao almoço, um Aston-Martin novinho, dois Jaguar descapotáveis (hoje com a capota, já chove), cinco Porsche variados (dos quais dois Panamera), os 3 ou 4 Mercedes Classe E que lá estão sempre e depois os carros normais como o meu (já sem luzinha acesa!).
É a província a que tenho direito.

Lúcio Ferro disse...

Parabéns pelos chaços modernaços que estacionam na sua província, continuo a gostar mais do meu. É que, sabe, um Alfa Romeo 156 Giancarlo, Preto, bancos de cabedal creme, é inconfundível e, como tem boa memória, saberá que tenho garagem privativa; mas saberá onde?.... :)

manuel campos disse...

Lúcio Ferro
Agradeço a sua resposta das 02.11.
Na opinião de uns que me telefonam eu já me devia ter deixado de conversas consigo, que nunca responde ao que lhe dizem e é só deitar bolas fora, na opinião de outros que me falam esperam que eu continue porque isto os entretém.
E eu não posso desgostar os meus fãs, tanto os conhecidos que sei quantos são, nem os desconhecidos que espero que ainda tenha.
Como isto é um blogue é um blogue é um blogue, como bem me lembrou o dono do mesmo em tempos relembrando-me a insustentável leveza disto tudo, cá fico consigo pois toda a escrita é um treino, eu gosto disso e não tenho conversa para todos os que andam muito ocupados a salvar o mundo quando eu me contento em ajudar os que me cercam.
Como só cheguei agora a casa pois estive a dormir a sesta ali numa vinha enquanto os outros trabalhavam (melhor local não há) e o nosso Embaixador não tinha o seu comentário aprovado a última vez que cá passei de madrugada, só agora escrevo (senão teria despachado o caso às 3 da manhã e já poderíamos estar nas cenas dos próximos episódios.

Vamos por partes.
1. Quem se julgou muito engraçado e me desejou no texto “Livraria Martins” que “Tenha uma boa tarde no seu retiro bucólico da província” às 18.53 foi o senhor.
2. Sendo eu de Lisboa há 4 gerações e sabendo de experiência feito que as pessoas que vivem em Lisboa, ainda que toda a família e até eles próprios possam ter vindo da província, a partir do momento que lá vivem se acham cosmopolitas e até nalguns casos se envergonham das suas origens, muitas vezes olhando com um certo desprezo e distanciamento tudo o que vá para além de Loures de um lado e do rio Tejo do outro, apenas lhe resolvi dizer que o meu retiro não é assim tão bucólico e que a província já não é o que era, pelo menos esta aqui.
3. Os chaços não sendo meus e, na maior parte dos casos, nem me dando eu com os respectivos proprietários não vejo que raio de parabéns eu mereça, a não ser que se refira a que por mérito próprio possa frequentar os restaurantes que me apeteça onde me apeteça todos os dias do ano, independentemente do preço.
4. Se desse alguma atenção a isso dos carros talvez se lembrasse que, quando aqui se falou nisso e o senhor disse que tinha o Alfa 156 e um jeep qualquer que não me lembro a marca, eu lhe tenha dito que um filho meu (agora com 53 anos) também tem um Alfa 156 e não se desfazia nem se vai desfazer dele por nada deste mundo.
5. Mais ainda, quando aqui se falou de carros sempre disse que tenho este mais recente, agora com 8 anos e uns 81500 kms, outro da mesma marca “um pouco especial” por ter sido uma encomenda específica do 1º dono (escuro, bancos de pele creme, madeira de mogno por toda a parte), agora com 20 anos e uns 71500 kms suportados pelas revisões na marca, um terceiro (Passat) com quase 25 anos e quase 250000 kms, que ainda há dias aqui avaliei em 1500€ no máximo e do qual também não me desfaço por nada deste mundo.
Tenho adiantado ainda que aquele mais recente que trava sozinho e arruma sozinho (que vem com o carro) não tem absolutamente nenhum extra, nem sequer GPS (que por acaso o outro com 21 anos tem, na modalidade CD), por aqui vê o que carros novos me interessam, bem como telemóveis pois o meu telemóvel continua a ser um NOKIA 3310 que faz o que preciso que faça e não me chateia com mais nada.
Daqui se poderá concluir do meu entusiasmo por chaços novos.
6. Pois deve ser um Alfa 156 muito vistoso e do modelo Giancarlo não há muitos, mas não vejo porque me dá tanta informação pois não estou comprador.
7. Tenho boa memória mas não me lembro da sua garagem privativa, não exageremos a sua importância que o senhor também não exagera a minha.
Pois não sei onde fica a garagem que eu não sabia que tinha, se é que alguma vez soube e muito menos sei onde.
Será na residência oficial do PR ou na do PM?

Bernardo Pires de Lima

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