Acho muito bem que mais 50 pessoas tenham assinado. Mas não se me afigura que alguma vez alguém vá levar alguma coisa à prática naquele sentido. Há muita gente a quem interessa que as coisas continuem como estão. A começar pelos jornalistas, que têm interesse em ter processos perpétuos que duram dezenas de anos sem que jamais alguém chegue a ser inocentado.
Pois, também subscrevo. Mas onde ? Este pais tem muitas capelinhas de vaidades... E assim nåo vamos lá. Até porque muitas das agora Cem Personalidades já podiam ter feito algo para mudar o panorama da Justiça em Portugal.
A propósito da recente eleição para a presidência do Supremo Tribunal o jornal Publico publicou uma breve nota onde o Vice-Presidente Nuno Gonçalves e candidato à Presidência afirmava como linha mestra da sua futura ação ser um "presidente firme e coerente na defesa do estatuto" do STJ, "sendo incansável na defesa intransigente" da classe, dos direitos e deveres dos juízes e na luta pela melhoria das condições de trabalho. E nós, humildes cidadãos a imaginar que os magistrados estavam comprometidos com o respeito pela Constituição nomeadamente os direitos liberdades e garantias dos cidadãos? Na realidade este senhor confunde a sua função de magistrado com a de sindicalista. Que esta personalidade oriunda do Ministério Publico tenha sido nomeado vice presidente do STJ diz muito sobre o estado da justiça e o comportamento corporativo da magistratura.
muitas das agora Cem Personalidades já podiam ter feito algo para mudar o panorama da Justiça em Portugal
Pois.
Enquanto o Ministério Público se dedicou "somente" a demitir presidentes de Câmaras Municipais, quase todas as Personalidades estiveram sempre quietas e caladas.
Só quando o MP decidiu abater também um Primeiro-Ministro é que se perturbaram.
Honra seja feita a Rui Rio, que eu saiba o único político que há muitos anos vem denunciando o MP.
Pois eu subscrevo o comentário de “afcm”, não vamos lá mas não é para ir e, como não é para ir, não penso muito mais nisso, quem quer raramente pode, quem pode raramente quer.
O texto (que li) deveria começar pela última linha “Melhorar a efetivação do direito de acesso dos cidadãos à justiça” e ser seguido de tudo o resto que decorre daqui. Quando se anda de autocarro e de Metro como eu (para quem chegou agora aqui ao blogue tenho carros - no plural - não estou numa de coitadinho) assim como está é uma boa intenção que o comum dos mortais não partilha e, muito pelo contrário, encara com desconfiança o que considera “problemas lá da bolha político-mediática, eu continuo a ser lixado sempre que calhar”. Mas não vejo ali (e nunca me constou que o fizessem) muitas pessoas que andem de autocarro e Metro.
Quando se fez mais do que andar por aí ao longo da vida, quando se conheceu (e ainda conhece) bastante gente, sabe-se qualquer coisinha sobre as pessoas, ouviu-se muito e ainda se ouve. E isto para além de ainda conhecer ou ter conhecido 10% das pessoas entre as duas listas, o que não é muito mas já não é mau para quem não andava pelos mundos do funcionalismo ou da intelectualidade.
Assim vejo estas listas e faço sempre um pequeno exercício, imprimo-a, pego numa canetita BIC devidamente ratada na ponta e ponho-me a fazer cruzinhas ao lado dos nomes, 5 cruzinhas quando acredito bastante na boa intenção da pessoa, 1 cruzinha quando acho que só pode estar a gozar comigo ao assinar (não dou 0 a ninguém, todos nós merecemos um fundinho de dúvida). Depois é só fazer uma curva de Gauss, calcular uma média ou, com alguma boa vontade, uma mediana (que evita distorções provocadas por valores extremos). E tirar as conclusões científicas que confirmam a opinião empírica que já tinha.
PS- Se alguém encontrou umas lentes solares clip-on, daquelas ajustáveis aos óculos normais graduados, entre as 5 e as 6 da tarde de ontem na FNAC do Chiado, pode ficar com elas, já encomendei outras.
9 comentários:
Sou um cidadão anónimo que já leu e concorda com o texto. Onde assino?
Faço minha a questão de Jbraga. Por que raio somente pessoas selecionadas (por que método?) têm o direito de subscrever o manifesto?
