Há uma regra de ouro em política: quando um amigo e homem de bem é vilmente atacado pelos que não são do nosso campo, mesmo que pudéssemos achar que ele estava a incorrer num erro, há uma forte probabilidade de sermos nós, afinal, quem não tinha razão.
Um forte abraço ao meu amigo Eduardo Ferro Rodrigues.
9 comentários:
Criticar a decisão não tem nada a ver com a honestidade do homem.
O 25 de abril, contra ventos e marés, irá perdurar
Senhor embaixador! Permita-me dar a minha opinião, pois julgo que não é pelo facto de sermos amigos de alguém que não podemos dizer exatamente o que pensamos e condenar ou discordar. Aliás, exatamente por sermos amigos é que temos o dever se o fazer. E, já agora convenhamos mas o Presidente da Assembleia da República, tem-se excedido. O senhor está a desempenhar um cargo e não é o “dono” da casa da democracia, certo? Por outro lado, não me parece saudável, correto, honesto e desejável que politicamente não se questione uma atitude falhada e errada, pois isso são processos e procedimentos de regimes que não se devem confundir com o nosso...! Um ótimo resto de domingo
Deixem-se estar no vosso campo e comemorem todos, e que sejam muitos, o 25 de Abril. Cada um comemora o que quer e com os riscos que quer. Prometo que não incomodo. Vou chorar baixinho, lamentar o país pobre e miserável em que nos tornámos e suspirar de saudade pela minha terra, de além mar.
O Presidente da Assembleia da República substitui o Presidente da República, na sua ausência ou impedimento temporário.
Foi eleito.
Em democracia é assim.
Senhor Embaixador,
Todos nós temos amigos que pertencem ou não “ao nosso campo” e ainda bem que isso acontece. Tal facto não invalida que sejamos isentos e desapaixonados em determinadas ocasiões, Parece-me ser excessiva a apreciação que hoje faz sobre a actuação do Dr Ferro Rodrigues.
É de muito mau gosto e ofensiva para com os portugueses que tão civilizadamente têm acatado e respeitado as regras apresentadas nesta época de pandemia, a celebração do 25 de Abril nos moldes apresentados.
Na época do digital haveria certamente mil e uma maneiras de comemorar a data, salvaguardando perigos e gastos numa época que está sendo muito dura já para muitos de nós.
Quando li o seu texto, de imediato me veio à memória outra frase também ela memorável:
- Quem se mete com o PS leva!
No mínimo ninguém o pode acusar de incoerência pois o seu texto é absolutamente transparente nesse sentido.
Por outro lado, quer se venha realizar este evento na actual conjuntura, quer se altere a decisão e se opte pela não realização, já estamos perante a maior contribuição de que tenho memória para tornar estas comemorações risíveis num futuro que será próximo.
António Santos
Não se trata da pessoa, não é o Eduardo. A quererem, ainda por cima quando este governo tem um Ministro ou Secretário de Estado dedicado ao «desenvolvimento digital» ou como lhe chamam e a RTP é paga pelos contribuintes, na minha opinião, faziam assim:
- cerimónia digna, com a presença de PR, PM, o líder de cada bancada. E um representante dos Capitães de Abril. Cerimónia transmitida pela RTP1, em directo, para todos.
Da mesma maneira que não gosto de ver o PM reunir-se com o cardeal na casa do cardeal e não ir o dito senhor a S. Bento. O PM é órgão de Soberania. O PR é católico e não se desloca ao Patriarcado para uma reunião…. Estão sempre a invocar a Constituição… Portugal não é Malta. Esse país, sim, tem na sua Constituição não um Estado laico, com liberdade de cada um professar a religião que quizer, ou nenhuma. Malta é católica, na Constituição.
Não vi o PM ir agradecer ao sheik Munir ter posto o espaço da Mesquita de Lisboa, para rapidamente serem submetidos a testes todos os habitantes de um hostel, depois de constatarem existir infecção em alguém, acção mobilizada pela Câmara da cidade.
Quanto ao 1º. de Maio, idem: cada central sindical (e têm tempo até lá e jovens capazes de tratar do «digital», também só considero normal uma cerimónia digna, transmitida pela rtp1 e não «acções de rua», em que o controle do disparate vai sobrar para a PSP e Polícia Municipal, já cansados e necessários noutras situações.
Tempo excepcional é para todos e as instituições devem dar o exemplo!
Claro que todos têm direito a ter a sua opinião sobre a celebração do 25 de Abril na Assembleia da República, não tenho dúvidas de quem nem todos os que não estão de acordo o fazem por questões ideológicas, mas não se pode comparar este acto com o ir para uma festa, até porque a Assembleia tem continuado a reunir para, nomeadamente, aprovar o estado de emergência. Para não me alongar, tomo a liberdade de deixar um link para o artigo de opinião do Daniel de Oliveira hoje no Expresso via "estatua de sal". https://estatuadesal.com/2020/04/20/ironia-seria-fechar-o-parlamento-so-para-o-25-de-abril/
Enviar um comentário