Uma descendente da família que titulou a monarquia portuguesa vai casar. Quem se revê nesse regime e simpatiza com aquela família mostra júbilo pelo momento. Estão no seu pleno direito democrático. Até eu, republicano e jacobino dos quatro costados, desejo felicidades aos noivos.
25 comentários:
Exatamente. Sempre que uma pessoa se casa, deseja-se-lhe felicidades. E sempre que uma pessoa tem um filho, felicita-se-la. São essas as normas de urbanidade.
E assim, desejo à Maria Francisca e ao seu noivo uma boa e muito longa vida de casados. E filhos, na medida do possível.
Diz que o casamento vai ser dado na tv, como foi o do D. Duarte, o que julgo ser um exemplo único de civilização e de força da nossa identidade nacional e da república.
Amanhã, 5 de Outubro, é o grande dia desta linha dos Bragança, , pois até lá estavam completamente banidos da sucessão.
Fernando Neves
Cheira-me que os "ativistas" vão fazer uma aparição...
uma descendente da família que titulou a monarquia portuguesa vai casar. dito.
E vão ter, segundo a Imprensa, 1200 convidados. O Dom Duarte Pio, tem massa!.
Também eu desejo muita felicidade aos noivos. Do resto "não havia necessidade" de tanto espectáculo.
Mas que raio é a república? Uma gaja de barrete e mamas ao léu a mostrar o patriotismo impante?
Eu nunca vi essa república a não ser em gravuras do século passado
A República é um livro escrito por Platão.
Quanto ao financiamento do evento, parece que os noivos estão a fazer um peditório, na linha do sindicato dos enfermeiros...
Há quem não se reveja no regime monárquico mas que, aprecie, como eu, a educação e a preparação para o cargos que vão desempenhar, o que deve desesperar os republicanos apostados em ideias antigas, como as da imbecilidade do candidato ao trono
Eu vivo a República todos os dias. Os meus filhos são iguais a todos os outros filhos de todos os portugueses. Privilégios pelo nascimento, ainda que tenham que ser “aclamados” em cortes? Viva a República. Eduardo Parente
Há aqui quem ache que lhe cabe definir a forma como os outros celebram os seus momentos de vida aconselhando-lhes "menos espetáculo". Não sei se a visão paternalista (ou maternalista) também se estende à ementa do copo de água ("menos comida que há quem morra à fome"), às vestuárias ("não podiam ter ido à Zara?", ao carro dos noivos ("não podia ser elétrico?") e demais pormenores da boda daqueles privilegiados cuja felicidade desejamos mas... com contenção.
Eu cá proibia os saltos altos na igreja do Convento porque aqueles estiletes dão cabo do chão. E estou a falar a sério!
Eduardo Parente, é isso tudo!
Naturalmente, felicidades aos nubentes.
É precisamente no dia em que passam 113 anos sobre a implantação da República, a propósito de um casamento de alguém ligado à Monarquia, que as pessoas sentem a necessidade urgente de fazer profissões de fé republicanas?
Em Portugal é preciso fazer profissões de fé republicanas a 5 de Outubro de 2023?
Mas o que é que se passa com esta minha gente?
Se há algo definitivo é a República em Portugal, muito mais definitivo que a Monarquia no Reino Unido.
Têm privilégios cá em Portugal? Quais em especial?
Mas isso temos todos uns em relação aos outros, eu, os meus filhos e os meus netos temos mais privilégios que muitos (e ninguém herdou nada que se visse) e há bastantes que têm muito mais que nós (e alguns herdaram muito que se vê), em todas as sociedades os há, a meritocracia não é para aqui chamada.
Recebem subsídios dos meus impostos só pelo facto de serem quem são?
Não me consta (posso estar enganado), mas há por aí quem receba subsídios e tenha muito mais que eles, até se gabavam e gabam disso (estou a lembrar-me de alguns, alguns agora mais discretos que a AT não dorme).
Herdaram mais bens e propriedades que nós?
Talvez, mas se formos por aí, não vamos longe, não falta disso por aí, é só olhar à nossa volta.
Quanto a andarem a fazer “um peditório” também não me consta, é que eu conheço monárquicos como é evidente, conheço e dou-me com toda a gente em pé de igualdade, excepto com os que acho uns cretinos e que, como é natural, também me acham um cretino.
É uma prática comum há muitíssimos anos (mais de 20 anos, que eu me lembre) pedir-se “descaradamente” aos convidados que dêem dinheiro em vez de objectos.
As pessoas até fazem uma “lista de presentes” numa dessas lojas da especialidade para disfarçar, mas não é isso que querem, habitualmente os pais pagam a boda e os nubentes vão depois dar a volta ao mundo (o clima agradece).
Sei de pais (todos sabemos) que pediram empréstimos malucos para casamentos de grande pompa e continuam a pagá-los já os filhos se divorciaram há anos.
Como fui com a mesma cara ao casamento da filha de um administrador de banco como ao da filha do senhor que me tratava do jardim, é evidente que pais ricos ou que se enfiaram em empréstimos patetas, levam os filhos presente da “lista”, não lhes pago o passeio, pais modestos que fizeram a festa possível, levam os filhos dinheiro para ajudar a pagar a festa.