Acho muito bem que mais 50 pessoas tenham assinado. Mas não se me afigura que alguma vez alguém vá levar alguma coisa à prática naquele sentido. Há muita gente a quem interessa que as coisas continuem como estão. A começar pelos jornalistas, que têm interesse em ter processos perpétuos que duram dezenas de anos sem que jamais alguém chegue a ser inocentado.
Antes de ler já tinha gostado e depois de ler ainda gostei mais.
Pois, também subscrevo.
Mas onde ?
Este pais tem muitas capelinhas de vaidades...
E assim nåo vamos lá.
Até porque muitas das agora Cem Personalidades já podiam ter feito algo para mudar o panorama da Justiça em Portugal.
A propósito da recente eleição para a presidência do Supremo Tribunal o jornal Publico publicou uma breve nota onde o Vice-Presidente Nuno Gonçalves e candidato à Presidência afirmava como linha mestra da sua futura ação ser um "presidente firme e coerente na defesa do estatuto" do STJ, "sendo incansável na defesa intransigente" da classe, dos direitos e deveres dos juízes e na luta pela melhoria das condições de trabalho. E nós, humildes cidadãos a imaginar que os magistrados estavam comprometidos com o respeito pela Constituição nomeadamente os direitos liberdades e garantias dos cidadãos? Na realidade este senhor confunde a sua função de magistrado com a de sindicalista. Que esta personalidade oriunda do Ministério Publico tenha sido nomeado vice presidente do STJ diz muito sobre o estado da justiça e o comportamento corporativo da magistratura.
afcm
muitas das agora Cem Personalidades já podiam ter feito algo para mudar o panorama da Justiça em Portugal
Pois.
Enquanto o Ministério Público se dedicou "somente" a demitir presidentes de Câmaras Municipais, quase todas as Personalidades estiveram sempre quietas e caladas.
Só quando o MP decidiu abater também um Primeiro-Ministro é que se perturbaram.
Honra seja feita a Rui Rio, que eu saiba o único político que há muitos anos vem denunciando o MP.
Pois eu subscrevo o comentário de “afcm”, não vamos lá mas não é para ir e, como não é para ir, não penso muito mais nisso, quem quer raramente pode, quem pode raramente quer.
O texto (que li) deveria começar pela última linha “Melhorar a efetivação do direito de acesso dos cidadãos à justiça” e ser seguido de tudo o resto que decorre daqui.
Quando se anda de autocarro e de Metro como eu (para quem chegou agora aqui ao blogue tenho carros - no plural - não estou numa de coitadinho) assim como está é uma boa intenção que o comum dos mortais não partilha e, muito pelo contrário, encara com desconfiança o que considera “problemas lá da bolha político-mediática, eu continuo a ser lixado sempre que calhar”.
Mas não vejo ali (e nunca me constou que o fizessem) muitas pessoas que andem de autocarro e Metro.
Quando se fez mais do que andar por aí ao longo da vida, quando se conheceu (e ainda conhece) bastante gente, sabe-se qualquer coisinha sobre as pessoas, ouviu-se muito e ainda se ouve.
E isto para além de ainda conhecer ou ter conhecido 10% das pessoas entre as duas listas, o que não é muito mas já não é mau para quem não andava pelos mundos do funcionalismo ou da intelectualidade.
Assim vejo estas listas e faço sempre um pequeno exercício, imprimo-a, pego numa canetita BIC devidamente ratada na ponta e ponho-me a fazer cruzinhas ao lado dos nomes, 5 cruzinhas quando acredito bastante na boa intenção da pessoa, 1 cruzinha quando acho que só pode estar a gozar comigo ao assinar (não dou 0 a ninguém, todos nós merecemos um fundinho de dúvida).
Depois é só fazer uma curva de Gauss, calcular uma média ou, com alguma boa vontade, uma mediana (que evita distorções provocadas por valores extremos).
E tirar as conclusões científicas que confirmam a opinião empírica que já tinha.
PS- Se alguém encontrou umas lentes solares clip-on, daquelas ajustáveis aos óculos normais graduados, entre as 5 e as 6 da tarde de ontem na FNAC do Chiado, pode ficar com elas, já encomendei outras.
Não comentem sem antes lerem o texto e sem concordarem com ele...
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