Salazar e André Ventura Agora que o “pequeno Duce lusitano”, resolveu adaptar o lema de Salazar “Deus, pátria e família”, acrescentando-lhe o “trabalho” (discurso de encerramento do IV Congresso Nacional do Chega, em Viseu), a verdade é que não se tratou de nenhum acréscimo, uma vez que, há muitas décadas atrás, Salazar já o tinha incluído “Não discutimos o trabalho” na sua ideologia de poder. Se não acreditam, meditem sobre o discurso de Salazar de 1936 “Não discutimos Deus, Não discutimos a Pátria, Não discutimos a Autoridade, Não discutimos a Família, Não discutimos o Trabalho”, para verem como o original, em termos conceptuais, é bem melhor que a cópia do AV. Na impossibilidade de transcrição total do discurso de Salazar neste comentário, faço-o apenas quanto ao “Não discutimos o Trabalho”: «Não discutimos o trabalho nem como direito nem como obrigação. Não como direito, porque seria obrigar aqueles que não têm senão o seu braço a morrer de fome; não como obrigação, porque seria conceder aos ricos o direito de viver do trabalho dos pobres. Porque dele se alimenta a vida, provém a riqueza das nações e deriva a prosperidade dos povos, o trabalho é glória e é honra, com diferente utilidade, diverso valor económico, mas idêntica dignidade moral. Fez-nos a Providência o dom de tornar o trabalho necessário e felizmente, por mais que se progrida e se acumule, sempre há-de ser preciso trabalhar para viver: senão os homens morreriam de tédio numa atmosfera de vício. Se apesar desta necessidade e daquele dever se chega por vezes à situação de serem uns obrigados à inactividade para que outros vivam, é que não temos bem organizada a vida ou não conhecemos o segredo de organizá-la melhor: repugna à natureza das coisas que o trabalho em alguma circunstância deixe de ser factor de riqueza para se converter em fonte de miséria. Sucede por vezes os homens não compreenderem a benéfica disciplina do trabalho, revoltarem-se contra ela e pretenderem viver das riquezas acumuladas consumindo como as abelhas os favos do seu mel. Loucamente a multidão proclamará o direito à preguiça: é o mesmo que sujeitar-se à escravidão da fome e da miséria. – Não discutimos o Trabalho.» Curioso, é que o “pequeno Duce lusitano ” tenha omitido a referência à “Autoridade”. Será com medo de o rotularem de “fascista”!
Belíssima e ilustrativa foto. Faz-me lembrar a sopa do Sidónio e os sapatinhos das pobres crianças. Serão da marca (BOSS)?. Era o Portugal salazarento (pobre, mas honrado).
Hoje estariamos na mesma ,se, cada um vivesse do seu trabalho, e nao da exploração de quem trabalha ,para os calçar, pagar os estudos, a saude , os tranportes , os cigarros, enfim ....e muito mais haveria para dizer, trabalham uns e pagam impostos para outros e sao muitos viverem de vadiagem....
Esta foto faz-me lembrar o que se passa nos dias de hoje á porta do centro comunitário do padre Coutinho na Abelheira Viana do Castelo, só que não são criancinhas, são marmanjos e marmanjas com bom corpo e idade para trabalhar (80% deles) e que é um outro retrato actualizado e a cores da sopa do patronato dos anos 50 que aqui se mostra. Os de agora são bem mais maduros e têm mais vícios
Erk disse: "Mas metam aí como se vivia na união soviética na mesma altura."
Para utilizar os seus termos: "meta aí" uma guerra mundial; 27 milhões de mortos, um pais destruído , sem contar a primeira guerra mundial, alguns milhões mais, e o Ocidente a atacar a União Soviética( até mesmo na Sibéria), à saída do feudalismo czarista.
12 comentários:
Sem querer defender a ditadura do Salazar.
Mas metam aí como se vivia na união soviética na mesma altura.
Ou 10 anos depois. Ou 20.
