quarta-feira, fevereiro 21, 2024

Ele há cada coisa!


Aprendi hoje que o "The New York Times", quando surgiu, em 1851, tinha um ponto final no título. 71 anos depois, foi decidido eliminar o ponto. E, pelas contas do jornal, pouparam com isso, a partir de então, cerca de US$ 5.500 dólares anuais em tinta. 

O que é que isto interessa? Nada, mas a vida é feita de pequenos nadas, como diria o Sérgio Godinho.

(Quando escrevi inicialmente este texto, tinha colocado 1871 em lugar do ano certo, que é 1851. Cheguei a ter a tentação de manter o erro, para permitir que viessem logo a jogo os cultores da picuinhice nas redes sociais, também conhecidos pelos "catrogas", sei lá bem porquê).

16 comentários:

Luís Lavoura disse...

Eu ouvi dizer que a universidade na qual trabalhei na Pensilvânia se chamava anteriormente Carnegie-Mellon University. Depois contrataram uma empresa de marketing com o fim de melhorar a apresentação e atratividade da universidade. A empresa cobrou uma fortuna à universidade somente para lhe recomendar que retirassem o hífen do nome e passassem a chamar-se Carnegie Mellon University.

Nuno Figueiredo disse...

ai os catrogas desta vida...

manuel campos disse...


“And Now for Something Completely Different”, como no filme de 1971 dos Monty Python que tenho programado para ver este serão, no remanso deste local onde se ouve o silêncio.

A vida sendo feita de pequenos nadas, continuo a achar que poderá haver muito mais gente que se interesse por pequenas situações que vou vivendo (e até lhes podem ser de alguma utilidade prática) do que pelos profundos pensamentos e teorias que me possam ocorrer com vista a mudar o mundo ou apenas, e já é pedir muito, a opinião de quem vem aqui, já me deixei disso.

Assim lá me puseram o “oldy” a trabalhar com um “booster” profissional.
O carro tinha feito tudo junto uns 300 kms em 2022 (não vim cá, por assim dizer) e fez em 2023 uns 800 kms (porque vim cá pouco e nos últimos quatro meses não foi sequer possível, de vez em quando lá temos que "back to square one").
Portanto fui à autoestrada ali ao lado fazer 100 kms de um lado para o outro, ali entre os 100 e os 120 para “limpar” e, com o acordo do meu mecânico daqui, fui levá-lo à inspecção obrigatória.
Resolvido isto é que lhe vou fazer a revisão, mudar o óleo, o que fôr, que se houver algum problema de nível 2 temos um prazo para o resolver, faz-se tudo junto poupa-se tempo e horas de mão-de-obra.
Deixei-me de fazer revisões sérias “antes” a partir do momento que o carro eatá como sempre esteve, faz-se depois se houver algum problema nível 2 e volta-se lá no prazo de 30 dias, a inspecção custa agora 35,89€ e voltar lá para a reinspecção custa 8,99€ (e tem que ser feita no mesmo centro “à cause des mouches”).

Tenho por aqui 2 centros de inspecções cada um a uns 20 kms.
Como este carro está aqui desde Janeiro de 2010 e nunca teve problemas ía a um onde eram muito conscienciosos e simpáticos até que apareceu lá um encarregado novo a querer mostrar serviço (há 14 anos tinha 220 mil kms, agora anda ali pelos 250 mil kms, é o tal que está impecável e me dão 1500€ por ele se eu conseguir enganar alguém).
Segundo o novo encarregado tinha o amarelo das datas na placa de matrícula traseira “desmaiado” (aquilo custou-me 10€ uma nova mas segundo ele eu andava a ver se poupava), abriu os 4 vidros (que está de facto no programa mas eu nunca tinha visto ninguém fazer ao fim de muitos anos e alguns carros), uma lâmpada qualquer tremia (nem a apertei melhor, substitui na altura pois ando com um jogo completo de reserva, em Espanha era obrigatório isso e um segundo triângulo, ainda deve ser, não tenho lá ido).