Finalmente verifico que, se de um modo geral as pessoas em Portugal desejam coisas boas aos noivos que não lhes fizeram mal nenhum (nem os pais dos noivos, presumo), a memória neste país é algo de triste porque vazio.
Todos aqueles de entre nós que se gabam de ter parado “um minuto por Timor”, o maior gesto que devem ter feito de ajuda àquele país em toda a vida (e alguns só pararam porque os carros da frente pararam), deviam lembrar-se do que podem consultar googlando aqui “Atribuída a nacionalidade timorense a Duarte Pio por "altos serviços prestados ao país".
A intolerância gratuita está a dar cabo das mentes, nestas pequenas coisas vamos revendo o país que aí está para ficar.
Não é só cá?
Pois não.
Mas é cá que eu vivo.
PS- Francisco F. tem mais uma vez razão no que diz (incluindo os saltos altos).
Adenda.
O "espectáculo" são as televisões que o estão a criar para "venderem" as horas de audiências que andam a promover, conhecendo como conhecem o bom povo português.
Aí não me parece que haja "culpas" do lado de Duarte Pio, a não ser o legítimo interesse em dar alguma visibilidade pontual à sua causa.
Quem não o faria em idênticas circunstâncias?
E já agora que estou com a mão na massa e sem papas no teclado.
O "Diário de Notícias" titulava a 14 de Maio de 2021 que "Aconteceu em 1995 - O casamento do pretendente ao trono".
E a notícia dizia:
"Antes de os casamentos de Santo António terem direito a transmissão televisiva, um enlace não era visto na TV nem quando o rei fazia anos.
Mas no dia 13 de maio de 1995, com a bênção do Papa João Paulo II, na presença das mais altas figuras republicanas, como o Presidente Mário Soares, o presidente da Assembleia da República Barbosa de Melo e o primeiro-ministro Cavaco Silva, Duarte Pio de Bragança e Isabel de Herédia foram os protagonistas de uma "cerimónia imponente" vista no ecrã por 16 milhões de telespectadores em vários países".
Mas Marcelo Rebelo de Sousa teve que se vir "justificar" não percebo porquê.
Que saudades de Mário Soares, mesmo com todas as suas atitudes públicas por vezes discutíveis, nunca deixou de ser um "Grande Senhor" nas suas atitudes tantas vezes apelidadas de majestáticas (é o caso de o dizer).
Duas notas:
Primeira, ao que consta da comunicação social, haverá mesmo um “peditório”. Obviamente que não lhe dão esse nome. Chamam-lhe campanha de angariação de “donativos” e também li a referência a “crowdfunding”, que, no português moderno, é a palavra certa para designar a mesma coisa;
Segunda, Desejo, sinceramente, as maiores felicidades ao jovem e simpático casal, que a vida lhe corra pelo melhor, por Londres, onde, segundo os próprios, irão assentar arraiais.
É pá, lá que tudo isto é uma grande treta, é bem verdade. Mas não é mais treta do que andarem atrás dos casamentos reais, e outros fait-fivers, das realezas europeias,incluindo - pasme-se - a castelhana, de quem tanto nos custou a livrar.
Do "Sapo":
"Entre os detalhes mais polémicos, sabe-se que a Infanta D. Maria Francisca de Bragança e o noivo pedem voluntários para ajudar na cerimónia, e a Real Associação de Lisboa precisa de donativos para a Festa Popular."
Polémicos?
Quando desde os grandes partidos políticos até qualquer clube ou associação organizam "festas populares", apelam aos seus militantes e simpatizantes para ajudarem com o seu trabalho ou com a sua carteira, é sempre a louvável solidariedade e espírito de missão que nos é apresentada e, neste caso que é a mesma coisa, já é um "detalhe polémico"?
Já agora acho que quem é republicano não devia pôr os pés num casamento monárquico. Por uma questão de coerência. Se querem festa e fausto que devem ir aos eventos republicanos, como o 5 de Outubro.
ao que consta da comunicação social, haverá mesmo um “peditório”
Ainda bem que há.
As pessoas que gostam de uma causa, devem dar dinheiro para ela.
As pessoas que querem uma festa, devem ajudar a pagá-la.
As pessoas que são a favor de alguma coisa, devem apoiar financeiramente, e com o seu próprio trabalho, essa coisa.
Não se deve esperar que sejam os outros a pagar aquilo que queremos. Não se deve esperar que seja o Estado, isto é, os contribuintes, a pagá-lo. As pessoas devem pôr a sua carteira onde põem o seu coração.
unknown disse...
Já agora acho que quem é republicano...e Se querem festa e fausto que devem ir aos eventos republicanos, como o 5 de Outubro.
Claro ! Ou à Festa do AVANTE ...
bom, parece que vai mesmo tudo ao croquete...
É pena que os noivos depois do casamento irão viver e trabalhar para o Reino Unido. Mais dois jovens que fogem do seu país.
em tempo: não comenta? que coisa mais pindérica. Portugal no seu melhor!
O que eu sei é que um bom número das pessoas que cascam no evento bem gostariam de lá estar, nem que para isso tivessem de pedir um empréstimo ao banco.
O resto é conversa.
E de chacha.
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