sábado, fevereiro 17, 2024

O grande teste

Um teste caricatural, mas que nunca falha, sobre se um determinado regime é democrático, é quem quer que seja ter o direito a se manifestar pacificamente, a propósito do que muito bem lhe apetecer, dizendo ou berrando tudo o que quiser, em frente à sede do poder político do país, sem correr o menor risco de ser preso ou incomodado.

Em Moscovo, pode-se?

9 comentários:

netus disse...

Boa tarde.
Poder creio que pode. Não consegue é repetir.
António R. Cabral

Anónimo disse...

Ainda há dias umas miúdas atreveram-se a berrar não sei o quê na UL e foram removidas, algemadas e em contenção, pela policia de choque. Não bastasse e parece que a "revista" na esquadra terá sido algo "intrusiva". O que é que isso diz sobre este país ?

MR

Nuno Figueiredo disse...

e polícias em greve, pode-se?

Anónimo disse...

Há tempos, penso que neste mesmo blogue, lia algo, em jeito de recomendação, parecido com o seguinte: perante um evento com impacto geo-politico, a primeira questão a colocar seria: quem beneficia ? Por que não colocá-la neste caso: perante a debacle nato /ucrânia, quem beneficia com a morte de Navalny ?

Ricardo

aguerreiro disse...

*Nem em Moscovo nem em Lisboa*, deve ser complexo de cidades nas duas extremidades da Europa.
* No passado domingo os adeptos da extrema direita (?) foram proibidos de se manifestarem pela Cãmara de Lisboa, só não caiu o governo por já estar demitido

Anónimo disse...

Quem havia de dizer que ainda iriamos viver tempos em que seria a direita a apoiar o regime da Rússia.

Joaquim de Freitas disse...


Pode-se, sim, Senhor Embaixador. No país farol da democracia, que a vende a golpes de estado no mundo inteiro, ou ao som do canhão, assassinando presidentes doutros estados, eleitos democraticamente,

Pode-se berrar e mesmo invadir o coração do Estado, partir tudo lá dentro e sujeitar-se a receber tiros. Quantos mortos no 6 de Janeiro de 2022 na Casa Branca?

Pode-se mesmo assassinar o presidente nas ruas duma grande cidade, e em seguida o ministro da justiça, seu próprio irmão, e candidato indigitado para lhe suceder na chefia do Estado. Não é um fim melhor que no goulag…Tudo isso é possível na democracia.

Grande democracia ! Por que os Estados Unidos tentam extraditar Julian Assange? Os Estados Unidos estão a processar Julian Assange por documentos que publicou em 2010 e que lhe foram fornecidos por Chelsea Manning, um denunciante militar dos EUA. Estas publicações revelaram crimes de guerra, tortura, assassinatos, a lista de prisioneiros da Baía de Guantánamo e as regras dos EUA para ataques aéreos.

De facto, a Democracia pode ser tudo e o seu contrario.


Joaquim de Freitas disse...


Peço desculpa por este complemento, Senhor Embaixador. Se o General Humberto Delgado foi vítima do fascismo numa ditadura feroz, assassinado pelos esbirros da PIDE, foi numa democracia que o presidente da Republica Portuguesa recusou condecorar o Grande Capitão de Abril, Salgueiro Maia. E que resta para mim, uma das piores injustiças dos pseudo democratas que assaltaram o poder em Portugal, sob o véu pudico da Democracia.

balio disse...

Mas que raio temos nós a ver com aquilo que se pode ou deixa de poder em Moscovo?
Temos é que ter boas e profícuas relações com todos os países do mundo, incluindo, naturalmente, a Rússia.

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