Os vestígios da colonização britânica da Palestina permanecem: ainda se continua a traduzir "palestinians" por "palestinianos", em lugar de lhes chamarmos simplesmente palestinos.
Também há influência britânica em Portugal: diz-se "portugueses" em vez de simplesmente "portugas". (Note-se que em francês se diz "portuguais", cuja tradução direta é "portugas".)
Se não me falha a memória já éramos "portugueses" antes de alguém por cá ter sofrido significativa (ou mesmo sequer alguma) influência das ilhas britânicas.
Em francês diz-se "portugais" (sem "u") tanto em relação às pessoas que nós somos como em relação à língua que falamos, pelo que a nossa língua podia ser o "portuga" (e às vezes parece mesmo).
Teríamos ainda que convencer os franceses que usassem o carinhoso "tugais" quando se referem aqui aos "tugas", em vez de outras expressões menos felizes que lhes são ditadas pelo (re)conhecido narcisismo.
Seja como fôr, e como sempre, estou aberto ao contraditório.
Até à guerra de1973 dizia-sempre palestino, única designação que constava nos dicionários antigos. Nessa guerra os jornalistas , preguiçosos e fracos profissionais passaram a traduzir “palestiniano”, esse verdadeiramente horrível adjectivo, das agências inglesas e francesas, estás ainda importantes na altura. Quanto a portugais ser portuga, nem vale a pena comentar. Fernando Neves
7 comentários:
Mais valia que todos lhe chamassem (e fossem) Palestrinos!
O Ciberdúvidas discorda:
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/palestino--palestiniano/1162
Nestas coisas de gentílicos é melhor não se ser categórico:
Germânia > germano
Albânia > albanês
Ucrânia > ucraniano
Letónia > letão
Polónia > polaco
Bretanha > bretão
Sardenha > sardo
Espanha > espanhol
Irão > iraniano
Paquistão > paquistanês
Cazaquistão > cazaque
Turcomenistão > turcomano
Afeganistão > afegão
Também há influência britânica em Portugal: diz-se "portugueses" em vez de simplesmente "portugas".
(Note-se que em francês se diz "portuguais", cuja tradução direta é "portugas".)
Se não me falha a memória já éramos "portugueses" antes de alguém por cá ter sofrido significativa (ou mesmo sequer alguma) influência das ilhas britânicas.
Em francês diz-se "portugais" (sem "u") tanto em relação às pessoas que nós somos como em relação à língua que falamos, pelo que a nossa língua podia ser o "portuga" (e às vezes parece mesmo).
Teríamos ainda que convencer os franceses que usassem o carinhoso "tugais" quando se referem aqui aos "tugas", em vez de outras expressões menos felizes que lhes são ditadas pelo (re)conhecido narcisismo.
Seja como fôr, e como sempre, estou aberto ao contraditório.
Até à guerra de1973 dizia-sempre palestino, única designação que constava nos dicionários antigos. Nessa guerra os jornalistas , preguiçosos e
fracos profissionais passaram a traduzir “palestiniano”, esse verdadeiramente horrível adjectivo, das agências inglesas e francesas, estás ainda importantes na altura.
Quanto a portugais ser portuga, nem vale a pena comentar.
Fernando Neves
semantics.
offshores.
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