Nuno Figueiredo disse...

ou as coisas simples da vida: café com leite e pão com manteiga.

Flor disse...

Touché !!!

Anónimo disse...

Exactamente.

Anónimo disse...

Eu tenho um fato. Um. Comprei-o pronto a vestir em 1987, se não me engano, para um casamento, isso é certo. O casamento para o qual eu comprei o meu fato já teve pelo menos dois divórcios, só do lado do noivo. O meu fato, não. Mantém-se fiel. Eu tenho um fato que é um facto à moda antiga. E nem sei se ainda me serve, sequer se estará em condições de ser vestido. Mas é o meu fato. E contra fatos...

Sou esbraguilhado por opção. Ao longo de mais de um quarto de século, usei o fato mais quatro ou cinco vezes nos casamentos de mais quatro ou cinco amigos, sobrinhos e primos, um par de ocasiões solenes em Arrechousa, para arejar e agradar à minha mãe,e numa excursão copofónica a Lisboa. É, portanto, um fato praticamente novo, mas ando preocupado: quando eu morrer, o casaco de trespasse estará outra vez na moda?...

P.S. - Para quem se interesse por estatísticas: também tenho um par de sapatos. Um. E quatro bonés e três mochilas

manuel campos disse...


Ainda voltando a carros e revisões.
Muita gente dirá “olha a grande novidade!” mas convém lembrar que há sempre outras pessoas que dirão “eu isto não sabia”.
Se fôr útil a alguém, melhor.

E só me permito dizer estas coisas porque me confronto, quase diariamente, com conversas entre amigos e conhecidos em que concluo haver quem, não ligando a estas questões, acaba a perder tempo e dinheiro desnecessários com os carros (quando só o facto de os ter, entre custos fixos e desvalorizações, já é uma festa).

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Interessante!

Manuel Campos,

Há Centros de Inspeção que é fugir deles, vêm tudo e mais alguma coisa. Tenho aqui um mais perto de casa, que há uns anos calhou lá ir em ver de ir ao do costume, meteram na ficha duas ou três coisas (no pun intended) sem pés nem cabeça. Fui lá três vezes, a primeira, a única e a última vez (agora sim, estou a citar o dono da casa).

Ao que costumo ir são uns gajos porreiros, sem serem laxistas ou deixarem passar coisas sérias.

Anónimo disse...

Gosto de agrião e não gosto menos de canja, mas há palavras que dão mais com umas do que com outras e quanto a isso, nicles batatóides, jamais sacrificarei o veredicto do verbo ao veredicto do prato.
Hoje a alternativa era entre sopa de agrião e canja e eu sabia que no fim iria agradecer à menina Dulce. Não restava outro critério: Com qual das sopas vai soar mais agradável a palavra «obrigado», já que simpatizo tanto com a menina Dulce? — eu para os meus botões, botões de chuva — Com a de agrião, claro!, até Pitágoras acharia o mesmo.
De modo que…



Adeus, até à próstata.

Anónimo disse...

Gosto de agrião e não gosto menos de canja, mas há palavras que dão mais com umas do que com outras e quanto a isso, nicles batatóides, jamais sacrificarei o veredicto do verbo ao veredicto do prato.
Hoje a alternativa era entre sopa de agrião e canja e eu sabia que no fim iria agradecer à menina Dulce. Não restava outro critério: Com qual das sopas vai soar mais agradável a palavra «obrigado», já que simpatizo tanto com a menina Dulce? — eu para os meus botões, botões de chuva — Com a de agrião, claro!, até Pitágoras acharia o mesmo.
De modo que…

manuel campos disse...


