quinta-feira, outubro 12, 2023

Falando da nova guerra que por aí surgiu...


Ver e ouvir aqui.

16 comentários:

Luís Lavoura disse...

A questão que sempre se põe é, porque é que aquela fronteira entre o Egito e a faixa de Gaza não desaparece, os palestinianos da faixa de Gaza se tornam cidadãos egípcios, e todo o problema desapareceria.
Se o problema entre Israel e a Palestina permanece, isso deve-se em grande parte à recusa dos países árabes em absorver os palestinianos como seus cidadãos.
Por exemplo, nos países do Golfo há dezenas de milhões de indianos a trabalhar - mas muito poucos palestinianos.

caramelo disse...

Pois, Luis lavoura. E isso porque, afinal, todos os árabes são iguais e todos os territórios árabes são afinal um único país árabe. Ou egípcios, que vai dar ao mesmo. Não são árabes, mas também usam vestidos compridos e turbantes, uma coisa assim, e falam todos a mesma língua, mais ou menos, sei lá. Os palestinianos, como estão ali ao lado dos egípcios, iam para o Egito. Se estivessem ao lado da árábia, iam para a arábia. Pois.

Carlos Antunes disse...

Luís Lavoura
Por que razão os palestinianos da Faixa de Gaza se deveriam tornar cidadãos egípcios e abandonar os territórios que lhes pertencem?
Quanto à recusa dos países árabes em receber palestinianos, julgo que não corresponde à realidade.
Há refugiados palestinianos, cidadãos da antiga Palestina sob mandato britânico, que foram expulsos dos locais onde viviam (desde o século 7 DC), por Israel na sequência da guerra israelo-árabe (Nakba) de 1948, em inúmeros campos de refugiados existentes na Jordânia (principalmente), Líbano e Síria, são mais de 5,6 milhões, segundo os registos da ONU em 2019, a quem a Resolução 194 da AGNU assegurou o direito de retorno aos seus lares ancestrais, mas que nunca foi obedecida por Israel.
Cordiais saudações

Joaquim de Freitas disse...

Luís Lavoura disse...

A questão que sempre se põe é, porque é que aquela fronteira entre o Egito e a faixa de Gaza não desaparece?



O presidente Mahmoud Abbas em 21 de Setembro de 2023 na sede da ONU, responde perfeitamente a Luís Lavoura.


“Aqueles que pensam que a paz pode prevalecer no Médio Oriente sem que o povo palestiniano desfrute plenamente dos seus direitos legítimos e nacionais estão enganados.

Mais uma vez, venho até vocês, carregando a causa do meu povo que luta pela liberdade e pela independência, para lembrar-lhes a tragédia causada pela Nakba [a palavra árabe para desastre] há 75 anos. Os efeitos desta Nakba continuam e são exacerbados pela ocupação israelita da nossa terra.
Esta ocupação desafia as suas resoluções – mais de 1.000 resoluções, na verdade. »


O que se passou no sábado, 7 de Outubro de 2023, é apenas consequência de um drama que já dura há 75 anos. Um drama histórico que mais não é que a “negação por uma potência estrangeira da existência de um povo numa terra, a Palestina”.

Este ano de 1948 é o ano da Nakba para o povo palestino: a criação do Estado de Israel em 14 de Maio, celebrada pela destruição de centenas de aldeias palestinas, pelo confisco de propriedades e terras dos palestinos, por massacres e abusos contra a população e o êxodo forçado de 800 mil palestinos.

No jornal “ Le Monde Diplomatique” de Dezembro de 1995, Alain Gresh relatou uma das suas cenas em que Allon, Yitzhak Rabin e Ben Gurion "produzem" refugiados palestinos: "...Estávamos a passear lá fora ao lado de Ben Gurion, Allon repetiu a pergunta - o que deviríamos fazer da população? - Ben-Gurion acenou com a mão num gesto que significava: “expulse-os..."

Como em Deir Yassine...

Por que os palestinos fariam a paz?

