Muito esquecido tudo isto. Andou o mundo quase 80 anos a dizer e a escrever que nunca se poderia calar nem esquecer o que aconteceu nos anos 30 e 40 do século passado por esta Europa fora e, no espaço de uma semana, tudo mudou na cabecinha de demasiadas pessoas (mas se calhar sempre lá esteve, tinham era vergonha de o dizer). Até na cabeça de algumas que eu julgava conhecer, ingenuidade a minha. Vive-se o momento porque nos dizem para viver o momento, é o que rende a alguns e é mais cómodo para quase todos do que pensar e estudar, é o pensamento "prêt-à-porter".
E isto é igualmente válido para a causa e os dramas de sempre dos povos palestinos, o que deveria levar as pessoas a algum equilíbrio nas análises precipitadas e "clubistas" que fazem, na procura de um espírito qualquer de ânsia pela paz. Alguns de nós (demasiados) parece que só estão contentes a ver correr o sangue dos outros, pois quando se magoam com a faca de cortar o pão e fazem uma feridinha até desmaiam.
Faz-me lembrar a miudagem do meu tempo no liceu, quando dois se pegavam à tareia no intervalo, em vez de os procurar separar punham-se à volta a gritar "Porrada! Porrada!". Agora continuam sem os separar mas já não gritam, filmam e pespegam nas redes sociais (e fazem discursos bonitos e inúteis para mostrar serviço). Não sei se é um progresso e se calhar até é melhor não saber.
2 comentários:
Muito esquecido tudo isto.
Andou o mundo quase 80 anos a dizer e a escrever que nunca se poderia calar nem esquecer o que aconteceu nos anos 30 e 40 do século passado por esta Europa fora e, no espaço de uma semana, tudo mudou na cabecinha de demasiadas pessoas (mas se calhar sempre lá esteve, tinham era vergonha de o dizer).
Até na cabeça de algumas que eu julgava conhecer, ingenuidade a minha.
Vive-se o momento porque nos dizem para viver o momento, é o que rende a alguns e é mais cómodo para quase todos do que pensar e estudar, é o pensamento "prêt-à-porter".
E isto é igualmente válido para a causa e os dramas de sempre dos povos palestinos, o que deveria levar as pessoas a algum equilíbrio nas análises precipitadas e "clubistas" que fazem, na procura de um espírito qualquer de ânsia pela paz.
Alguns de nós (demasiados) parece que só estão contentes a ver correr o sangue dos outros, pois quando se magoam com a faca de cortar o pão e fazem uma feridinha até desmaiam.
Faz-me lembrar a miudagem do meu tempo no liceu, quando dois se pegavam à tareia no intervalo, em vez de os procurar separar punham-se à volta a gritar "Porrada! Porrada!".
Agora continuam sem os separar mas já não gritam, filmam e pespegam nas redes sociais (e fazem discursos bonitos e inúteis para mostrar serviço).
Não sei se é um progresso e se calhar até é melhor não saber.
Exodus foi um navio conhecido por ter sido utilizado no transporte de Judeus à Palestina no período que precedeu a fundação do Estado de Israel.
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