quarta-feira, fevereiro 28, 2024

Na baixa

A facilitação das baixas médicas, por declaração do próprio, é uma medida demagógica e infeliz. Vejam-se os números. Nos empregos, quem ficar a fazer o trabalho dos que usam fraudulentamente a medida deve sentir-se injustiçado e, no limite, será tentado a fazer o mesmo.

6 comentários:

Luís Lavoura disse...

os que usam fraudulentamente a medida

Mas as baixas médicas também podem, em muitos casos, ser fraudulentas. Não foi isso mesmo que aconteceu na epidemia que recentemente atingiu algumas secções da polícia?

Luís Lavoura disse...

Não é uma medida demagógica. É uma medida para aliviar muitas pessoas que, mesmo doentes, tinham que ir a correr ao centro de saúde para tentar arranjar um atestado médico, entupindo os centros de saúde e lixando a saúde às próprias pessoas.
Quando uma pessoa acorda com uma gripe, nada pior do que ter que se meter num táxi, a apanhar frio, para ir ao centro de saúde, entupido que ele está, ainda andando a espalhar vírus nele.
Eu felizmente nunca tivo que fazer tal figura, e creio que o Francisco também não, por isso julgo não ser conveniente estarmos a passar julgamento.

Nuno Figueiredo disse...

no limite? ou não fosse diplomata...

J Carvalho disse...

Depois há o caso dos polícias que adoecem em grupo. Os professores com mais de 12 mil baixas por dia. Enfim, ainda não estamos preparados para o exercício da cidadania. Usam-se os direitos, secundarizam-se os deveres. Logo os governos devem ser mais ponderados, conhecerem melhor a população que têm.

manuel campos disse...


As estatísticas das coincidências de certas datas de um enorme número destas baixas médicas falam por si.
Sendo baixas até 3 dias não são pagas pela S.S., funcionando mais como falta justificada.
E isso remete-nos para a sobrecarga sobre os que nunca as metem, como bem observa.

Há tempos no tal café/restaurante onde almoço quando fico por casa, cidadãos combinavam calmamente na mesa ao lado na base de "agora meto eu" e no próximo fim de semana "metes tu".

aguerreiro disse...

Enquanto houver baixas o SNS não se esgota!
Quanto mais se facilita mais se usa

Tarde do dia de Consoada