segunda-feira, fevereiro 26, 2024

Passos

É de presumir que o surgimento de Passos Coelho na campanha haja sido o resultado de uma decisão de custo/benefício: entre fazer renascer a figura que personalizou a austeridade e recuperar o líder sebastiânico da direita, o PSD achou que podia arriscar. Logo veremos se fez bem.

6 comentários:

Nuno Figueiredo disse...

na minha esteira, é total e completamente indiferente. les dées sont joués.

Unknown disse...

Creio que fez bem. Passos Coelho, afinal - e apesar das "malfeitorias" que lhe são imputadas, mas que teve de executar, nas mais das vezes, em obediência ao acordo celebrado entre o PS e a Troika - ganhou folgadamente as eleições de 2015, por muito que tenha custado ao PS. A maioria das pessoas reconheceu o trabalho patriótico que desenvolveu.

Carlos disse...

Não tem risco …. Para recuperar votos junto do Chega nada melhor que ressuscitar o ressentimento anti-PS encarnado por Passos Coelho. Junto do eleitorado jovem a troika não existiu …

manuel campos disse...


Não falo de eleições mas falo da sociedade, que essa sim preocupa-me quanto ao seu futuro, os erros na política podem-se ir remediando de vez em quando, os erros na sociedade levam gerações a remediar.

Estou farto (no bom sentido) de falar na inversão da pirâmide etária, de que o nosso país é um "campeão", nas consequências que daí decorrem.
Mas não adianta, exactamente devido a essa inversão, há cada vez menos gente com netos adultos (como eu tenho) na nossa geração, não os tendo também não têm histórias de gente dessas gerações que conheçam.
Mas como também tenho dito, é triste mas o egoísmo e os interesses particulares são o que são, depois de mim o dilúvio para quem não tem que se preocupar muito com isso.

Isto tudo que disse vai ao encontro total do que diz "Carlos" acima:
"Junto do eleitorado jovem a troika não existiu …"

Nem troika e, mais que muitíssimo menos, Estado novo e ditadura.
Mas continuem a julgar que assustam a miudagem com o "regresso do fascismo".
Dava para rir se não fôsse dramático.



Anónimo disse...

Se as coisas começarem a correr mal ainda vão buscar a múmia cavaquista!
Albertino Ferreira

Carlos disse...

Só uma achega: há algumas semanas fui visitar a exposição de fotografia de Eduardo Gageiro na cordoaria. Era um domingo e observar os outros visitantes valeu quase por uma análise sociológica do país que somos. A média de idades era demonstrativa não só de que somos um pais envelhecido mas também de que para os jovens o 25 de abril é uma data longínqua e com um significado difuso

É por isso que o discurso liberal entusiasticamente promovido pela IL é de forma mais encapotado pelo PSD tem tanta saída junto dos jovens. Eles só conhecem o tempo presente, comparam os seus ordenados com o dos seus colegas por essa Europa fora, querem conquistar o mundo e as preocupações com a saúde ou a reforma estão muito distantes (acham intimamente de qq forma o sistema vai falir antes de poderem dele beneficiar).

Um ponto que surgiu recentemente no debate eleitoral foi a imigracao. Estava latente com o discurso de contornos xenófobos do Chega mas saltou para o meio da sala com as afirmações de Passos Coelho associando à emigração a insegurança de pessoas e bens. Eu acho estas declarações lamentáveis pois vão levar água ao Chega. Dito isto acho que a atitude displicente da esquerda sobre a emigração perigosa. O bom acolhimento dos emigrantes tem de passar por uma gradual integração na cultura nacional evitando a criacao de gethos fechados sobre si próprios como se observa em muitos países. Isto significa uma preocupação com o equilíbrio demográfico em algumas áreas de Lisboa e de outras cidades sobretudo quando as diferenças culturais são muito marcadas. É importante investigar as actividades das muitas lojas de souvenirs e night shops que como dizia Catarina Portas pagam rendas de milhares de Eur e vendem produtos a 5 Eur - so uma atividade subterrânea de legalidade duvidosa pode explicar estas lojas. Até porque estas atividades de contorno duvidoso arrastam consigo uma certa criminalidade - venda de proteção e extorsão, códigos de honra familiares, ataques a pessoas e bens, na maior parte dos casos restritos ao interior destas comunidades mas afectahdo a percepcao publica sobre a seguranca. Estas coisas é que deviam preocupar o MP em vez dos alegados crimes de prevaricação no seio do governo

Encore Pivot