sexta-feira, junho 26, 2020

Gerações


Há pouco, ao selecionar pastilhas da minha rotina medicinal diária, lembrei-me de como as gerações são diferentes, no tocante aos “hábitos” medicamentosos.

O meu pai morreu com 97 anos. Seis anos antes, foi passar comigo umas semanas a Nova Iorque. Perguntei-lhe se levava alguns medicamentos: sim, duas pastilhas de “Melhoral” e duas de “Rennie”, para “qualquer emergência”...

7 comentários:

" R y k @ r d o " disse...

Outros tempos meu amigo... outros tempos
.
Um dia feliz
Cumprimentos poéticos

Maria Isabel disse...

O meu tio mais novo, deu uma queda e teve de ir ao hospital. Tinha de ser operado à bacia, ficou internado. Diz-lhe a enfermeira: trouxe os medicamentos que está a tomar? Resposta dele, medicamentos? Eu nunca tomei uma aspirina. Então por favor tem de tirar os dentes. Resposta dele essa é boa então para me operarem à anca vão tirar-me os dentes? A enfermeira muito paciente, não pode ter placa. Qual placa? Os dentes são meus, só tenho um tratado.
O meu tio tinha 94 anos e não resistiu ao pós operatório.
Mas morreu saudável.
Outros tempos.
Maria Isabel

Anónimo disse...

Pelas minhas contas o seu pai foi a NI com 91! Fantástico! Gostava de vir a fazer o mesmo...

Francisco Seixas da Costa disse...

Ao Anónimo das 17:15. E foi a Viena com 92!

Anónimo disse...

Parabéns sinceros! E a minha admiração pelo pai e pelo filho.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Sempre houve e sempre haverá gente beneficiada pela genética, mas não tenhamos ilusões se já ultrapassámos os 80 anos de Esperança Média de Vida à nascença devê-mo-lo à medicina e à farmacologia.

Com mais ou menos pastilhas, viva a vida e a longevidade! (ai o Luís Lavoura quando ler isto)

António disse...

O Melhoral ainda existe? Há coisas que nunca mais vi na farmácia, Conmel, Cortigripe, Óleo de fígado de bacalhau...

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...