domingo, fevereiro 18, 2024

"Portugal e o futuro"


No dia 15 de fevereiro de 2024, apresentei no El Corte Inglés o livro "O general que começou o 25 de Abril dois meses antes dos capitães", de João Céu e Silva. 

Quem quiser ler o texto dessa apresentação pode fazê-lo aqui.

7 comentários:

manuel campos disse...


Uma análise sensata, 50 anos depois não é tão fácil como muita gente julga, pela simples razão que a maior parte das pessoas, mesmo as que viveram intensamente os acontecimentos, se perderam pelo caminho no meio de tantas histórias as mais das vezes contraditórias, deixaram de conseguir raciocinar e juntar ideias sobre os factos daquela época.
Cada vez mais assoberbados pelas catadupas de informação (as mais das vezes inútil e repetitiva) lá se vai a capacidade e o tempo para reorganizar ideias e repensar os factos.

A parte final das "especulações" e dos "ses" merece bem que nos debrucemos sobre ela, são propostas intelectuais interessantes, agora que essas hipóteses já são notas de pé de página da História pois "tudo aconteceu como aconteceu".

Houve um pequeno número de pessoas que contribuíram para o livro nalgumas áreas mais especializadas, ainda que ninguém tivesse levantado o dedo alguma vez a dizer "um deles fui eu", porventura nem sabiam bem para o que lhes tinha sido pedida a opinião.
Seja como fôr, das duas que suspeito o terem feito e conheci mais tarde (com uma até trabalhei uns tempos), é evidente para mim que o objectivo delas era a abertura do país ao mundo e, em particular, à Europa pois não tínhamos "globalização" nenhuma á vista.

E essa abertura só podia dar-se de forma plena e natural com o fim da ditadura e a implantação da democracia, como é óbvio.

PS- Estou aqui com a 1ª edição, de Fevereiro de 1974, da Editora Arcádia S.A.R.L., impresso na SAFIL, gráfica de que não me lembro.
Já não o ía buscar ali à estante há muito tempo e estou impressionado com o estado geral, dos que estão ali na secção “25 de Abril” (e são muitos) é de longe o que se conservou melhor.
Talvez porque seja o que merece estar mais bem conservado, há por ali muita “espuma dos dias”, tivemos como sempre muito “cavalgar da oportunidade”.
Este vale o que vale mas, na dúvida, valeu muito.



Reaça disse...

Spínola adaptou um livro que já tinha sido escrito noutras circunstâncias vários anos antes por Norton de Matos.

Anónimo disse...

O golpe de Botelho Moniz foi em abril de 1961, não em abril de 1971.

Anónimo disse...

Ao que consta foi feito a quatro mãos com Veiga Simão.

Nuno Figueiredo disse...

viu-se...

Nuno Figueiredo disse...

03:05: l'écume des jours.

jj.amarante disse...

Gostei da sua apresentação, mais uma vez equilibrada e instrutiva.

Na altura eu estava mobilizado em Bissau e o livro "O Portugal e o Futuro" estava à venda em todo esse nosso Estado Unitário Pluricontinental, com excepçãp das possessões ultramarinas, reduzindo-se assim a sua venda à então chamada Metrópole.

Deu-se a circunstância de eu ter vindo à Metrópole numas curtas férias, talvez de uns 10 dias em que por coincidência se deu o golpe das Caldas, parece-me que em 16/Mar/1974. Antes da viagem tinham-me encomendado o livro pelo que transportei 6 exemplares do referido livro, para militares então na Guiné.

As propostas do livro eram praticamente impossíveis de aceitar por movimentos independentistas que já estavam na fase da luta armada pelo que considero esta sua frase como o resumo mais feliz:"Eu inclino-me para algo que Raul Rego, ao que recordo, disse: "O que Vossa Excelência disse não é novo. O que é novo é isso ter sido dito por Vossa Excelência"."

Isto é verdade?