domingo, outubro 08, 2023

Por que será ? (2)

Por que será que as NU não instalam uma força militar de interposição, a ser colocada na fronteira entre o território que é reconhecido a Israel pela lei internacional e aquele que essa mesma lei atribui aos palestinos - ambos com limites bem claros nas resoluções do CSNU?

11 comentários:

aguerreiro disse...

Deve ser por que o "rancho" está caro e eles comem que nem frieiras.
assim mais vale que se chacinem uns aos outros e quantos mais desaparecerem mais fácil é resolver o assunto,
Já os romanos sabiam isso,
Os judeus também pois sofreram no couro e o Hitler quase que os reduziu a zero, bem acolitado pelo Stalin.

marsupilami disse...

Falta de vontade política. Tal como no caso das emissões de CO2, desde o início dos anos 90.

Resultado: Palestina e Israel à beira da catástrofe; outra catástrofe anunciada: 50% das emissões de CO2, por combustão de combustíveis fósseis, datam dos últimos 30 anos. Já sabíamos das consequências trágicas da inacção em ambos os casos.

A democracia ateniense soçobrou pela sua hubris durante a guerra do Peloponeso. Quem te avisa.

Anónimo disse...

Não foram os muçulmanos que perseguiram os judeus. Estes viviam bem no império otomano, onde muitos ocuparam postos do maior destaque A razão porque CSNU não consegue por forças de paz na fronteira entre o s territórios paledtinos onde os israelitas construíram instalar colonatos todos ilegais e os territórios palestinos que Israel ocupa ilegalmente há decadas, é porque cinica e hipocritamente, em violação de todos os princípios que alega defender, os Us nunca o permitirão.
Fernando Neves

O direitolas irrevogável disse...

Mas o que significa "NU"? alguém sem roupa? Assim como têm uma posição musculada na central nuclear da Ucrânia, que um dia destes é rebentada pelos russos, ou têm somado centenas de posições musculadas em vários pontos do globo onde existem conflitos, invasões, execuções em massa, violações dos direitos humanos.....

J. Carvalho disse...

Ser “contra a corrente” é ser imparcial, compreender as razões dos mais fracos, dos espoliados das suas casas e da sua terra. Dito isto, não apoio nem entendo o ataque dos radicais palestinianos.

Mas também não entendo nem aceito a hipocrisia dos governantes ocidentais, que saíram todos, em uníssono, a condenar o ataque, como se fosse uma coisa imprevisível, quando nada fazem e se calam perante a sonegação completa de todos os direitos do povo palestiniano, que vivem sob o regime de apartheid imposto pelo governo de Israel.

São gerações e gerações de pessoas a viver no presídio, a ver as suas terras a serem ocupadas por “colonos”. E tudo se passa sem que governo algum, deste Ocidente livre e democrata, se indigne, levante a voz, aplique sanções. Ah! Dirão, e as centenas de resoluções do CSNU a condenar Israel?

É verdade, existem. Mas sanções a doer só as aplicadas pelos EUA, não têm legitimidade no direito internacional, mas têm a força do poder. A conclusão é que enquanto os EUA não aplicarem as suas sanções (e não vão aplicar) Israel continuará a ter as mãos livres para levar tão longe quanto quiser a ocupação da Palestina, o que vai fazer de modo paulatino, sem pressas, para não alarmar a comunidade internacional. Mas tempo é coisa que não lhes falta.

O que me confrange é que sejam os radicais palestinianos a darem o pretexto para que os radicais no governo de Israel avancem pela sua terra adentro.

A interrogação que me coloco é porque foi isto acontecer agora, exatamente agora, que Netanyahu estava a ser acossado pelo povo e em sérias dificuldades. Há coincidências que são mesmo coisas do arco da velha. Netanyahu pode voltar a sorrir, o inimigo deu-lhe uma ajuda incomensurável.

Francisco F disse...

"J. Carvalho" adiantou-se-me. De facto, isto é mel na sopa para o Netanayu que, agora, vai poder calar a oposição e o povo, apelando à luta pela sobrevivência da Nação.

Acabei de ouvir uma entrevista a um ex-PM israelita que, furtando-se completamente à pergunta que lhe foi feita (como é que foi possível este ataque não ter sido previsto e o sistema antimíssil ter falhado), preferiu elogiar os heróis que se estão a voluntariar para o exército (com sede de vingança).

Isto cheira imensamente a esturro. E, depois, veem-se imagens que são confrangedoras (como a do rapto da rapariga, com o namorado manietado), em que tudo aquilo parece tão... amador.

Tudo é possível, parece-me. Pode haver, mesmo, aa hipótese de estarmos perante uma grande operação de teatro.

Infelizmente, há vítimas civis. Dessas tenho pena.

manuel campos disse...


