quarta-feira, setembro 11, 2024

Direitos


Tenho de pagar direitos de imagem por fotografar as flores do vizinho?

3 comentários:

manuel campos disse...

Desde que evite a intromissão abusiva e o devassamento do jardim do vizinho, bem como evite atirar objectos para lá acho que se safa, muito mais com uma sebe tão boa de permeio.
Mas nada de se empoleirarem em escadotes e fotografarem familiares e amigos dos vizinhos a apanhar sol, que eu conheço um sujeito que processou o vizinho por causa de tanto devassamento descarado.

Como tenho a buganvília mais bonita num raio de umas boas centenas de quilómetros (pelo menos), sou grande bisbilhoteiro das buganvílias dos outros.
A minha está de tal modo que já faz um semi arco sobre uma das ruas que ladeiam o jardim (só de um lado é que não há rua) e tem que ser cortada, ainda me está a dar cabo do telhado de um lagar antigo que agora é só decorativo.

Luís Lavoura disse...

manuel campos

já faz um semi arco sobre uma das ruas que ladeiam o jardim

A sua buganvília está portanto a deitar porcaria (folhas, etc) para a rua. Não é correto e vai contra a lei. Você deveria podá-la.

Eu tenho uma casa no Porto que sofre com o vizinho ter uma árvores altas cujas folhas caem sobre a minha casa e o seu pátio. Já o mandei cortar essas árvores. Ele não tem o direito, de acordo com a lei, de ter no seu jardim árvores que emporcalham o meu.

manuel campos disse...

Eu não sei o que seria de mim se não fossem os sábios conselhos e as indicações expressas do Luís Lavoura sobre a forma de resolver as várias situações complicadas da minha vida, de que este gravíssimo atentado ao espírito cívico não é de todo a menor nem deve passar impune.
No meu caso já me aconselhou fortemente a vender a casa de Lisboa para me ver livre das trotinetes, tenho-me safado das suas preocupações com o facto de eu já não ter idade para comer tanto ou beber antes de ir guiar, do que nem todos por aqui se podem gabar.
Não sabe onde é a casa aí perdida algures no país, numa vila com menos de 4000 pessoas onde não se vê ninguém em nenhuma rua, mas sabe que eu estou a infringir a lei.
Haja quem me policie porque de facto estou a infringir a lei e a minha culpa não pode nem deve morrer solteira, há crimes que têm forçosamente que ter o merecido castigo.

Mas vamos enquadrar a situação, não tenho perdão mas pode ser que alguma atenuante se encontre pelo meio do meu arrazoado, o que poderei eu alegar em minha defesa.
Começo por dizer que as mentalidades urbanas deviam ir viver uns meses para o campo, no campo talvez arejassem as ideias feitas do que é uma rua ou do que ela pode ser numa vila precisamente no campo.
Sendo a zona de moradias, a rua que me passa à porta principal é até uma das principais de acesso ao centro e a rua que me passa a sul é até uma rua de circulação entre dois pontos importantes da localidade, estes dois “até” são tão “até” que até têm ali uns vistosos e vagamente inúteis semáforos porque nestes sítios já não mora muita gente que saia à rua, os sinais abrem e fecham e se estiverem lá 3 carros já é considerado um engarrafamento.
Ora a 3ª rua, aquela onde eu despejo as folhas e os etc. para o chão, é uma rua nas traseiras e tão larga que só passam carros normais, os SUV já correm perigo.
Para mais do outro lado está um terreno urbano abandonado há tantos anos que eu só vivo descansado porque o quartel dos bombeiros é a menos de 100 mts.
É nesta rua em macadame que este porcalhão que aqui se penitencia despeja quantidades vergonhosas de folhas de buganvília ao arrepio da lei.
Mas adiante, desculpas manhosas não me faltam.
Quando o senhor que me tomava conta do jardim se apaixonou por uma imigrante nas redes sociais e a legítima o correu de casa a pontapé, o dito senhor foi viver com a sua nova paixão para o concelho ao lado.
Não havendo quem queira tomar conta de jardins por ali, contratei uma empresa especializada que trata de tudo (só sebes variadas são mais de 250 mts, estive agora a medir no Google Maps e crescem que é um disparate).
E como essa empresa também faz trabalhos para a autarquia (e ainda mais 3 concelhos vizinhos) eles que se entendam lá entre eles quanto ao que é preciso cortar ou não, por mim está tudo bem porque é para não me chatear que eu lhes pago (ainda que não diga aqui quanto é, havia de ser bonito).

Falta só saber se o vizinho a quem deu ordens para cortar as árvores lhe obedeceu ou não e, se não obedeceu, que providências legais o Lavoura tomou.

PS- Escrevi muito mas tendo em conta o que foi acontecendo nos meus 2 últimos dias, nada mais relaxante que trocar ideias com quem se preocupa comigo (e que me reeduca insistentemente).

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