Salazar e André Ventura
Agora que o “pequeno Duce lusitano”, resolveu adaptar o lema de Salazar “Deus, pátria e família”, acrescentando-lhe o “trabalho” (discurso de encerramento do IV Congresso Nacional do Chega, em Viseu), a verdade é que não se tratou de nenhum acréscimo, uma vez que, há muitas décadas atrás, Salazar já o tinha incluído “Não discutimos o trabalho” na sua ideologia de poder.
Se não acreditam, meditem sobre o discurso de Salazar de 1936 “Não discutimos Deus, Não discutimos a Pátria, Não discutimos a Autoridade, Não discutimos a Família, Não discutimos o Trabalho”, para verem como o original, em termos conceptuais, é bem melhor que a cópia do AV.
Na impossibilidade de transcrição total do discurso de Salazar neste comentário, faço-o apenas quanto ao “Não discutimos o Trabalho”:
«Não discutimos o trabalho nem como direito nem como obrigação. Não como direito, porque seria obrigar aqueles que não têm senão o seu braço a morrer de fome; não como obrigação, porque seria conceder aos ricos o direito de viver do trabalho dos pobres. Porque dele se alimenta a vida, provém a riqueza das nações e deriva a prosperidade dos povos, o trabalho é glória e é honra, com diferente utilidade, diverso valor económico, mas idêntica dignidade moral.
Fez-nos a Providência o dom de tornar o trabalho necessário e felizmente, por mais que se progrida e se acumule, sempre há-de ser preciso trabalhar para viver: senão os homens morreriam de tédio numa atmosfera de vício. Se apesar desta necessidade e daquele dever se chega por vezes à situação de serem uns obrigados à inactividade para que outros vivam, é que não temos bem organizada a vida ou não conhecemos o segredo de organizá-la melhor: repugna à natureza das coisas que o trabalho em alguma circunstância deixe de ser factor de riqueza para se converter em fonte de miséria. Sucede por vezes os homens não compreenderem a benéfica disciplina do trabalho, revoltarem-se contra ela e pretenderem viver das riquezas acumuladas consumindo como as abelhas os favos do seu mel. Loucamente a multidão proclamará o direito à preguiça: é o mesmo que sujeitar-se à escravidão da fome e da miséria. – Não discutimos o Trabalho.»
Curioso, é que o “pequeno Duce lusitano ” tenha omitido a referência à “Autoridade”. Será com medo de o rotularem de “fascista”!
Livra que o sr. Embaixador não pára de fazer campanha ao PS. Não sei como arranja essas brechas de vagar. Só orgulho... é até pecado!
Não esquecer de ler o "excelso" discurso com a devida voz de cana rachada.
Belíssima e ilustrativa foto. Faz-me lembrar a sopa do Sidónio e os sapatinhos das pobres crianças. Serão da marca (BOSS)?. Era o Portugal salazarento (pobre, mas honrado).
O Anónimo daa 16:46 faz uma imensa injustiça à direita, "colando-a" maldosamente ao salazarismo. Não havia necessidade...
Hoje estariamos na mesma ,se, cada um vivesse do seu trabalho, e nao da exploração de quem trabalha ,para os calçar, pagar os estudos, a saude , os tranportes , os cigarros, enfim ....e muito mais haveria para dizer, trabalham uns e pagam impostos para outros e sao muitos viverem de vadiagem....
Esta foto faz-me lembrar o que se passa nos dias de hoje á porta do centro comunitário do padre Coutinho na Abelheira Viana do Castelo, só que não são criancinhas, são marmanjos e marmanjas com bom corpo e idade para trabalhar (80% deles) e que é um outro retrato actualizado e a cores da sopa do patronato dos anos 50 que aqui se mostra.
Os de agora são bem mais maduros e têm mais vícios
coloquialmente: não há saco.
Coitadinhas das criancinhas todas descalcinhas.
Olha, os tugas tinham crianças.
Erk disse: "Mas metam aí como se vivia na união soviética na mesma altura."
Para utilizar os seus termos: "meta aí" uma guerra mundial; 27 milhões de mortos, um pais destruído , sem contar a primeira guerra mundial, alguns milhões mais, e o Ocidente a atacar a União Soviética( até mesmo na Sibéria), à saída do feudalismo czarista.
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