Houve anti-semitismo, os nazis, Hitler, Auschwitz, mas será culpa deles?

Eles só vêem uma coisa: os judeus vieram e roubaram-lhes o país deles. Por que aceitariam de partir para o Egipto ou Emirados?

Francisco F disse...

A minha pergunta relativamente a todo este assunto é:

Já podemos voltar a chamar "terroristas" aos "movimentos de libertação" em Angola? É que faz-me espécie ver os nossos governantes a apelidarem de "luta de libertação" os massacres de 1961 no norte de Angola, ao pé dos quais o que se passou em Israel é uma brincadeira...

Joaquim de Freitas disse...


Os terroristas podem ser jornalistas ou/e comentadores ...


Assim, as mentiras da média em torno do conflito israelo-palestiniano.

A intoxicação informativa sobre a decapitação de 40 bebés israelitas por combatentes do Hamas foi desmentida pelo exército israelita e por um porta-voz da Casa Branca.

Como ousaram “fabricar” isso para ganhar as simpatias do mundo ocidental, que não é unânime no apoio a Israel no drama da Palestina?

Mesmo quando os governos ocidentais, e a França em primeiro, proíbe as manifestações de apoio à Palestina!

E mesmo se os responsáveis da comunicação do governo israelita já desmentiram a AMD dos bebés lançada por Nicole Zedek, correspondente do canal de radiodifusão estrangeiro israelita 24News, o mal está feito…

Mas quem vai sofrer mais na sua reputação não é o Hamas! Mas os inventores da mentira. Que deviam pedir conselho a Zelensky nesta matéria, antes de pôr os pés na lama da vergonha.

Joaquim de Freitas disse...



E agora que aparece nua e crua a mentira da propaganda israeliano, sobre 40 bebés decapitados no Kibutz Kfar Aza ! Desmentido pelo exército israeliano e a Casa Branca.

Como ousaram “fabricar” isso para ganhar as simpatias do mundo ocidental, que não é unânime no apoio a Israel no drama da Palestina?

Mesmo quando os governos ocidentais, e a França em primeiro, proíbe as manifestações de apoio à Palestina!

E mesmo se os responsáveis da comunicação do governo israelita já desmentiram a AMD dos bebés lançada por Nicole Zedek, correspondente do canal de radiodifusão estrangeiro israelita 24News, o mal está feito…

Mas quem vai sofrer mais na sua reputação não é o Hamas! Mas os inventores da mentira. Que deviam pedir conselhos a Zelensky nesta matéria, antes de pôr os pés na lama da vergonha.








Joaquim de Freitas disse...

E agora que aparece nua e crua a mentira da propaganda israelita, sobre 40 bebés decapitados no Kibutz Kfar Aza ! Desmentido pelo exército israeliano e a Casa Branca.

Como ousaram “fabricar” isso para ganhar as simpatias do mundo ocidental, que não é unânime no apoio a Israel no drama da Palestina?

Mesmo quando os governos ocidentais, e a França em primeiro, proíbe as manifestações de apoio à Palestina!

E mesmo se os responsáveis da comunicação do governo israelita já desmentiram a AMD dos bebés lançada por Nicole Zedek, correspondente do canal de radiodifusão estrangeiro israelita 24News, o mal está feito…

Mas quem vai sofrer mais na sua reputação não é o Hamas! Mas os inventores da mentira. Que deviam pedir conselhos a Zelensky nesta matéria, antes de pôr os pés na lama da vergonha.

Luís Lavoura disse...

caramelo, Carlos Antunes

Não se trata de forçar os palestinianos a ser cidadãos egípcios. Trata-se de lhes dar uma liberdade de que eles hoje não gozam: a liberdade de poderem sair de Gaza e de poderem reconstruir a sua vida alhures, eventualmente - se o desejarem - com um novo passaporte.
A liberdade individual é o bem supremo. É um bem muito mais importante do que a pertença a uma nação.

