quinta-feira, fevereiro 08, 2024

Ficar do outro lado

... e então é assim: há aquela altura da (nossa) vida em que damos conta que o tipo que, desde há anos, em todas as reuniões, se costuma sentar do lado contrário ao nosso, está a falar num tom cada vez mais baixo e menos percetível. E não é que, por coincidência, se dá também o caso de ser progressivamente difícil ouvir o que diz um outro fulano, que se senta a seu lado? É nesta altura que nos vem à ideia a velha anedota da mãe e do passo trocado do soldado.

11 comentários:

Maria Isabel disse...

O melhor que há a fazer, é mesmo arranjar uma anedota para cada situação nova que vai aparecendo
Ahahahah
Maria Isabel

Nuno Figueiredo disse...

escapa-me. ilustre-me sff.

manuel campos disse...


Esta é a mais adequada, mas temos também a dos belgas em sentido contrário numa auto-estrada francesa, ou dos franceses em sentido contrário numa auto-estrada belga, conforme qual deles a conta.

Flor disse...

Não estou a ver qual é a anedota. :)

José Sousa disse...

Há por aí uns aparelhos que o podem ajudar.

aguerreiro disse...

Isso chama-se; P.I.
Esquecemo-nos de que com a senescência vamos ficando moucos, cá por casa acontece o mesmo, tem que se falar de frente de maneira a "ler" os lábios

Luís Lavoura disse...

Se o Francisco ouve mal, tem que arranjar um aparelho auditivo.
Mas creio que eles não são muito eficientes.

jorge neves disse...

Tenho um grupo de amigos que se juntam de quando em vez para umas almoçaradas.Tem piada que acontece exatamente o mesmo. O que será ?

manuel campos disse...

Como ouço muito bem sou capaz de ainda ter uma folgazita até começar a ouvir menos bem, o que não sei se é bom ou mau.
É decerto bom por definição, é decerto mau porque ouço muita coisa que prefiro não ouvir.

Não é o meu caso, porque esse assunto já está resolvido connosco bem vivos, mas há uma anedota que me vem sempre á memória, a do senhor que estava muito feliz por ter passado a usar um aparelho e agora ouvir muito bem.

Diz-lhe um amigo “A tua família é que também deve estar muito contente”.
Responde-lhe ele “Não disse nada lá em casa, só esta semana já mudei o testamento três vezes”.

Flor disse...

Manuel Campos, ahahahahah, essa teve graça!!

Anónimo disse...

Pois, senhor embaixador, vai uma historieta, verdadeira.
Há uns anos, num casamento em que ambos os membros do casal eram mudos, muitos dos convidados também o eram. Vai daí, no restaurante onde o repasto e festa aconteceram a animação ficou a cargo de um grupo musical "residente"; mas ninguém se lembrou de informar o grupo musical que a maioria dos convivas era surda...
Não passaram muitas musiquinhas e o chefe da orquestra achou que aquilo estava pouco animado a vai de apelar, com cada vez com maior insistência, para que o pessoal participasse na animação. Com o resultado que se adivinha...
Até que alguém, incomodado com a situação caricata, lá foi informar a orquestra da razão da não participação dos convivas...
MB

Tarde do dia de Consoada