Francisco de Sousa Rodrigues

É exactamente como diz, pode-se ser porreiro sem ser laxista nem deixar passar o que não deve passar.
Tanto aquele centro onde deixei de ir por aqui como aquele onde ia em Lisboa são da mesma empresa e, pela mesma altura, deixei também de ir ao outro da capital por causa de umas embirrações quaisquer com o W205 da primeira vez que foi à inspecção (aos 4 anos), um carro sempre assistido na marca enquanto esteve na garantia e que, ao fim dos 2 anos, continuou por mais 2 anos na garantia dado que eu lhe fiz uma extensão da dita cuja.
Como está num sítio onde eu passava muitas vezes, comecei a ver aquilo sempre vazio e acabei por saber que andava tudo a fugir de lá (centros destes não faltam em Lisboa), mudei-me para outro muito decente e muito concorrido.
Sei que entretanto melhorou mas não vou lá, como faço revisões anuais na minha oficina de sempre, tratam eles disso, está incluído no pack de clientes fiéis, este começa este ano a ir todos os anos, o “espada” já ía quando o comprei.

Neste centro de anteontem, onde vou há 4 anos, comecei por dizer ao técnico que o carro tinha estado parado 4 meses, que tinha feito uns 100 kms para “limpar” e diz-me ele “então é melhor vermos se já dá para não ter problemas ou se tem que ir dar mais umas voltas”, meteu o tubo no escape, confirmou que lá o valor que interessava era 0.02 e disse-me “está óptimo”, porventura num outro lado qualquer punham logo ali um defeito grave (nível 2) e volta cá depois de resolveres isso.

O técnico leu mal a data no papel e começou por me dizer “a data da inspecção já passou”, e eu “ainda não estamos em Março…”.
Nunca falho nestas coisas (e noutras, claro), durante 2 anos não pude vir aqui na altura certa mas pedi ao mecânico que viesse cá a casa buscar o carro e tratasse disso, os centros não multam mas têm que informar o IMT, não sei o que acontece depois (se calhar nada se não formos mandados parar pela policia, aí "acontecem" logo 250€ a voar e um prazo para a reinspecção).
Só me aconteceu uma vez ficar lá um defeito nível 1, já não me lembro o quê, defeito com que se pode andar até à inspecção no ano seguinte mas, como não gosto de ter a "ficha suja", fiz a reinspecção depois de resolvido o caso.

manuel campos disse...


O meu filho mais velho e o meu neto dali telefonaram agora da Cordoaria Nacional, onde foram à exposição de carros clássicos que lá está este fim-de-semana.

Propósito do telefonema: levarmos para Lisboa umas latas antigas de óleos e outros produtos para automóveis que estão ali num armazém, para eles as terem na garagem da casa de um deles.
É que latas "vintage" daquelas estão lá na exposição e custam um dinheirão.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Manuel Campos,

Se for com carro com o prazo vencido, em princípio só acontece alguma coisa se for apanhado durante a deslocação, pelo que é recomendado ir de reboque.

Isso está bem! Já poupam uns cobres em "memorabilia".

manuel campos disse...


Francisco de Sousa Rodrigues

Adivinhou-me o pensamento!
Então não é que eu às 15.40 me queria lembrar da palavra "memorabilia" para a enfiar ali e ela não vinha (e não veio) de maneira nenhuma?

Isto tem a ver com aquilo de "os grandes espíritos encontram-se sempre", só pode ser isso.
Abraço

jose reyes disse...

Pelos vistos incomoda-o mais a chamada de atenção bem intencionada que o erro grosseiro embandeirado à vista dos seus detractores. Não pretendendo incomodá-lo, aqui o "Catroga" promete solenemente não voltar a avisá-lo das argoladas que por distração ou cansaço Vª Exª por vezes escreve.
Fui.

"Solar dos Pintor" (Santo Antão do Tojal)

Não, não é "dos Pintores": é do Pintor. Onde fica? Fica em Santo Antão do Tojal. Não sabe onde é? Ó diabo! Conhece A-das-Lebres? T...