Ouvi e identifico-me com tudo o que disse sobre Israel, o Hamas e a intervenção de António Guterres. O ruído que os governantes israelitas fizeram acerca das declarações do Secretário Geral fazem parte do pacote comunicacional, enquanto se fala disso, não se fala do cerco, do corte de água, corte de energia, corte no abastecimento de bens alimentares, hospitais sem combustível para poderem funcionar e, pior de tudo, as bombas a cair, o número de crianças mortas, acabei de ler, já ultrapassa as 2700.
Pelo histórico, o antes, parece-me mais que óbvio que o governo extremista de Netanyahu não quer a paz nem a libertação dos reféns, fazem parte do sacrifício para o objetivo imediato: arrasar Gaza (“abaixar” no dizer de Netanyahu).
Depois, ano menos ano, seguir-se-á a Cisjordânia e, adeus Palestina. Entretanto, vão preparando os territórios adjacentes, Síria, Jordânia, com o apoio explicito do EUA e implícito UE, que segue os ditames da Senhora Ursula.
Caro Embaixador As minhas sinceras felicitações, tanto pela entrevista à CNN como às declarações ao DN. Raramente, tenho ouvido nos media portugueses, análises eivadas de uma total independência e máxima lucidez sobre o que se passa actualmente no conflito israelo-palestiniano, bem como da defesa de António Guterres como a voz de defesa humanitárias dos palestinianos de Gaza, a despeito das constantes e despropositadas interrupções dos chamados jornalistas/comentadores da CNN (sempre prontos a interromper os entrevistados com perguntas com as suas próprias opiniões), tão em voga no espaço mediático nacional. Além do mais, porque no caso particular da CNN – se calhar por respeito ao seu estatuto de comentador desde o início do canal, mas também pela idoneidade e seriedade das suas análises – foi feita, infelizmente, em contraste com a máquina de propaganda (montada por comentadores e jornalistas) pela CNN a favor de Israel. Cordiais saudações
Tenho andado a reler um conjunto de textos de Umberto Eco, na edição francesa de 1997 da "Livre de Poche". A certa altura fala num provérbio chinês que é de facto uma “maldição”, um desejo para que os inimigos vivam tempos sombrios.
“Que possas viver tempos interessantes”, diz o provérbio. Amigos ou inimigos, estamos todos a viver tempos interessantes.
3 comentários:
Ouvi e identifico-me com tudo o que disse sobre Israel, o Hamas e a intervenção de António Guterres. O ruído que os governantes israelitas fizeram acerca das declarações do Secretário Geral fazem parte do pacote comunicacional, enquanto se fala disso, não se fala do cerco, do corte de água, corte de energia, corte no abastecimento de bens alimentares, hospitais sem combustível para poderem funcionar e, pior de tudo, as bombas a cair, o número de crianças mortas, acabei de ler, já ultrapassa as 2700.
Pelo histórico, o antes, parece-me mais que óbvio que o governo extremista de Netanyahu não quer a paz nem a libertação dos reféns, fazem parte do sacrifício para o objetivo imediato: arrasar Gaza (“abaixar” no dizer de Netanyahu).
Depois, ano menos ano, seguir-se-á a Cisjordânia e, adeus Palestina. Entretanto, vão preparando os territórios adjacentes, Síria, Jordânia, com o apoio explicito do EUA e implícito UE, que segue os ditames da Senhora Ursula.
Caro Embaixador
As minhas sinceras felicitações, tanto pela entrevista à CNN como às declarações ao DN.
Raramente, tenho ouvido nos media portugueses, análises eivadas de uma total independência e máxima lucidez sobre o que se passa actualmente no conflito israelo-palestiniano, bem como da defesa de António Guterres como a voz de defesa humanitárias dos palestinianos de Gaza, a despeito das constantes e despropositadas interrupções dos chamados jornalistas/comentadores da CNN (sempre prontos a interromper os entrevistados com perguntas com as suas próprias opiniões), tão em voga no espaço mediático nacional.
Além do mais, porque no caso particular da CNN – se calhar por respeito ao seu estatuto de comentador desde o início do canal, mas também pela idoneidade e seriedade das suas análises – foi feita, infelizmente, em contraste com a máquina de propaganda (montada por comentadores e jornalistas) pela CNN a favor de Israel.
Cordiais saudações
Tenho andado a reler um conjunto de textos de Umberto Eco, na edição francesa de 1997 da "Livre de Poche".
A certa altura fala num provérbio chinês que é de facto uma “maldição”, um desejo para que os inimigos vivam tempos sombrios.
“Que possas viver tempos interessantes”, diz o provérbio.
Amigos ou inimigos, estamos todos a viver tempos interessantes.
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