Luís Lavoura disse...

caramelo

Há refugiados palestinianos [...] em inúmeros campos de refugiados existentes na Jordânia (principalmente), Líbano e Síria

Pois. A maioria dos habitantes desses campos já nasceram neles, e não na Palestina. Já nasceram, portanto, na Jordânia, Líbano ou Síria. Mas continuam a não ser cidadãos desses países, continuam a ser apátridas, e continuam a não ter o direito de se integrarem plenamente e de trabalharem nas sociedades onde vivem. Continuam em grande medida totalmente dependentes de donativos das Nações Unidas. Continuam, em suma, a não ser pessoas livres. Vivem nos campos de refugiados, nos quais são prisioneiros.

(Na Jordânia a situação é substancialmente melhor, de facto metade dos jordanos são de origem palestiniana.)

É uma situação inadmissível e vergonhosa. Tolera-se durante uns anos. Não se tolera que passe de pais para filhos e para netos e que perdure durante decénios.

E isso é culpa, principalmente, dos países árabes.

Francisco F disse...

Holden Roberto, morreu pacificamente em Luanda, em 2007.
Era deputado à Assembleia de Angola.
Teve honras de chefe de Estado no seu funeral e foi elogiado por todo o espetro político angolano, inclusivamente pelo atual PR.

A UPA - União dos Povos de Angola -, com o patrocínio dos EUA, massacrou milhares de pessoas em 1961, dando início à guerra colonial em Angola.

O Estado português, ao que parece, nunca exigiu que este facínora fosse detido e condenado por crimes contra a Humanidade.

Já o Hamas...

Anónimo disse...

Será possível distiguir, na população da Faixa de Gaza, entre quem é "hamas" e quem é "civil"?. Com uma "maioria absoluta" do Hamas a governar vai para 18 anos e com uma taxa de natalidade cerca de 4 meninos por mãe, o único emprego disponível para os jóvens é "Hamas".

Curioso é que as população da zona geográfica dita "palaestina" (não é erro) desde o século I e que por ali viveram até o IV, pertenciam ao Império Romano e eram, "consequentemente, "cristãs".
A "arabisação" e a islamisação de essas populações foi, óbviamente, posterior.
Tudos descendentes de Abraão. Apenas uns (ainda) judeus, outros (novos) muçulmanos.

O termo "Palestina" foi uma re-invenção dos eruditos ingleses aquando a ocupação com significado essencialmente geográfico. Palestino é outro conceito. Esse "termo" foi usado e abusado por Arafat, um ganancioso egípcio apoiado pela Rússia por razões que nada tinham a ver com as populações "palestinas".

Carlos Antunes disse...


Luís Lavoura
Na minha opinião, penso que está enganado, pois a deslocação da população palestiniana da Faixa de Gaza para o Egipto não lhe trará maior liberdade … significará apenas a sua expulsão, uma “nova Nakba", dos territórios que sempre lhe pertenceram, desde o séc. 7 DC até à criação do Estado de Israel em 1948.
Tal deslocação forçada, sem direito de regresso, apenas interessa às forças crescentes em Israel do “nacionalismo sionista religioso” de defesa do “Grande Israel” que procura restaurar os limites da “Terra de Israel bíblica” (Galileia, Judeia e a Samaria).
Para o efeito, há que expulsar os palestinianos da Faixa de Gaza, a que se seguirá, sempre com o apoio ocidental, os da Cisjordânia.
Já não falta muito!

manuel campos disse...


Ainda nada disto tinha começado e já o "The Guardian", esse perigoso pasquim ao serviço do capitalismo mais desregrado e lutador incansável contra todas as causas fracturantes e mais algumas, nos vinha contando que a maioria da população da Faixa de Gaza era a favor do Hamas e se estava borrifando para qualquer outra Autoridade por ali.
Repito, muito antes disto tudo começar.
O "The Guardian", uma das "bíblias" que por aqui devem caír no goto de muito boa gente.
Portanto não inventem, cinjam-se aos factos, que já são em si demasiado graves.

Nuno Figueiredo disse...

a banalidade do mal.

Anónimo disse...

o link leva para uma publicidade.

Isto é verdade?