Tarde demais, como tudo o resto neste caso.
Ninguém vai querer ter "boots on the ground" nesta altura.
Isso ainda funciona quando as operações de "policiamento de vizinhança" são em "bairros calmos", não em "bairros problemáticos", mesmo nos "calmos" alguns "polícias" vão morrendo e até sendo sequestrados por esse mundo fora.

Ora para lá não poderiam ser deslocados militares pouco treinados de países com pouca experiência, teria que ir "la creme de la creme" e não estou a ver como, mesmo sob a bandeira da ONU e com os capacetes que se sabe, as opiniões públicas iriam reagir àquilo que íria ser uma chacina quase certa de demasiados "polícias", por ali não há "respeitinho muito bonito".

Por cá se viu há uns anos, mesmo sendo voluntários e as operações de rotina.
Muitos anos de paz, muita resolução dos problemas deixada nas mãos do EUA, muito comodismo, muito envelhecimento (prematuro ou não), muita conversa.


J. Carvalho disse...

Acabo de ler que "a Comissão Europeia vai suspender a totalidade do apoio prestado aos palestinianos". Por sua vez, o governo de Israel anunciou o corte de electricidade, água e combustível à faixa de gaza. Os EUA estão a deslocar para a zona porta-aviões e material de guerra.
Será que chegou o momento do Ocidente dos direitos humanos acabar com os palestinianos em Gaza?

Paulo disse...

Uma proposta muito interessante. Infelizmente não exequível pelas razões que bem sabemos.
a) P. Rufino

Joaquim de Freitas disse...

Quando não existe nenhum outro projecto senão continuar a roubar as suas terras, oprimir e humilhar o povo palestiniano ao extremo, o resultado é a explosão.

Israel tem desrespeitado o direito internacional há décadas. E em França, iluminamos a Torre Eiffel com as cores de Israel.
A Palestina nunca teve esta honra, embora quando houve pelo menos dez episódios com mais de 500 palestinos mortos em dois dias.

Houve massacres de avós e crianças palestinas! As avós israelitas não são as primeiras e tenho pena por elas todas!

Cada surto de violência que ocorre nesta parte do mundo é mais grave que o anterior. Embora digamos que se nada for feito a próxima explosão será pior, temos a impressão de estarmos gritando no deserto. Contudo, a solução existe e todos a sabem: é preciso acabar com a ocupação! Enquanto isto for recusado, os palestinianos ficarão cada vez mais furiosos. Eles não vão parar de lutar, e com todos meios de que dispõem.

Dois milhões de pessoas em jaulas durante dezasseis anos. Dezasseis anos! Pessoas cujos avós foram expulsos das suas casas em 1948, destas áreas em redor de Ashkelon, que foi historicamente uma cidade palestiniana.

Assim que o sangue é derramado, todos querem esquecer o contexto, quando mais do que nunca precisamos lembrá-lo, olhar as cartas, voltar atrás, retomar a cronologia. Esta guerra não começou há dois dias, mas há quase um século.»

Os EUA enviam um porta-aviões! Para quê? Para dizer aos vizinhos de Israel: “Atenção, nós estamos cá?!”

Isto é a prova que os dois países são na realidade um só! O que já sabíamos desde há um século. E é isso o tumor maligno que infecta a região, e não só !
.

Em vez disso, porque não pedem a Israel que troque os mais de 150 reféns israelitas detidos em Gaza, incluindo muitos civis, pelas centenas de prisioneiros palestinianos detidos em prisões israelitas, muitos dos quais eram crianças em detenção administrativa, ou seja, que não são responsabilizados por nada mais do que terem nascido do lado errado do muro.

Quem sabia que muitos comentadores israelitas estão absolutamente furiosos, exigindo a demissão do governo e dizendo, o que é verdade, que uma das razões pelas quais houve tantas mortes é que havia muito poucos soldados a guardar a fronteira. E porquê?

Simplificando, o exército israelita tornou-se uma força policial de protecção dos colonos. Batalhões inteiros são empregados para proteger pequenas colónias de dez, quinze, vinte famílias que continuam a proliferar na Cisjordânia. Até as famílias dos sequestrados, que ontem deram entrevista colectiva, estão muito irritadas com o governo.

A culpa é de quem? Netanyahu, para quem este ataque marca, sem dúvida, o início do fim político.

Carlos disse...

Senhor Embaixador

Permita-me a ousadia de sugerir um motivo que não foi ainda mencionado. É que o o histórico das missões de paz ou de interposição está longe de ser um uma história de sucessos. Assim de repente vem-me à memória o que se passou em situações bem menos complexas e controversas como foi a ex-jugoslávia, a somália ou a republica centro africana. Ora perante dois povos que acumulam décadas de conflito onde predomina a lei da aniquilação da outra parte (ou um simulacro de aniquilação que consiste na submissão incondicional à lei do mais forte) não é possível imaginar que uma força de interposição tenha quaisquer condições de sucesso.

Isto é verdade?